domingo, 15 de outubro de 2017

Estudando Apometria com um Preto-Velho: Parte II

Estudando Apometria com um Preto-Velho: Parte II



por Marcos Villas Boas
No texto anterior, iniciamos uma análise das leis da apometria com base na obra precursora no Brasil intitulada “Espírito / Matéria: novos horizontes para a Medicina”, do médico José Lacerda de Azevedo, mas com comentários do Pai Joaquim de Aruanda realizados num diálogo entre ele e Jefferson Viscardi em 2013, cujo vídeo segue abaixo:
Foram analisadas as 3 primeiras leis da apometria estabelecidas por Lacerda após anos de pesquisa e trabalho, quando ele utilizava com mais frequência a sua própria esposa, uma médium com relevantes faculdades, que narrava para ele o visto e acontecido ao longo dos desdobramentos.

Continuaremos, neste texto, com a análise das 4 leis seguintes (4a a 7a).

4a lei da apometria: Formação dos campos de força – “Toda vez que mentalizarmos a formação de uma barreira magnética, por meio de impulsos energéticos através de contagem, formar-se-ão campos-de-força de natureza magnética, circunscrevendo a região espacial visada na forma que o operador imaginou”.

Nesse caso, sobretudo, como se busca uma manipulação energética de maior monta, com o objetivo de “materializar” (lembre-se que a matéria é também energia e que a energia é também matéria) um campo magnético, a capacidade mental, a vontade e a fé daquele que dá o comando são fundamentais para o resultado.

É possível formar campos-de-força em volta dos indivíduos que realizam certo trabalho, em volta de uma sala de estudos e assim por diante, evitando interferências de Espíritos malfazejos. No diálogo com o Pai Joaquim, ele pede que uma moça ao seu lado dê o comando para formação de um campo-de-força. Ela dá o comando, ele diz que viu no astral um campo formado em volta dela, que parecia ser dourado crístico, e ela confirmou a cor na qual pensou.  

Segundo Pai Joaquim, a capacidade do Espírito de ver o campo-de-força depende da sintonia dele com aquela energia. Os Espíritos mais densos muito provavelmente não conseguiriam vê-la, mas, ainda assim, estariam sujeitos à sua força, não sendo capazes de penetrar no campo, enquanto que os guias do operador da energia provavelmente conseguiriam ver o campo e estariam até atuando juntamente com ele.

O tipo de campo-de-força dependerá do que for mentalizado pelo operador e dos demais elementos envolvidos no comando para manipulação de energia. Muitos espiritualistas ainda não conhecem o poder que têm enquanto seres divinos, que possuem Deus dentro de si; desconhecem a vasta magística e têm, inclusive, preconceitos com quem usa, generalizando todos como operadores de magia negativa.

Não deve demorar até essa ignorância diminuir. Toda manipulação de energia pode ser entendida como “magia”, a depender da definição que se dê a este termo. Nesse sentido, passes magnéticos são também magia, tanto quanto emitir vibrações magnéticas por meio de um objeto, como um amuleto, sobre o qual se faz orações, pedidos etc., utilizando-o como meio de canalização da energia, que, em regra, forma um duplo etérico dele no plano astral.

O Reiki, tão conhecido, estudado e hoje aceito até por muitos médicos, mas rejeitado pela Federação Espírita Brasileira (FEB), é claramente uma magia, uma manipulação de energia utilizada para cura. Os próprios reikianos, quando querem enviar energia de cura à distância, a canalizam por meio de fotos do assistido, de caixas de sapato nas quais são colocadas os símbolos e nomes dos assistidos, de cadernos etc. 

Segundo Pai Joaquim e vários outros Espíritos, a magia e a apometria são mais antigas do que a humanidade terrestre. Algumas civilizações avançadas, como a egípcia, faziam amplo uso das duas. A apometria precisou ser banida da Terra por um tempo, pois o seu uso estava sendo direcionado para o mal. Ela foi redescoberta apenas há menos de um século, não se sabe ainda exatamente como.

Sabe-se que o porto-riquenho Luís Rodrigues, que veio morar no Brasil, começou a divulgar algumas técnicas que ele denominou de Hipnometria. As técnicas eram usadas para fins terapêuticos, fora de um círculo mais propriamente espiritualista. Após assistir a uma palestra do porto-riquenho e se interessar pelo tema, o médico e pesquisador José Lacerda de Azevedo, com ajuda da sua esposa, realizou um trabalho brilhante de investigação e registro em livros, estabelecendo leis e fórmulas.

