terça-feira, 1 de novembro de 2016

Gênios Precoces

Gênios Precoces





Entre muitos indícios que sugerem ser verdadeira a teoria reencarnacionista, existem dois que agruparemos aqui pelo seu especial e comum aspecto: a precocidade infantil e a genialidade.

Apesar de no período de 1971 a 1993, quando escrevemos estas páginas, termos na vida profissional médica atendido muitas milhares de crianças, não ousaremos incluir qualquer um dos nossos clientes nos gênios e precoces. Vamos nos reportar aos casos clássicos da literatura mundial para um julgamento ou avaliação mais imparcial.

Muito se tem escrito a respeito dos seres superdotados. Encontraremos autores afirmando que em termos de saúde, já na infância e adolescência estas crianças apresentam uma saúde melhor de que seus colegas da mesma faixa etária, sendo também mais ajustados social e emocionalmente, o que equivale a dizer mais resistentes aos choques e traumas psíquicos. Naturalmente há quem conteste estas colocações. Esta última posição é contestada pelos autores Haverlock Ellis e F. Galton no livro Hereditary Genius.

Preliminarmente caberia uma sucinta definição do que se entende por precocidade. Considera-se a criança como incluída nesta qualificação, quando a mesma se distingue pelo desenvolvimento das faculdades e capacidades de uma forma nitidamente prematura, comparando-a aos devidos padrões mínimos e máximos da média esperada.

Como genialidade, entende-se uma capacidade mental criadora em altíssimo grau e muito acima dos níveis intelectuais vigentes.

Existe ainda a designação Gênios-Precoces, referindo-se a crianças que prematuramente apresentam elocubrações mentais a nível de gênios. Encontra-se também o uso do termo crianças-prodígios, que se refere tanto à precocidade, à genialidade ou à associação de ambas qualidades. Citemos alguns exemplos, antes de estudá-los.

Wolfgang Amadeus Mozart nascido aos 27 de janeiro de 1756, era filho de Leopold Mozart, um compositor e de Anna Maria. Teve seis irmãos, dos quais cinco morreram, restando-lhe apenas a irmã Maria Alma. Os dois irmãos sempre demonstraram nítida inclinação musical desde cedo, mas foi Amadeus quem se sobressaiu. Aos 4 anos de idade era capaz de executar uma sonata ao piano. Aos 5 anos começou a compor minuetos e outras peças musicais; aos 8 anos já compunha uma ópera. Quando se sentava ao cravo para tocar, era curioso o silencio que se fazia. Ninguém proferia uma palavra, pois a execução da música e a seriedade de sua expressão se impunham. Era comum, à época, o comentário de que seu talento e porte tão amadurecidos não poderiam lhe proporcionar uma vida de longevidade. Também tocava violino, mas em 1770, aos 14 anos, abandonou este instrumento para dedicar-se exclusivamente ao piano. Hoje, Mozart é considerado um dos maiores gênios e precoces do mundo.

Blaise Pascal, nascido em 1623, foi um célebre cientista francês. Pascal bem cedo mostrou uma extraordinária precocidade na área matemática. Segundo Stuart Holroyd, o autor de Psychic Voyages, Pascal aprendeu geometria sozinho, descobrindo, aos onze anos de idade, um novo sistema geométrico. Ao completar seu décimo segundo aniversário, escreveu um livro na área da física, mais exatamente sobre acústica. No meio dos matemáticos, alcançou um sucesso sem precedentes sua obra, 'Essai pour les coniques', que Pascal escreveu aos dezessete anos de idade.

William Hamilton começou a falar hebreu aos 3 anos de idade e aos 7 anos foi declarado membro do Trinity College, em Dublin, Irlanda, tendo demonstrado nesta idade conhecimentos mais extensos do que a maior parte dos candidatos ao magistério. "Estou vendo-o ainda, dizia um de seus parentes, responder a uma pergunta difícil de matemática, afastar-se depois, correndo aos pulinhos e puxando o carrinho com que andava a brincar". Com 13 anos Hamilton já falava 13 línguas clássicas e modernas. Quando o embaixador da Pérsia visitou a Irlanda, Hamilton dirigiu-lhe uma carta em persa, fato que o diplomata estranhou, pois, segundo ele, ninguém sabia escrever tão bem naquela língua em toda a Grã- Bretanha. Com relação a Hamiltom, o Dr. Raymor Johnson em seu livro lmpresioned Splendor, diz que aos dezoito anos de idade já era o maior matemático da Grã- Bretanha.

