Mensagem
Psicografada em 20/01/1999
Muitas das vezes ignorei todos que estavam a minha
volta. Só pensava em mim e em mais nada.
Tudo que me importava só dizia respeito aos meus
interesses financeiros e sociais.
E assim fui levando minha vida.
Escolhi minhas amizades por interesse. Escolhi minha
esposa por interesse.
Submeti meus filhos a fazerem coisas que
favorecessem meu interesse.
Mas a idade foi chegando, meu poder foi diminuindo.
Já não conseguia estar a frente dos meus negócios.
A saúde debilitada me obrigava-me a repassar vários
mandos a meu filho mais velho, que não obedecia minhas ordens como antigamente.
Minha saúde foi piorando e comecei a ser posto de
lado.
Cada vez mais doente, cada vez mas isolado. Já não
mandava mais em nada. E as únicas pessoas a quem tinha acesso eram as
enfermeiras.
Via que a morte estava perto e que iria perder tudo
que havia conquistado na minha vida.
E esse dia chegou.
O pavor tomou conta de mim, quando me vi morto num
caixão.
Como se estivesse vivo. Passei a achar que queriam
me enterrar vivo.
Queriam me matar.
Tentei avisar as pessoas que estavam lá, mas ninguém
me ouvia.
Mas não pude fazer nada e enterraram meu corpo.
Mas como se eu ainda estava vivo.
Voltei para minha casa e me deparei com outra
pessoa, que estava morta.
Mas como se ele morreu. Então também estou morto.
Os dias se passaram e eu sempre acompanhava meu
filho, para ver se ele não iria fazer nenhuma besteira com meus negócios.
Em uma reunião, uma mulher que não participava da
direção da empresa estava na sala. Aquilo me intrigava e ao termino da reunião,
ela se dirigiu a mim e me chamando pelo nome. Perguntou-me o que fazia ali.
Respondi-lhe que cuidava dos meus negócios.
Ela então falou-me que não poderia mais ficar ali,
entre meu filho e minha família.
Meio revoltado, disse que não iria embora, que
aquilo tudo era meu e não deixaria que ninguém destruísse o que havia
construído durante anos.
Mas uma vez a mulher falou:
- Você não tem nada, você só tem a si mesmo, estou
lhe dando uma oportunidade de ir comigo embora daqui.
Respondi grosseiramente que não queria.
E ela sumiu.
Continuei fazendo o que estava fazendo.
Até que um dia, fui cercado no caminho para o
trabalho, por três homens estranhos que me pegaram pelos braços e me
carregaram.
De
repente senti-me como se tivesse
despencado de um abismo, coisa muito
rápida, e logo toquei ao solo suavemente.
Só que naquele lugar não dava para se enxergar nada.
Comecei a chamar por alguém e ninguém respondia, até
que me cansei e me sentei.
Estava com medo, sentia a presença de algo por
perto, mas não sabia o que era animal ou gente. Sons estranhos indecifráveis.
Não sei quanto tempo passei naquele lugar, mas
parecia interminável.
Minhas esperanças estavam quase se acabando, quando
a mesma mulher que havia encontrado na reunião apareceu e em volta dela , uma
luz que iluminou parte daquele lugar. Então pude perceber que tinham outras
pessoas lá.
Mas uma vez a mulher me perguntou se queria ir com
ela.
Mas desta vez disse que sim.
Ela me deu a mão e em instantes estava em outro
lugar.
No instante que chegamos não conseguia nem abrir os
olhos por causa da luz. Mas fui me adaptando aos poucos.
Ali pude aprender muitas coisas.
Descobri os vários erros que cometi durante minha
passagem pela terra e o mal que fiz a todos aqueles que me cercavam.
Apesar do sentimento de culpa e do arrependimento.
Eu teria que consertar tudo aquilo que havia feito de errado com as pessoas em
outra encarnação. E estava estudando e me preparando para tentar não errar
novamente. Agora estava na etapa final, breve retornaria a terra para cumprir
meu dever.
Do irmão que um dia a muitos humilhou.
Luis.
Autor: Luis (Espírito)
Médium: M. A. Neves
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