MÁGOA
As mágoas coletivas
podem sobreviver durante séculos no espírito de uma nação ou tribo e alimentar
um ciclo interminável de violência.” Eckhart Tolle
Embora o ressentimento
seja a emoção que geralmente acompanha o queixume, este também pode ser acompanhado
por uma emoção mais forte, como a ira ou outro tipo de perturbação.
Desta forma,
o queixume torna-se muito mais denso em termos de energia. O queixume
transforma-se então em reatividade, outra das formas de o ego se fortalecer. Há
muitas pessoas que estão sempre à espera da próxima coisa a que podem reagir
negativamente, de se sentirem irritadas ou perturbadas – e nunca demoram muito
a encontrá-la.
Isto é uma
afronta, dizem elas. Como se atreve, fiquei muito ofendido.
Estas
pessoas são viciadas na ira e na perturbação, tal como outras são viciadas em
drogas. É através das suas reações negativas às coisas que elas afirmam e
reforçam a sua noção de identidade.
Um
ressentimento de longa data constitui uma mágoa. Carregar uma mágoa é estar num
permanente estado do contra, daí que as mágoas constituam uma parte
significativa do ego de muitas pessoas.
As mágoas coletivas
podem sobreviver durante séculos no espírito de uma nação ou tribo e alimentar
um ciclo interminável de violência.
Uma mágoa é
uma emoção fortemente negativa, relacionada com um acontecimento que decorreu
num passado por vezes distante, e que se mantém viva através do pensamento
compulsivo, recontando a história em pensamento ou em voz alta de o que aquela
pessoa me fez ou o que aquela pessoa nos fez.
Uma mágoa
contagia igualmente outras áreas da vida. Por exemplo, enquanto estamos a
pensar e a sentir a nossa mágoa, a sua energia emocional negativa pode
distorcer a nossa percepção de um acontecimento que está a ocorrer no presente,
ou influenciar o modo como falamos ou nos comportamos em relação a alguém no
presente.
Uma forte
mágoa é o suficiente para contaminar uma grande parte da nossa vida e para nos
mantermos dominados pelo ego.
Eckhart Tolle.
Nenhum comentário:
Postar um comentário