Mensagem
psicografada em: 08/09/1999
Ò Deus, por
que esquecestes de mim?
Ò Deus, por
que sou tão sofredor?
Um dia eu
assim pensava.
Eu me julgava
injustiçado, abandonado, largado à revelia.
Desmerecido de
qualquer ajuda ou amparo.
Eu era o resto.
Era tudo aquilo que não prestava.
Pobre, feio,
aleijado e ainda negro.
Na Europa um
ex-escravo no Brasil, o mesmo que um vagabundo ou mendigo.
Não tinha
escapatória minha vida, não servia de nada.
Nunca teria
uma chance.
Estava
renegado aos restos de comida e aos bolsões das praças.
Não sei como,
mas fui surpreendido um dia por um homem.
Frei José, que
me deu acolhida, e de comer e beber.
Me ensinou a
ler e escrever. Passei a ajudar na missão.
Aprendi um
ofício com os frades, tudo parecia se tornar o mais feliz possível para mim.
Mas aos vinte
anos a dor voltou, a doença acometeu meu corpo.
Tomou minha
face, meus braços, minhas pernas. Não podia mais trabalhar e tive que ser
afastado da missão.
Fiquei isolado
até a morte.
O único que a
mim vinha consolar-me era Frei José.
Sempre me
dizia para não ter medo.
Que minha vida
não estava indo embora, que estava só começando.
Entendia aquilo como se fosse um consolo.
Entendia aquilo como se fosse um consolo.
Um acalanto
para a alma.
A minha
partida se veio aos vinte e um anos de idade.
E no que para
mim seria a mais profunda dor, se tornou surpresa. Sentia-me vivo.
Não entendia,
mas me sentia vivo.
As coisas para
mim mudaram e aprendi o que Frei José queria me dizer.
Não sei se era
bem ao pé da letra, mas o que queria transmitir, era que a vida nunca acaba.
Hoje estou
aqui a contar um fato que se passou comigo há muito tempo.
Sei que Frei
José onde estiver saberá o quanto lhe sou grato.
Não sei se está
encarnado ou em outro plano mais elevado, só sei que está recebendo todo o meu
carinho.
Espero ter
contribuído com estas palavras aos irmãos encarnados.
José de
Arimateia Filho
Autor: José de Arimateia Filho (Espírito)
Médium: M. A. Neves
Médium: M. A. Neves
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