Mensagem
psicografada em: 29/04/1998
É já sei que
não vou poder me alongar.
Logo hoje que
estou tão inspirado.
Nem tem
problema não, não faltará tempo para isso.
Há muito tempo atrás quando ainda encarnado,
procurei por uma pessoa que me pudesse ajudar no trabalho, uma esposa.
Mulher
dedicada honrada cumpridora dos seus deveres como esposa e dona de casa, mãe
carinhosa e cuidadosa com sua cria.
Mas eu ainda
ignorante não me dando conta das besteiras que fazia, arrumei outras mulheres
fora de casa e me achava o grande homem, o esperto.
Mas mal sabia
que estava enganando a mim mesmo.
Minha esposa
nunca reclamou por chegar tarde ou ou por não aparecer para o jantar.
Sempre serena
e conformada nunca disse um ai.
Até que comecei
a me desmotivar com as outras mulheres e a adoecer.
Marlene, minha
esposa, mesmo dolorida pelos meus erros nunca me abandonou.
Minha doença foi
piorando, a enfermidade começou a tomar conta de meu corpo.
Na época não havia
cura. Mesmo assim, Marlene não me deixou só um instante.
A vergonha e o
medo começaram a tomar conta do meu eu.
Acabei
falecendo.
Mais tarde fui
saber que Marlene não era só minha esposa. Já havia sido minha mãe, minha avó,
minha irmã, minha filha e agora em sua ultima passagem, minha esposa.
Marlene esteve
esse tempo todo me acompanhando para tentar me ajudar a me corrigir.
Como fui burro
em não saber aproveitar, foi a primeira coisa que pensei ao saber pelos
mentores dos meus erros no passado.
Hoje Marlene
não precisa mais voltar para este planeta.
Está em uma
esfera mais superior que a nossa.
Eu ainda vou
precisar voltar algumas vezes.
Não sei
quantas, mas isso não importa.
Vou procurar
recuperar o tempo perdido.
E quem sabe um
dia poder estar ao lado de Marlene para lhe agradecer.
Isso se Deus
me permitir.
Espero que meu
relato lhe faça refletir sobre as convivências, nada é por acaso, todo o
entrelaçar da família tem um motivo, que quando encarnado desconhecemos.
Mas com sensibilidade
e amor passamos a reconhecer.
Mesmo que
tardia.
Do seu amigo José Evangelista de Abreu
Autor: José Evangelista de Abreu (espírito)
Médium:
M. A. Neves
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