REENCARNAÇÕES
DE FIGURAS HISTÓRICAS CONSERVAM SUA MARCA PESSOAL
Na longa espiral do
tempo, enquanto nossas almas vão se forjando na oficina da reencarnação,
conservamos longamente a nota tônica que é nossa marca registrada pessoal.
Ramatís explica que o
“cunho permanente” ou “caráter fundamental” de cada alma se manifesta em muitas
encarnações sem grandes alterações, pois o progresso é lento...Diz ele que não
se pode avaliar o desenvolvimento do espírito imortal “sob a marcação prosaica
do calendário humano”. E acrescenta: “Embora, para o entendimento humano, os
milênios pareçam algo impressionantes, eles ainda pesam muito pouco no
desenvolvimento formativo das consciências individuais”.
O CARÁTER FUNDAMENTAL
“Esse caráter
fundamental, que é a própria marca psíquica da alma, pode conservar-se por
muito tempo sem sofrer mudanças radicais. Daí o motivo por que muitos
espíritos, em sucessivas encarnações, ainda revivem fortemente a característica
fundamental, virtuosa ou aviltante, que os dominou na existência anterior. Quando
puderdes examinar a história da Terra sob a visão espiritual desencarnada,
podereis comprovar que, pela ação desse “cunho permanente” em alguns espíritos,
eles deixaram na Terra rastros luminosos ou sombras, como cópias-carbono de sua
maior virtude ou de seu maior pecado de vidas anteriores”.
EXEMPLOS DAHISTÓRIA
“Alexandre Magno, por
exemplo, cuja índole psíquica era a belicosidade, os sonhos de conquistas, ao
reencarnar no vosso orbe viveu novamente nas figuras invasoras de César e
Napoleão.
Samuel, o profeta puro,
voltou como João Evangelista, o discípulo amado de Jesus, e depois ainda mais
uma vez como Francisco de Assis.
Elias, o puritano e
genioso profeta que exterminou os sacerdotes de Baal (os quais mandou degolar),
reviveu na irascibilidade de João Batista, degolado a pedido de Salomé.
Isaías, o consagrado
profeta de ampla visão bíblica, encarnou-se na França como Nostradamus, cujas
profecias muito se assemelham às daquele.
Einstein, dando o
roteiro da bomba atômica, revela a sua anterior encarnação como Demócrito, o
fundador da atomística, estudioso da física e da matemática.
José Bonifácio,
político, escritor e jurisconsulto, principal figura da Independência do
Brasil, renasceu como Rui Barbosa, repetindo a profissão, a índole política, e
se tornando um paladino a favor da República.
Amenófis, inteligente e
sensato médico da época de Ramsés II, volta noutra encarnação como João Huss,
divulgando ideias corajosas e revolucionárias e depois, regressa como
Allan Kardec, o “bom
senso encarnado” e responsável pela codificação gloriosa do espiritismo.
Anchieta, o grande
amigo dos silvícolas e da caridade, toma outra vez o vestuário de carne vivendo
a figura de Frei Fabiano de Cristo, o venerado capuchinho da tradição cristã.
Iron, o grande cacique
inca, descobridor das florestas da Colômbia, retorna à Terra e, na figura de
Cristóvão Colombo, cruza o oceano e descobre as próprias terras que lhe
pertenceram no passado.
Átila pela segunda vez
percorre a História erguendo pirâmides de cabeças, na figura do feroz Gengis
Khan.
Antúlio organiza a
mensagem de trabalho e a rota amorosa para a Atlântida, para milênios depois
descer ao vosso orbe e iluminá-lo novamente na figura do sublime Jesus de
Nazaré.
CONCLUSÃO
Fica evidenciado, portanto,
que embora se dobrem os séculos e os milênios, os espíritos ainda conservam por
longo tempo a sua característica fundamental amorosa ou odiosa, benfeitora ou
delituosa, revivendo em novas personalidades terrenas as mesmas virtudes ou paixões
perigosas, sem truncar a sua linha psicológica reencarnatória”. Entretanto,
como tudo obedece ao determinismo evolutivo, diz também Ramatís que “Nero um
dia poderá vir a ser um Ghandi, porque Ghandi pode já ter sido um Nero”.
(Ramatis, em “A
Sobrevivência do Espírito”, médium Hercílio Maes).
Fonte: Jornal Ramatis.
Disponível em: http://www.ramatis.com.br/download/jornal-SER-67.pdf.