Estudando Apometria com um Preto-Velho: Parte II
por Marcos Villas Boas
No texto
anterior, iniciamos uma análise das leis da apometria com base na obra
precursora no Brasil intitulada “Espírito / Matéria: novos horizontes para a
Medicina”, do médico José Lacerda de Azevedo, mas com comentários do Pai
Joaquim de Aruanda realizados num diálogo entre ele e Jefferson Viscardi em
2013, cujo vídeo segue abaixo:
Foram analisadas
as 3 primeiras leis da apometria estabelecidas por Lacerda após anos de
pesquisa e trabalho, quando ele utilizava com mais frequência a sua própria
esposa, uma médium com relevantes faculdades, que narrava para ele o visto e
acontecido ao longo dos desdobramentos.
Continuaremos,
neste texto, com a análise das 4 leis seguintes (4a a 7a).
4a lei da
apometria: Formação dos campos de força – “Toda vez que mentalizarmos a
formação de uma barreira magnética, por meio de impulsos energéticos através de
contagem, formar-se-ão campos-de-força de natureza magnética, circunscrevendo a
região espacial visada na forma que o operador imaginou”.
Nesse caso,
sobretudo, como se busca uma manipulação energética de maior monta, com o
objetivo de “materializar” (lembre-se que a matéria é também energia e que a
energia é também matéria) um campo magnético, a capacidade mental, a vontade e
a fé daquele que dá o comando são fundamentais para o resultado.
É possível
formar campos-de-força em volta dos indivíduos que realizam certo trabalho, em
volta de uma sala de estudos e assim por diante, evitando interferências de
Espíritos malfazejos. No diálogo com o Pai Joaquim, ele pede que uma moça ao
seu lado dê o comando para formação de um campo-de-força. Ela dá o comando, ele
diz que viu no astral um campo formado em volta dela, que parecia ser dourado
crístico, e ela confirmou a cor na qual pensou.
Segundo Pai
Joaquim, a capacidade do Espírito de ver o campo-de-força depende da sintonia
dele com aquela energia. Os Espíritos mais densos muito provavelmente não
conseguiriam vê-la, mas, ainda assim, estariam sujeitos à sua força, não sendo
capazes de penetrar no campo, enquanto que os guias do operador da energia
provavelmente conseguiriam ver o campo e estariam até atuando juntamente com
ele.
O tipo de
campo-de-força dependerá do que for mentalizado pelo operador e dos demais
elementos envolvidos no comando para manipulação de energia. Muitos
espiritualistas ainda não conhecem o poder que têm enquanto seres divinos, que
possuem Deus dentro de si; desconhecem a vasta magística e têm, inclusive,
preconceitos com quem usa, generalizando todos como operadores de magia
negativa.
Não deve
demorar até essa ignorância diminuir. Toda manipulação de energia pode ser
entendida como “magia”, a depender da definição que se dê a este termo. Nesse
sentido, passes magnéticos são também magia, tanto quanto emitir vibrações
magnéticas por meio de um objeto, como um amuleto, sobre o qual se faz orações,
pedidos etc., utilizando-o como meio de canalização da energia, que, em regra,
forma um duplo etérico dele no plano astral.
O Reiki, tão
conhecido, estudado e hoje aceito até por muitos médicos, mas rejeitado pela
Federação Espírita Brasileira (FEB), é claramente uma magia, uma manipulação de
energia utilizada para cura. Os próprios reikianos, quando querem enviar
energia de cura à distância, a canalizam por meio de fotos do assistido, de
caixas de sapato nas quais são colocadas os símbolos e nomes dos assistidos, de
cadernos etc.
Segundo Pai
Joaquim e vários outros Espíritos, a magia e a apometria são mais antigas do
que a humanidade terrestre. Algumas civilizações avançadas, como a egípcia,
faziam amplo uso das duas. A apometria precisou ser banida da Terra por um
tempo, pois o seu uso estava sendo direcionado para o mal. Ela foi redescoberta
apenas há menos de um século, não se sabe ainda exatamente como.
Sabe-se que
o porto-riquenho Luís Rodrigues, que veio morar no Brasil, começou a divulgar
algumas técnicas que ele denominou de Hipnometria. As técnicas eram usadas para
fins terapêuticos, fora de um círculo mais propriamente espiritualista. Após
assistir a uma palestra do porto-riquenho e se interessar pelo tema, o médico e
pesquisador José Lacerda de Azevedo, com ajuda da sua esposa, realizou um
trabalho brilhante de investigação e registro em livros, estabelecendo leis e
fórmulas.