Para citarmos alguns casos mais recentes, tomemos o ano de 1953 onde há duas referências muito expressivas. No Times de Londres, publicado dia 13 de março do referido ano, há uma reportagem sobre Gianella de Marco, uma criança italiana que conduziu a orquestra Filarmônica de Londres, no Albert Hall (londrino), quando tinha 8 anos de idade. As peças escolhidas para o recital eram de Weber, Haydn, Wagner e Beethoven. O crítico musical que assistiu à representação disse que "a sua habilidade intelectual mostrava uma maturidade que chegava a ser frustrante ... "

Francis Bacon (1561/1626), nascido em Londres, começou a cursar a Universidade de Cambridge, logo aos 12 anos. Aos 15 anos de idade ingressou no Gray's Inn (Fórum), onde seria admitido como advogado.

Leibnitz, aos 8 anos, sem ter tido mestre, falava o Latim e, aos 12, grego.

Gauss resolvia, aos 3 anos, alguns problemas de matemática.

Trombetti, que conhecia entre línguas e dialetos, perto de 300, já falava aos 12 anos, além de sua língua natal, o alemão, o francês, latim, grego e hebraico.

O famoso engenheiro sueco Ericsson, aos 12 anos de idade era inspetor de um importante canal marítimo e tinha às suas ordens 600 operários.

São inúmeros os casos referidos na literatura de gênios precoces, mas vamos transcrever do livro O Problema do Ser do Destino e da Dor, de Léon Denis, um caso decididamente documentado e apresentado no Congresso Internacional de Psicologia de Paris, em 1900 pelo Professor Charles Richet, da Academia de Medicina, em assembléia geral reunidas todas as seções do Congresso. Trata-se de um menino espanhol de 3 anos e meio de idade chamado Pepito Arriola, que toca de improviso ao piano árias variadas, muito ricas em sonoridade. A comunicação feita por Richet aos congressistas na seção de 21 de agosto de 1900, a respeito desse menino, antes da sua audição musical, conforme pode-se ver em Revue Scientifique de 6 de outubro de 1900, página 432 e Compte Rendu Officiel du Congrés de Psychologie, 1900, F. Alcam, pág. 93. Os detalhes são necessários a fim de que possam ser conferidos pelos que desejam documentar ou pesquisar.

Vou transcrever fielmente o que diz sua mãe do modo como descobriu os extraordinários dons musicais do jovem Pepito.

"Tinha o menino 2 anos e meio, pouco mais ou menos, quando, pela primeira vez, se me depararam casualmente as sua aptidões musicais. Nessa época, recebi de um amigo meu músico, uma composição de sua lavra e pus-me a tocá-la ao piano com bastante assiduidade. É provável que o menino a ouvisse com atenção, mas não reparei nisso. Ora, certa manhã, ouço tocar numa sala contígua a mesma ária; com tanta mestria e justez, que quis saber quem era que assim tomava a liberdade de tocar piano em minha casa. Entrei na sala e vi o meu pequeno que estava só, a tocar a ária; estava sentado num assento alto para onde subira sozinho e, ao ver-me pôs-se a rir e disse-me: "Que me diz, mamãe?" Acreditei que se realizava um pequeno milagre.

A partir desse momento o pequeno Pepito continuou a tocar, sem que a sua mãe lhe tenha dado lições,às vezes as árias que ela própria tocava diante dele ao piano, outras vezes árias que ele próprio era capaz de inventar.

