sábado, 20 de janeiro de 2018
domingo, 7 de janeiro de 2018
O DESAPEGO
O
DESAPEGO
O amor é a
única libertação do apego. Quando você ama tudo, não está preso a nada.
Na verdade,
o fenômeno do apego precisa ser entendido. Por que você se agarra a algo?
Porque tem medo de perdê-lo. Talvez alguém possa roubá-lo.
Seu medo é
de que amanhã você não possa ter o que tem hoje.
Quem sabe
o que acontecerá
amanhã?
A mulher ou
o homem que
você ama... qualquer
movimento é possível:
vocês podem se
aproximar ou podem
se distanciar. Vocês
podem novamente se
tornar estranhos ou podem
ficar tão unidos que não seria correto dizer nem mesmo que vocês são duas
pessoas diferentes; é claro, existem dois corpos, mas o coração é um só, a canção
do coração é uma só e o êxtase os envolve como uma nuvem.
Vocês
desaparecem nesse êxtase: você não é você, ela não é ela. O amor passa a ser
tão total, tão grande e irresistível que você não pode permanecer você mesmo;
você precisa submergir e desaparecer.
Nesse desaparecimento,
quem se prenderá, e a quem?
Tudo é.
Quando o amor desabrocha em
sua totalidade, tudo
simplesmente é. O
receio do amanhã não surge, daí não surgir a questão do
apego.
Todas as
nossas misérias e sofrimentos não são nada mais do que apego.
Toda a nossa
ignorância e escuridão é uma estranha combinação de mil e um apegos. Nós estamos
apegados a coisas que serão levadas no momento da morte,
ou mesmo, talvez,
antes. Você pode
estar muito apegado
a dinheiro, mas você pode
ir à bancarrota
amanhã. Você pode
estar muito apegado a seu poder e posição, mas eles são
como bolhas de sabão. Hoje eles estão aqui; amanhã eles não deixarão nem um
traço. (...)
Todas as
nossas posições, todos os nossos poderes, nosso dinheiro, nosso prestígio,
respeitabilidade, são todos bolhas de sabão. Não fique apegado a bolhas de
sabão; senão, você estará em contínua miséria e agonia. Essas bolhas de
sabão não se
importam por você
estar apegado a
elas. Elas continuam estourando e desaparecendo no ar e
deixando-o para trás com o coração ferido, com um fracasso, com uma profunda
destruição de seu ego.
Elas o
deixam triste, amargo, irritado, frustrado. Elas transformam sua vida num
inferno.
Compreender que
a vida é feita da
mesma matéria que
os sonhos é
a essência do
caminho. Desapegue-se: viva no mundo,
mas não seja
do mundo. Viva no mundo, mas não
permita que o mundo viva dentro de você.
Lembre-se que
ele é um
belo sonho, porque
tudo está mudando
e desaparecendo.
Não se
agarre a nada.
Agarrar-se é
a causa de sermos inconscientes.
Se você
começar a se
desprender, uma tremenda
liberação de energia
acontecerá dentro de você.
A energia
que estava envolvida no apego às
coisas trará
um novo amanhecer
ao seu ser,
uma nova luz,
uma nova compreensão, um tremendo descarregar –
nenhuma possibilidade para a miséria, a agonia, a angústia.
Ao
contrário, quando todas essas coisas desaparecem, você se encontra
sereno,
calmo e tranquilo, numa alegria sutil. Haverá um riso no seu ser
. (...)
Se você se tornar
desapegado, você será capaz de ver como as pessoas estão apegadas a coisas
triviais, e quanto elas estão sofrendo por isso. E você rirá de si mesmo,
porque você também estava no mesmo barco antes.
O desapego é
certamente a essência do caminho.
Osho
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