Lacerda
orientou seu trabalho de forma bastante científica, apesar de tentar
desenvolvê-lo dentro de centros espíritas. Foi, no entanto, expulso desses
centros e criticado pelo movimento espírita. O hermetismo dos espíritas precisa
ser bastante repensado. Muitas técnicas de cura estão sendo deixadas de lado
porque não estão na obra de Kardec, nem na de Chico Xavier, como se os livros
deles fossem capazes de reunir todo o conhecimento espiritual, energético,
magnético, vibratório do cosmo. É uma triste ignorância, mas que vem sendo
reduzida aos poucos.
Lacerda
conta no livro que os campos-de-força dos egípcios duram até hoje, pelo que ele
e sua equipe verificaram ao longo de anos a fio de trabalho. Da mesma forma, é
muito sabido que existe a Arquepadia (magia originada em passado remoto). Não é
raro ver crianças, ainda muito novas, que têm problemas psíquicos causados por
magia que lhes foi lançada séculos atrás ou que retornou para elas por conta de
a terem manipulado para fins indevidos em outras encarnações.
Se os
espiritualistas querem ajudar o máximo de pessoas e não apenas ficar resumidos
aos casos mais simples, precisam conhecer o máximo de doenças psíquicas e o
máximo de técnicas curativas.
No meio
espírita, como já dito, não se aceita a aplicação de Reiki, pois ele não está
referido na codificação, nem nas obras espíritas mais lidas. No entanto, Pai
Joaquim diz no vídeo que Jesus conseguia curar muitas pessoas com o uso da
energia Reiki, que é universal, cósmica, apesar de redescoberta pela humanidade
por meio do japonês Mikao Usui em 1922, ou seja, há menos de um século.
Segundo Pai
Joaquim, muito do conhecimento magístico e espiritualista existente entre os
antepassados foi destruído ao longo da Idade Média, como, por exemplo, pela
Santa Inquisição, que queimava todos os praticantes de atividades de
manipulação energética / magnética desconhecidas como se fossem bruxos.
Ainda de
acordo com o preto-velho, esses temas estão voltando à tona, e ele próprio pode
tratar dele no diálogo, por conta desta fase de transição em direção ao período
de regeneração que se aproxima. Se houver mal uso de novo pela humanidade,
poderá haver nova restrição por parte do plano espiritual superior.
Os humanos
precisam estudar muito antes de fazer uso de recursos magísticos. Muitos,
ávidos por se sentirem poderosos e satisfazerem desejos materiais imediatistas,
se esquecem de que tudo lançado no cosmo retorna para cada de um nós. Cada
indivíduo é um ser sem limites, divino, mas o despertar do seu poder depende
das suas intenções e das suas crenças. Quem se limita é o próprio homem, com
suas crenças atávicas e seus desejo mesquinhos.
5a lei da
apometria: Revitalização dos Médiuns – “Toda vez que tocarmos o corpo do médium
(cabeça, mãos), mentalizando a transferência da nossa força vital,
acompanhando-a da contagem de pulsos, essa energia será transferida. O médium
começará a recebê-la, sentindo-se revitalizado”.
A transferência
de força vital é muito conhecida dos espiritualistas, seja por meio de passes,
de descarrego com banhos, por meio do Reiki, seja por outras formas. A lei em
questão prescreve que é possível revitalizar o assistido ou os trabalhadores na
atividade de apometria.
Segundo
Lacerda, com a reposição de energia vital, ele e sua equipe conseguiam passar
horas realizando o trabalho. É um grande incentivo para quem está disposto a
ajudar o próximo, especialmente para aqueles que trabalham 1 ou 2 horas por
semana e se sentem os salvadores do planeta por conta disso.
Ele explica
que é possível trabalhar por 4 ou 5 horas consecutivas sem desgaste apreciável,
sendo que de 30 em 30 minutos são realizadas transferências de energia vital
para os envolvidos no trabalho.
No que toca
ao tempo dedicado ao trabalho mediúnico ou apométrico, as pessoas não devem se
forçar a trabalhar como fossem obrigadas a isso. “Quando o trabalhador está
pronto, o trabalho aparece”. Trabalhos mediúnicos terminam aparecendo por chamado,
não significando que não se deva procurar. Alerta-se apenas para a necessidade
de equilíbrio e de boa preparação prévia. O trabalho pelo próximo deve ser
estudado, silencioso, dedicado e abnegado.