Lacerda orientou seu trabalho de forma bastante científica, apesar de tentar desenvolvê-lo dentro de centros espíritas. Foi, no entanto, expulso desses centros e criticado pelo movimento espírita. O hermetismo dos espíritas precisa ser bastante repensado. Muitas técnicas de cura estão sendo deixadas de lado porque não estão na obra de Kardec, nem na de Chico Xavier, como se os livros deles fossem capazes de reunir todo o conhecimento espiritual, energético, magnético, vibratório do cosmo. É uma triste ignorância, mas que vem sendo reduzida aos poucos.

Lacerda conta no livro que os campos-de-força dos egípcios duram até hoje, pelo que ele e sua equipe verificaram ao longo de anos a fio de trabalho. Da mesma forma, é muito sabido que existe a Arquepadia (magia originada em passado remoto). Não é raro ver crianças, ainda muito novas, que têm problemas psíquicos causados por magia que lhes foi lançada séculos atrás ou que retornou para elas por conta de a terem manipulado para fins indevidos em outras encarnações.

Se os espiritualistas querem ajudar o máximo de pessoas e não apenas ficar resumidos aos casos mais simples, precisam conhecer o máximo de doenças psíquicas e o máximo de técnicas curativas.

No meio espírita, como já dito, não se aceita a aplicação de Reiki, pois ele não está referido na codificação, nem nas obras espíritas mais lidas. No entanto, Pai Joaquim diz no vídeo que Jesus conseguia curar muitas pessoas com o uso da energia Reiki, que é universal, cósmica, apesar de redescoberta pela humanidade por meio do japonês Mikao Usui em 1922, ou seja, há menos de um século.

Segundo Pai Joaquim, muito do conhecimento magístico e espiritualista existente entre os antepassados foi destruído ao longo da Idade Média, como, por exemplo, pela Santa Inquisição, que queimava todos os praticantes de atividades de manipulação energética / magnética desconhecidas como se fossem bruxos.

Ainda de acordo com o preto-velho, esses temas estão voltando à tona, e ele próprio pode tratar dele no diálogo, por conta desta fase de transição em direção ao período de regeneração que se aproxima. Se houver mal uso de novo pela humanidade, poderá haver nova restrição por parte do plano espiritual superior.

Os humanos precisam estudar muito antes de fazer uso de recursos magísticos. Muitos, ávidos por se sentirem poderosos e satisfazerem desejos materiais imediatistas, se esquecem de que tudo lançado no cosmo retorna para cada de um nós. Cada indivíduo é um ser sem limites, divino, mas o despertar do seu poder depende das suas intenções e das suas crenças. Quem se limita é o próprio homem, com suas crenças atávicas e seus desejo mesquinhos. 

5a lei da apometria: Revitalização dos Médiuns – “Toda vez que tocarmos o corpo do médium (cabeça, mãos), mentalizando a transferência da nossa força vital, acompanhando-a da contagem de pulsos, essa energia será transferida. O médium começará a recebê-la, sentindo-se revitalizado”.

A transferência de força vital é muito conhecida dos espiritualistas, seja por meio de passes, de descarrego com banhos, por meio do Reiki, seja por outras formas. A lei em questão prescreve que é possível revitalizar o assistido ou os trabalhadores na atividade de apometria.

Segundo Lacerda, com a reposição de energia vital, ele e sua equipe conseguiam passar horas realizando o trabalho. É um grande incentivo para quem está disposto a ajudar o próximo, especialmente para aqueles que trabalham 1 ou 2 horas por semana e se sentem os salvadores do planeta por conta disso. 

Ele explica que é possível trabalhar por 4 ou 5 horas consecutivas sem desgaste apreciável, sendo que de 30 em 30 minutos são realizadas transferências de energia vital para os envolvidos no trabalho. 

No que toca ao tempo dedicado ao trabalho mediúnico ou apométrico, as pessoas não devem se forçar a trabalhar como fossem obrigadas a isso. “Quando o trabalhador está pronto, o trabalho aparece”. Trabalhos mediúnicos terminam aparecendo por chamado, não significando que não se deva procurar. Alerta-se apenas para a necessidade de equilíbrio e de boa preparação prévia. O trabalho pelo próximo deve ser estudado, silencioso, dedicado e abnegado.

