Mensagem
psicografada em: 25/11/1998
Muito tenho
a lhes dizer.
Fiquei
muito grato quando me deste a oportunidade de divulgar os meus pensamentos.
Hoje sou um
homem mais completo, mas ainda com alguns defeitos.
Outrora não
te ouvi e os vários erros que cometi só culpo a mim e a mais ninguém.
Ninguém me
influenciou, eu é que deixei me levar pela vaidade e a ganância.
Muitas
vezes não te ouvi e foi o que aconteceu.
Tive um
desencarne violento. Fui morto a pedradas por uma população enfurecida pelos
crimes horrendos que cometi.
Pensando
estar livre, fui jogado numa escuridão total, nada se via. Apenas ouvia o
granir dos dentes, os gemidos e choros que não sabia de onde vinham.
O desespero
começou a tomar conta de meu ser. O medo aumentava cada vez mais. Não sabia o que
fazer. Fiquei ali por muito tempo, não sei quanto, mais foi muito tempo para
mim.
Até que fui
surpreendido num tempo que não sei quando, por um ser de luz, que por instantes
iluminou com seu corpo todo o arredor. Por instantes vi os seres deformados e
nojentos de aparência, que me cercavam.
O ser
luminoso fez um sinal indicando a mim e a um outro, que fomos pegos pelos
braços por outros de uma luz mais fraca.
Em
instantes estávamos em um lugar luminoso, tipo a luz do dia. Entramos num
prédio e fomos submetidos a alguns exames.
Após os
exames que duraram um bom tempo, que não sei quanto, um homem adentrou por uma
outra sala se posicionou e nos disse a que estávamos ali e que iríamos fazer
uma avaliação de nossas últimas encarnações na Terra.
De fato
muita coisa recordava.
Perplexo
com as barbaridades que cometi, me senti envergonhado.
Mas uma vez
o homem se posicionou e nos falou que não era tarde para recomeçarmos, a
oportunidade estava ali, era só começar.
Então
iniciamos nossos trabalhos e estudos.
Muita coisa
aprendi, coisas que desconhecia e coisas que não recordava.
As tarefas
foram ampliadas e as responsabilidades também.
Certa vez
fui chamado para um trabalho de ajuda a recém desencarnados, eu e meus
mentores, se assim posso chamar. Fomos ao resgate de um homem que recém
desencarnara.
Ao lá
chegar encontramos um velhinho aflito ao perceber a morte de seu corpo.
Para minha
maior surpresa, o velhinho era um dos maiores inimigos, que tive quando
encarnado e estava frente a ele. Na hora não me reconheceu. Depois dirigiu-se a
mim e me perguntou porque lhe ajudei.
Num momento
de súbita inspiração ou um estalo de sabedoria, lhe disse não o ajudei.
Ajudamo-nos.
Nós nos ajudamos um ao outro e segui para minhas tarefas.
Aos poucos
era chamado para novas tarefas, cada vez mais difíceis e de maior
responsabilidade.
Hoje me
sinto forte e mais estruturado.
Mas ainda
sinto um pouco de temor, quando me dizem que terei de reencarnar em breve.
Não sei se
é medo de voltar a errar ou medo das tentações que vou enfrentar.
Não sei se
voltaremos a nos encontrar aí na Terra. Mas sinto a imensa vontade de lhe
agradecer por tudo que fez por mim e desculpas por não lhe dar ouvidos.
Plantei e
acabei colhendo o fruto amargo.
Sei que
também não se lembra de nada do que lhe falei. Mas o que falei é só para
reforçar a outros que por ventura venham a ler está carta que escrevo a um
amigo.
De que a
vida não acaba nunca, só se transforma de matéria para espírito e ainda de um
plano para outro mais sutil.
Amigo, sei
que me perdoa pelos meus erros. Sempre fostes mais forte e corajoso.
Segue teu
caminho, não se deixe abater pelas dificuldades, continue assim firme e no
caminho certo.
Daqui onde
estou oro por ti e pelos teus. Quem sabe, Deus um dia nos favorece a um
reencontro. Aí poderei lhe dar um abraço, que nunca lhe dei.
Do amigo do
passado que muito lhe ama.
Autor: Desconhecido (Espírito)
Médium: M. A. Neves
Médium: M. A. Neves
Nenhum comentário:
Postar um comentário