No caso da
transferência de energia, a contagem também é importante. Ela tem a função de
materializar melhor, por meio de sons e, portanto, de vibrações sonoras, os
pulsos magnéticos enviados mentalmente pelo trabalhador que transfere a
energia.
O número
cabalístico 7 não tem nenhum cunho místico, segundo Lacerda. A prática lhe
mostrou que era necessária uma contagem de 7 a 10 para que os comandos tivessem
boa eficiência. Pode-se trabalhar com um padrão de contagem até 7 e, quando ela
não funcionar, a contagem até 7 poderá ser repetida ou é possível realizar uma
nova contagem com numeração maior.
6a lei da
apometria: “Condução do Espírito Desdobrado, de Paciente Encarnado, para os
Planos Mais Altos, em Hospitais do Astral”.
Isso já foi
comentado no texto anterior. Essa lei é uma consequência da 1a e da 4a leis.
Uma vez que é possível desdobrar trabalhadores e assistidos sem grande
dificuldade, e uma vez que é possível, conforme a 4a lei, dar comandos para que
eles vão até determinados destinos, uma vez que se conheça os trabalhos
realizados em hospitais do plano astral, o que se dá geralmente pela prática e
pela ajuda de mentores espirituais, é possível começar a conduzir assistidos
até esses hospitais.
Quem
participa de desobsessões sabe que é verdade o informado por Lacerda no seu
livro no seguinte trecho: “É comum desdobrar-se um paciente a fim de conduzi-lo
ao plano astral superior (para tratamento em hospitais) e encontrá-lo, já fora
do corpo, completamente envolvido em sudários aderidos ao seu corpo astral,
laços, amarras e toda a sorte de peias de natureza magnética colocadas por
obsessores interessados em prejudicá-lo”.
A depender
da amarra magnética enfrentada pelo assistido, não é possível levá-lo até os
hospitais do astral por uma questão de impedimento no deslocamento. Os próprios
Espíritos dos trabalhadores desdobrados podem retirar todo tipo de amarra
magnética mais simples. Em alguns casos, é preciso ter ajuda dos mentores
espirituais. Em outros, devido à avançada tecnologia utilizada pelos irmãos
obsessores, é interessante que eles mesmos sejam convencidos a retirar alguns
complexos artefatos, o que ajuda, inclusive, no seu arrependimento e resgate do
erro cometido, desvinculando obsessor e obsidiado com mais facilidade.
7a lei da apometria: “Ação dos Espíritos
desencarnados socorristas sobre os pacientes desdobrados”.
Todos somos
Espíritos, mas os encarnados, por estarem encrustados no corpo físico, vibram
de modo distinto daqueles desencarnados, encontrando-se na 3a dimensão, enquanto
que os desencarnados estão na 4a dimensão. Quando o Espírito está desdobrado, é
mais fácil a atuação dos Espíritos socorristas, aqueles que trabalham
juntamente com as equipes no tratamento dos assistidos.
Como foi
comentado no texto deste blog que tratou das cirurgias espirituais, a exemplo
daquelas realizadas pelo Dr. Fritz, os procedimentos realizados presencialmente
por Espíritos que se utilizam de médiuns têm mais eficiência do que aqueles
procedimentos chamados de cirurgia à distância, por meio dos quais um Espírito
vai ao local onde a pessoa está e, sem “incorporação”, realiza o trabalho.
Não temos os
números estatísticos, mas a lógica é que a cirurgia e outros tipos de
tratamentos presenciais, mas no plano astral, de Espírito para Espírito, seja
muito mais eficiente até mesmo do que a cirurgia espiritual presencial
realizada via médium, uma vez que socorrista e assistido se encontram na mesma
dimensão, sem o corpo físico no caminho para atrapalhar o trabalho.
Lacerda
lembra que os hospitais astrais dispõem de tecnologias muito mais avançadas do
que as terrenas e apropriadas para tratamento dos corpos não-físicos, sendo que
a grande maioria das doenças, pelo que se crê, começam no Espírito e são
transmitidas para o corpo grosseiro.
Com a evolução
da Medicina em direção à sua integração com os tratamentos espirituais, a saúde
humana ficará imensamente mais avançada, tornando possível curar uma porção de
doenças hoje tidas por incuráveis e curar mais rapidamente aquelas que já têm
cura, porém com ainda baixo índice de sucesso.
Continuaremos
o estudo no próximo texto.
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