No caso da transferência de energia, a contagem também é importante. Ela tem a função de materializar melhor, por meio de sons e, portanto, de vibrações sonoras, os pulsos magnéticos enviados mentalmente pelo trabalhador que transfere a energia.

O número cabalístico 7 não tem nenhum cunho místico, segundo Lacerda. A prática lhe mostrou que era necessária uma contagem de 7 a 10 para que os comandos tivessem boa eficiência. Pode-se trabalhar com um padrão de contagem até 7 e, quando ela não funcionar, a contagem até 7 poderá ser repetida ou é possível realizar uma nova contagem com numeração maior.  

6a lei da apometria: “Condução do Espírito Desdobrado, de Paciente Encarnado, para os Planos Mais Altos, em Hospitais do Astral”.

Isso já foi comentado no texto anterior. Essa lei é uma consequência da 1a e da 4a leis. Uma vez que é possível desdobrar trabalhadores e assistidos sem grande dificuldade, e uma vez que é possível, conforme a 4a lei, dar comandos para que eles vão até determinados destinos, uma vez que se conheça os trabalhos realizados em hospitais do plano astral, o que se dá geralmente pela prática e pela ajuda de mentores espirituais, é possível começar a conduzir assistidos até esses hospitais.

Quem participa de desobsessões sabe que é verdade o informado por Lacerda no seu livro no seguinte trecho: “É comum desdobrar-se um paciente a fim de conduzi-lo ao plano astral superior (para tratamento em hospitais) e encontrá-lo, já fora do corpo, completamente envolvido em sudários aderidos ao seu corpo astral, laços, amarras e toda a sorte de peias de natureza magnética colocadas por obsessores interessados em prejudicá-lo”.

A depender da amarra magnética enfrentada pelo assistido, não é possível levá-lo até os hospitais do astral por uma questão de impedimento no deslocamento. Os próprios Espíritos dos trabalhadores desdobrados podem retirar todo tipo de amarra magnética mais simples. Em alguns casos, é preciso ter ajuda dos mentores espirituais. Em outros, devido à avançada tecnologia utilizada pelos irmãos obsessores, é interessante que eles mesmos sejam convencidos a retirar alguns complexos artefatos, o que ajuda, inclusive, no seu arrependimento e resgate do erro cometido, desvinculando obsessor e obsidiado com mais facilidade.

7a  lei da apometria: “Ação dos Espíritos desencarnados socorristas sobre os pacientes desdobrados”.

Todos somos Espíritos, mas os encarnados, por estarem encrustados no corpo físico, vibram de modo distinto daqueles desencarnados, encontrando-se na 3a dimensão, enquanto que os desencarnados estão na 4a dimensão. Quando o Espírito está desdobrado, é mais fácil a atuação dos Espíritos socorristas, aqueles que trabalham juntamente com as equipes no tratamento dos assistidos.

Como foi comentado no texto deste blog que tratou das cirurgias espirituais, a exemplo daquelas realizadas pelo Dr. Fritz, os procedimentos realizados presencialmente por Espíritos que se utilizam de médiuns têm mais eficiência do que aqueles procedimentos chamados de cirurgia à distância, por meio dos quais um Espírito vai ao local onde a pessoa está e, sem “incorporação”, realiza o trabalho.

Não temos os números estatísticos, mas a lógica é que a cirurgia e outros tipos de tratamentos presenciais, mas no plano astral, de Espírito para Espírito, seja muito mais eficiente até mesmo do que a cirurgia espiritual presencial realizada via médium, uma vez que socorrista e assistido se encontram na mesma dimensão, sem o corpo físico no caminho para atrapalhar o trabalho.

Lacerda lembra que os hospitais astrais dispõem de tecnologias muito mais avançadas do que as terrenas e apropriadas para tratamento dos corpos não-físicos, sendo que a grande maioria das doenças, pelo que se crê, começam no Espírito e são transmitidas para o corpo grosseiro.

Com a evolução da Medicina em direção à sua integração com os tratamentos espirituais, a saúde humana ficará imensamente mais avançada, tornando possível curar uma porção de doenças hoje tidas por incuráveis e curar mais rapidamente aquelas que já têm cura, porém com ainda baixo índice de sucesso.

Continuaremos o estudo no próximo texto.


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