Companhias Espirituais
A uma
simples vibração do nosso ser, a um pensamento emitido, por mais secreto nos
pareça, evidenciamos de imediato a faixa vibratória em que nos situamos, que
terá pronta repercussão naqueles que estão na mesma frequência vibracional.
Assim, atrairemos aqueles que comungam conosco e que se identificam com a
qualidade de nossa emissão mental.
Através
desse processo, captando as nossas intenções, sentindo as emoções que
exteriorizamos e “lendo” os nossos pensamentos é que os Espíritos se aproximam
de nós e, não raro, passam a nos dirigir, comandando nossos atos. Isso se dá
imperceptivelmente.
Afinizados
conosco, querendo e pensando como nós, fácil se torna a identificação,
ocorrendo então que passamos a agir de comum acordo com eles, certos de que a
sua é a nossa vontade – tal a reciprocidade de sintonia existente.
Não
entraremos na questão do livre-arbítrio, sobejamente conhecida dos espíritas.
Sabemos que a nossa vontade é livre de aceitar ou não estas influenciações. Que
a decisão é sempre de nossa responsabilidade individual.
O importante
é meditarmos a respeito de quanto somos influenciáveis, e quão fracos e
vacilantes somos. O Espiritismo, levantando o véu dos mistérios, nos traz a
explicação clara demonstrando-nos a verdade e, através desse conhecimento, nos
dá condições de vencer os erros e, sobretudo de nos preservarmos de novas
quedas.
Fácil é,
pois, aos Espíritos, nos dirigirem. Isto acontece com os homens em geral, sejam
eles médiuns ostensivos ou não.
É que, como
médiuns, todos somos sensíveis a essas aproximações e ninguém há que esteja
absolutamente livre de influenciações espirituais. Escolher a nossa companhia
espiritual é de nossa exclusiva responsabilidade. Somos livres para a opção.
No passado,
sabemo-lo hoje, escolhemos o lado das sombras, trilhando caminhos tortuosos,
tentadores, e que nos pareciam belos. Optamos pelo gozo material, escolhendo a
estrada do crime, onde nos chafurdamos com a nossa loucura, enquanto fazíamos
sofrer os seres que de nós se aproximavam. Muitos de nós ouvimos a palavra do
Cristo e tivemos a sagrada ensancha de optar entre a luz e a sombra. Mas,
aturdidos e ensandecidos, preferimos Mamon e César.
Após essa
desastrosa decisão, que repercutiria em nosso mundo íntimo, em tragédias de
dores acerbas e sofrimentos prolongados pelos séculos a fora, fomos rolando,
quais seixos levados pela caudal de águas turbilhonantes, tendo junto a nós
aqueles que elegemos como companheiros de jornada. Até que chegamos,
finalmente, ao porto seguro do Consolador.
Toda essa
trajetória está magnificamente narrada por Joanna de Ângelis, no capitulo 24 do
seu livro “Após a Tempestade”. E ela nos adverte de que já não há mais tempo a
perder: “Estes são os momentos em que deveremos colimar realizações perenes.
Para tanto, resolvamo-nos em definitivo a produzir em profundidade,
acercando-nos de Jesus e por Ele nos deixando conduzir até o termo da
jornada.”.
Eis a opção
que o Espiritismo nos faculta agora. Escolha consciente, amadurecida. Escolha
feita por quem já sabe e conhece. Por isto mesmo muito mais responsável.
Do livro
“Obsessão e Desobsessão” – Suely Caldas Shubert
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