Não tardou que tivesse capacidade suficiente, sem se poder, contudo, dizer que se tratava de verdadeiros progressos, para permitir-lhe, no dia 4 de dezembro de 1899, isto é, com 3 anos incompletos, tocar diante de um auditório bastante numeroso de críticos e músicos: em 26 de dezembro, isto é , com 3 anos e 12 dias, tocou no Palácio Real de Madrid diante do rei e da rainha mãe. Nessa ocasião tocou seis composições musicais de sua lavra, que foram notadas.

Não sabe ler, quer se trate de música, quer do alfabeto: não tem talento especial para o desenho, mas se entretém às vezes a escrever àrias musicais, escrita que não tem, entenda-se bem, nenhum sentido. É, entretanto, engraçado vê-lo pegar um papelzinho, pôr-lhe um cabeçalho de garatujas ( que significam, parece, a natureza do trecho, sonata, habanera ou valsa, etc.): depois, por baixo, figurar linhas que serão a pauta, com uma borradela que quer dizer clave de sol e linhas também pretas que, afirma ele, são notas. Olha então para esse papel, com satisfação, põe-no no piano e diz: "Vou tocar isto" e, com efeito, tendo diante da vista aquele papel informe, improvisa de maneira admirável.

Para metodicamente estudar a maneira como ele toca piano, separei a execução da invenção.

Execução - É claramente infantil; vê-se que ele imaginou a dedilhação em todas as suas partes sem nenhuma lição. Tem, não obstante, dedilhação bastante desembaraçada, tanto quanto lhe permite a pequenez de sua mão, que não abrange a oitava. Para resolver a dificuldade imaginou, o que é curioso, substituir a oitava por arpejos habilmente executados e muito rápidos. Toca com as duas mãos, que muitas vezes cruza para obter certos efeitos ou certas harmonias. Às vezes também como os pianistas de nomeada, levanta a mão a grande altura, com a maior seriedade, para deixá-la cair exatamente na nota que quer. Não é provável que isto lhe tenha sido ensinado, porque, na maneira de tocar de sua mãe, que aliás tem boa execução, nada há de análogo. Pode tocar árias de bravura com agilidade às vezes admirável e com vigor surpreendente numa criança de sua idade; mas apesar dessas qualidades, força é reconhecer que a execução é desigual. De repente, depois de alguns momentos de prelúdio, põe-se a tocar como se estivesse inspirado, com agilidade e precisão.

Ouvi-o tocar trechos de muita dificuldade, uma habanera galiciana e a marcha turca de Mozart, com habilidade em algumas passagens.

A harmonia, ainda mais que a dedilhação, é extraordinária. Acha, quase sempre, o acorde justo e hesita, como lhe sucede no princípio de um trecho, tateia alguns segundos: depois, continuando, acha a verdadeira harmonia. Não se trata de uma harmonia muito complicada, quase sempre consiste em acordes de muita simplicidade; mas por vezes inventa alguns que causa surpresa.

Para falar com rigor, o que mais assombra a todos não é a dedilhação, nem a harmonia, nem a agilidade, mas a expressão; tem uma riqueza de expressão admirável. Seja triste, alegre, marcial ou enérgico o trecho musical a expressão é arrebatadora. Uma vez fiz tocar a mãe a mesma música que ele. Sem dúvida, ela tocava muito melhor, sem notas erradas, nem hesitações, nem tateios, nem repetições, mas o bebezinho tinha muito mais expressão.

Muitas vezes mesmo é tão forte essa expressão, tão trágica até em certas árias melancólicas ou fúnebres, que se tem a perfeita sensação de que o pequeno Pepito não pode, com sua dedilhação imperfeita, exprimir todas as idéias musicais que nele fremem, "de maneira que me atreveria a dizer que ele é muito maior músico do que parece ... "

Não somente executa as músicas que acaba de ouvir no piano, mas pode também, posto que com maior dificuldade, executar no piano as árias que ouviu cantar. Causa pasmo vê-lo então achar, imaginar, reconstituir os acordes do contraponto e da harmonia, como o poderia fazer um músico perito. Numa experiência feita há pouco tempo, um amigo meu cantou-lhe uma melodia muito complexa. Depois de tê-la ouvido cinco ou seis vezes, sentou-se ao piano, dizendo que se tratava de uma habanera, o que era verdade, e repetiu-a, senão no todo, pelo menos nas partes essenciais.

