Mensagem
psicografada em: 13/09/2000
Um dia tudo foram flores. E não estive presente para
notar.
As flores murcharam, apodreceram e o cheiro do orvalho
se modificou.
Eu não estava lá para ver.
Quando percebi já era tarde as flores já tinham ido
embora e o cheiro que deixaram era outro, o cheiro da morte.
Me matei em vida e só me integrei depois que parti
deste planeta.
Estava morto e vivo ao mesmo tempo. Não sabia definir
naquele instante os últimos suspiros, como uma "morte", pois nunca
soubera que estava vivo.
Fiz parte de um quadro ou uma amostragem em que era
mais um personagem.
Ocupava um espaço e me definia como mais um figurante
na paisagem.
Passei por toda essa minha encarnação deste modo.
Sem falar ou me mexer. Pensar nem um pouco.
Não sei se estava vivo ou morto.
Mas sei que me foi justo.
Dispensei, uma, duas, três e mais quantas encarnações.
E me pus a brigar com a vida e a morte.
Enfrentando a inanimidade como vida.
Vida útil para mim. Período longo, duradouro, quase inacabável,
pois a mim se fez justo.
Só percebi muito tempo depois, o que me era direito, justo
e necessário.
Foram difíceis momentos de aceitação e compreensão.
Aceitar a vida que me foi imposta por mim, me salvou
da morte prematura ou melhor de um encerramento de um ciclo de aprendizagem na
terra.
Não me culpo e nem me condeno pelo que fiz. Tive que
passar para aprender e não voltar ao erro.
E descobri que as flores não morrem jamais.
Elas ficam nas nossas lembranças para sempre.
Do irmão João Antônio Ricardo
Autor: João Antônio Ricardo (Espírito)
Médium: M. A. Neves
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