quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mensagem psicografada em: 28/04/1999



Mensagem psicografada em: 28/04/1999

Irmãozinho, preciso muito relatar toda a minha trajetória nessa última encarnação, para que outros não cometam o mesmo erro que eu cometi.
Sempre tive de tudo, nunca nada me faltou. Tive boas roupas, boa comida, boa moradia; mas vivia só para  mim e não enxergava os outros ao meu redor.
Desperdicei muito a esbanjar tudo o que podia. Nada me faltava, tudo que queria conseguia comprar.
Mas aos poucos meu poderia, meu poder foi se acabando.
No começo, mamãe foi acometida de uma doença, conhecida como gripe espanhola. Meus esforços foram inúteis, meu dinheiro não a conseguiu salvar. Perdi minha mãe para a doença.
Durante alguns anos ficamos sós, eu e meu pai, que mais tarde passou a adoecer.
Doença desconhecida na época, que foi o debilitando até a morte.
Hoje sei que foi uma doença conhecida como câncer, uma doença que é cármica.
Estava só e meu dinheiro não podia fazer nada por mim.
Solteiro e sem ninguém, num casarão com apenas dois empregados.
A solidão foi tomando conta do meu coração, a angústia e a melancolia daquele lugar, foi aos poucos me levando à loucura.
  não conseguia ganhar dinheiro. Não tinha sequer vontade de trabalhar. Mal conseguia me levantar da cama.
Com o agravante da perda de dinheiro e um empobrecimento crescente.
Antes que ficasse louco decidi me matar.
Peguei a velha arma de papai, carreguei com pólvora , apontei para o meu pescoço e apertei o gatilho. O estampido da arma silenciou meus ouvidos, senti meu corpo amolecer e cair.
Por alguns instantes estava em ali a ver meu corpo estendido no chão morto. Achara que com a morte resolveria meus problemas, mas não, acho que os agravei.
A angústia continuava e o desespero era maior.
Os empregados recolheram meu corpo, eu acompanhei tudo  até o final. Voltei para casa.
Não me sentia morto, mas a angústia não havia passado.
Naquele mesmo dia sentia a presença de alguém ou alguma cosia que se aproximava e ao mesmo tempo se afastava.
Passei por instantes de moleza, de fraqueza, um sono estranho que tomava conta do meu corpo.
Deitei-me e adormeci.
Não sei quanto tempo depois desperte. Abri os olhos e não conseguia enxergar nada. Pensei na hora que estava cego, mas com o passar do tempo conseguia ver alguns vultos na escuridão. Mas não conseguia identifica, não sabia se eram pessoas ou animais. Pelos ruídos de choro e grunhidos que ouvia, não conseguia identificar nada, mal para me mexer.
O solo era mole e meio pegajoso. Sentia-me sujo e incomodado co tudo aquilo.
Um bom tempo se passou e nada mudou.
Um dia não meio da escuridão avistei uma luz.
Chamei, implorei, mas nada
Foi nesse dia que me lembrei de rezar e pedir ajuda.
Não sabia o tempo que passara, mas continuava a pedir ajuda. E mais uma vez vi aquela luz. Desta vez mais próxima. Chamei, gritei, implorei, mas nada.
Não desisti, continuei pedindo. Muito tempo depois continuando a pedir, a luz novamente apareceu mais próxima. S foi se aproximando, se aproximando, até que atingiu uma velocidade muito grande, parecia que ia colidir com meu corpo. E eu não conseguia me mexer. Ela foi se aproximando cada vez mais e ofuscando minha vista com tremenda intensidade de luz.
Não sei se perdi os sentidos, mas quando os recuperei, não podia enxergar nada. Desta vez a luz era muito forte, o brilho branco confundia minha vista.
Só ouvia uma voz de mulher dizendo que para que não tivesse medo que ali estaria a salvo.
Algum tempo depois passei a suportar a luz e a conseguir enxergar.
E consegui ver a voz feminina que me acalmava. Era minha mãe.
Ali, pude ver o quanto fui idiota.
Isso foi só o começo da minha jornada, ainda tiver que passar por muitas coisas que, em breve, contarei.
Do irmão João Antônio Coimbra

Autor: João Antônio Coimbra (Espírito)
Médium: M. A. Neves


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