Invenção - É muitas vezes dificil quando se ouve um improvisador, distinguir o que é uma invenção do que é uma reprodução, pela memória, de árias e trechos musicais já ouvidos. É certo, entretanto, que, quando Pepito se põe a improvisar, raras vezes lhe falta a inspiração e acha, muitas vezes, melodias extremamente interessantes que pareceram mais ou menos originais a todos os assistentes. Há uma introdução, um meio, um fim; há ao mesmo tempo, uma variedade e uma riqueza de sons que talvez admirassem, se se tratasse de um músico de profissão, mas que, numa criança de três anos e meio, causam verdadeira estupefação.

Assim, encerra seu comentário no Congresso Internacional de Psicologia de Paris, ao apresentar este caso para estudo.

Desde aquela época prosseguiu o menino artista a seqüência de fatos com triunfos cada vez maiores. Tendo-se feito violinista incomparável, causa admiração à comunidade musical com seu talento prematuro. Segundo Annales des Sciences Psychiques, abril 1908, pág. 98, Pepito Arriola deu inúmeros concertos e fez diversas apresentações em Leipzig e posteriormente repetiu-os em São Petersburgo.

Não descreveremos outros casos, também devidamente documentados, em função de evitar sermos repetitivos.

Contestando a tese da reencarnação, como explicação para os gênios precoces, há duas hipóteses a serem consideradas. A da hereditariedade psíquica e a da mediunidade ou paranormalidade. Alguns também se referem à influência do meio como responsável, não só pela genialidade, como também pela precocidade desta qualidade.

No que se refere à hereditariedade, há que se colocar, inicialmente, não ter sido isolado até o momento qualquer gen responsável não só pela genialidade, como nem uma só molécula de DNA (gen) que confira características claras no que diz respeito à inteligência. Conforme a concepção espiritista, embora o espírito se expresse por recursos do sistema nervoso central, cuja formação molecular é geneticamente transmissível, a origem do pensamento ou fonte do psiquismo é de natureza transcendental. O espírito pensa, age psiquicamente, ama ou odeia, mas o veículo de transmissão é o cérebro. Não há, pois, a nível dos conhecimentos da genética, qualquer comprovação de que a genialidade possa ser transmitida aos descendentes, além de se constatar que os estudos das árvores genealógicas de gênios não fornece qualquer indicação desta característica nos seus ramos ancestrais.

Ao se estudar os descendentes, vemos também que a genialídade não foi transmitida como se fosse um patrimônio genético. Comum é se encontrar filhos normais, ou até destoando tanto dos pais, que chamam a atenção. Sócrates, o filósofo grego, teve, segundo Aristóteles, filhos inexpressivos. A família de Sócrates era obscura também na sua ascendência. Joana D'Arc teve também linhas ou ramos genealógicos vindo de troncos sem qualquer expressividade. Sábios ilustres sairam de centros vulgares, por exemplo : Bacon, Kant, Kepler, Copérnico, Galvani, Hume, Locke, Malebranche, Reaumur, Spinoza Laplace, etc. Rousseau na loja de seu pai apaixona-se pela Filosofia e pelas Letras: D' Alembert. enjeitado, foi simplesmente encontrado na soleira da porta de uma igreja e criado por uma mulher simples, casada com um vidreiro. Nem a ascendência de Shakespeare nem o meio, explicam as concepções geniais desse inglês. O estudo dos descendentes dos gênios nos leva à constatação curiosa de que muitos de seus filhos eram verdadeiros patetas.

Péricles foi pai de Parallas e Xântipo, conhecidos por sua estúpida personalidade e limitadas percepções. Aristipo, Tucídedes, Sófocles, Aristarco. Temístocles também não foram sucedidos por filhos que de algum modo lembrassem seus pais, ao inverso, primaram pela ignorância crassa. O famoso Cícero, Vespasiano, Germânico, Marco Aurélio, Carlos Magno, Henrique IV, Pedro o Grande. Goethe, Napoleão e outros que se tomaram célebres por suas capacidades em setores diversos, deixaram filhos que deslustraram a imagem intelectual de seus pais.

