Mensagem
Psicografada em 03/03/1999
Há muito tempo atrás,
pensara que um dia tudo acabaria e mais nada aconteceria para mim. Fiquei com
essa idéia fixa na mente e me vi preso aos meus pensamentos. Durante muitos
anos me mantive como se congelada numa geladeira de necrotério. Meu despertar se
fez pela ajuda de terceiros, que não me recordara.
No começo me sentia
meio atordoado, como se tivesse acordado de um sono profundo naquela hora.
Algumas pessoas me falavam, mas não conseguia captar com exatidão o que diziam.
Ainda meio dopado pelo sono, deixei-me levar. No que me parecia o dia seguinte,
acordei numa cama, num quarto com uma janela. Olhei para todos os lados e tive
a nítida impressão de estar em um hospital. Levantei-me da cama um pouco zonzo
e desequilibrado. Fui até a porta para ver através dela, o que se passara
comigo. Abri a porta e me deparei com um enorme corredor cheio de portas. Não
vi ninguém e como estava ainda um pouco fraco, resolvi voltar para a cama.
Algum tempo depois,
duas senhoras entraram no quarto, uma mais velha e outra um pouco mais nova.
Olharam-me e pareciam conversar sem abrir a boca. Fizeram-me deitar e foram
embora.
Aos poucos fui me
sentindo mais fortalecido e submetido a uma espécie de tratamento, no qual
sentia algo me tocar, mas não era capaz de ver.
O tempo se passou e
parecia que eu estava vivo de novo. Já me atrevia a chegar à janela e andar
pelo corredor. Alguns dias mais tarde, fui convidado por uma espécie de
enfermeira, a caminhar no jardim. Não sei por que, tive a sensação de já ter
passado por aquele lugar. Mas continuei, fui para o jardim, senti o calor do
sol, a brisa da manhã e caminhei pelo o bosque do hospital. Fui chamado para
subir pela mesma enfermeira. Voltei para o meu quarto.
Durante todo esse
período pensei muito no que me ocorreu. Se não morrera, o que teria havido
comigo? Estaria no céu? Ou estava na terra e não tinha morrido? Durante muito
tempo, me fiz esta pergunta.
Até que uma tarde, um
senhor com um aspecto de médico, mas com um “ar” de diretor ou gerente do
local, me respondeu:
- Você não morreu. Você
simplesmente agora é espírito e precisa ir para um local apropriado à sua nova
existência.
Como se fosse viajar,
preparei- me. Quando pronto, fui acompanhado
por dois rapazes. E como se tivesse fechado e aberto os olhos, não estava mais
no hospital. Agora era numa rua, numa praça, no meio de uma cidadezinha,
parecido com cidade do interior.
Uma senhora, parecendo
uma professora, falava enquanto alguns jovens a ouviam, sentados ao redor. A
senhora foi interrompida pelos dois rapazes, que me conduziram até aquele
local. Conversaram alguma coisa e me apresentaram a ela, sem sequer saber meu
nome. Pareciam que tinham lido algum relatório sobre minha pessoa.
A senhora com um sorriso
nos lábios, me desejou ser bem vindo. Convidou-me para integrar o grupo naquele
instante e que depois me mostraria o lugar e as acomodações.
Vivi naquele local por
mais ou menos uns dez a vinte anos. Aprendi muito. Foi quando chegou a hora, em
que teria de voltara à terra. Não sei, mas não queria voltar.
Antes tinha medo de
morrer e agora de reencarnar. Mas prossegui em nova existência nesse planeta.
Do irmão,
André Luiz Camargo de
Albuquerque.
Autor: André Luiz
Camargo de Albuquerque (Espírito)
Médium: M. A. Neves
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