Consideram alguns adversários da reencarnação, mas que aceitam mediunidade, que os gênios precoces poderiam ser explicados pela influência dos espíritos, que nestes casos seriam dotados de elevados atributos intelectuais que se expressariam pelos médiuns, os quais seriam tomados por gênios. É sem dúvida incontestável que o gênio muito deve à inspiração, e que esta é uma das formas de mediunidade. No entanto, mesmo nos casos onde isto ocorre, não é possível se considerar o gênio como um simples instrumento, assim como se toma o médium propriamente dito.

A genialidade é resultante das aquisições e experiências pretéritas, resultante de uma longa vivência de muitas encarnações onde por muitos séculos se estudou, trabalhou ou pesquisou uma determinada área do conhecimento. Às vezes foram muitos séculos de lenta e dolorosa iniciação. A sensibilidade profunda que se observa hoje decorreu desta experienciação anterior, que o torna agora acessível às influências espirituais elevadas. A captação mediúnica de mensagens espirituais de elevado conteúdo requer uma condição dispositiva interna do médium que o permite sintonizar a mesma freqüência daquele que transmite a informação. São ondas mentais de alta freqüência vibratória emanadas pelos transmissores (espíritos), que necessitam também de alta freqüência mental no receptor (médium) para se estabelecer o contato.

Há, sem dúvida, substanciais diferenças entre as manifestações intelectuais dos gênios-precoces e a mediunidade no seu sentido global. A mediunidade tem caráter transitório nas suas manifestações, é intermitente e não contínua. O médium não tem condições de exercer suas faculdades ininterruptamente, são necessárias condições específicas que propiciem ambiente energético adequado, às vezes difícil de se obter. As crianças consideradas como gênios precoces podem manifestar seus talentos a cada momento que lhes for solicitado, como nós mesmo fazemos, com nossas possibilidades psíquicas.

Observando meticulosamente os casos de genialidade precoce, percebe-se que o gênio dos meninos prodígio lhes é muito pessoal; a manifestação da genialidade é regida pela vontade de cada criança. Segundo os pesquisadores desta área, as produções que apresentam, por mais surpreendentes que possam ser, sempre acabam transparecendo em alguns detalhes algo infantil que não se encaixa com uma manifestação inteligente de um espírito adulto que estaria se comunicando. No exemplo transcrito da obra de Léon Denis, o pequeno Pepito em sua maneira de trabalhar procedia a ensaios e tateamentos próprios da idade e que não se produziriam se eles fossem manifestações passivas de uma vontade superior e oculta.

Há que se ter clara a concepção de que se combinam e se afinizam ou se atraem, a inspiração exterior e os valores da aquisição pessoal de muitas encarnações anteriores.

O espírito não é feito de uma só vez. Suas faculdades, suas qualidades, seus bens intelectuais e morais, em vez de se esvaírem, capitalizam-se, aumentam, de século a século. Por isto, vemos a brilhante superioridade de certas inteligências que têm vivido muito, trabalhado intensamente e sobretudo integrado em si mesmas, pela reflexão, as experiências vivenciadas anteriormente.

O espírito é que se expressa pelos recursos disponíveis no sistema nervoso central. Sabemos que a estrutura transcendental do corpo espiritual que vibra em outra dimennsão, traz em seu bojo os arquivos energéticos que constituem sua individualidade ou seu patrimônio específico. No entanto, como o corpo espiritual se fixa molécula a molécula ao corpo fisico, fica limitado à consciência desta vida, ao se expressar pelo cérebro virgem dos registros pretéritos. Não se recorda, habitualmente, das encarnações passadas, porém o potencial criativo permanece íntegro e se expressa à medida que o sistema nervoso central o permita.

Dr. Ricardo Di Bernardi



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