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A vigilância
é sempre a eterna âncora da alma, apoiada no fundo do mar tempestuoso da mente,
a nos garantir a tranquilidade, disciplinando uma profusão de pensamentos
diários, de maneira a serem úteis no seu campo de ação.
Sensibilizemos, pois, a consciência pela força da caridade, pelo ambiente da prece, na luz da fé, para que possamos sentir, antes de pensar, o teor das ideias. Quando os pensamentos estão em projetos, nas profundezas da vida, é mais fácil consertá-los, ou desvencilharmo-nos deles com a simples borracha da disciplina; ao passo que, depois de concretizados, dando forma aos sentimentos, tornar-se-á mais difícil a sua remoção, mesmo no campo reversivo, dada à coesão ocorrida por junção protogenética, com sintonia profunda de elementos sutis.
Sensibilizemos, pois, a consciência pela força da caridade, pelo ambiente da prece, na luz da fé, para que possamos sentir, antes de pensar, o teor das ideias. Quando os pensamentos estão em projetos, nas profundezas da vida, é mais fácil consertá-los, ou desvencilharmo-nos deles com a simples borracha da disciplina; ao passo que, depois de concretizados, dando forma aos sentimentos, tornar-se-á mais difícil a sua remoção, mesmo no campo reversivo, dada à coesão ocorrida por junção protogenética, com sintonia profunda de elementos sutis.
Quando
acontece à alma viver em plano superior das emoções, por descuido, formar
pensamentos negativos, conhecendo o processo de desintegrá-los, tais
pensamentos, ao se formarem, são fotografados pela mente em milhões de ângulos,
impregnando todo o cosmo orgânico e psíquico. O inconsciente demorará a
acompanhar as vibrações escuras que viajam em todo o complexo humano, para
desfazer-se das suas características malfazejas, bombardeando, aqui e ali, seus
conglomerados de energias retardadas.
É bom notar
o valor da vigilância, para que o corpo e a mente não sofram o castigo da
imprudência. Devemos nos manter diligentes frente aos impulsos mentais inferiores,
pois eles nos causam distúrbios de difícil reparo.
Resguardo
não é medo. É bom senso a nos ajudar em ângulo diferente. Copiemos a natureza
da árvore, quando sofre um golpe de afiada lâmina que aparece no seu ciclópico
tronco; a emoção da planta se agita bem antes de ser ferida e os recursos
aparecem por vias inumeráveis a desfazer o perigo iminente.
A mente
humana adestrada perceberá os pensamentos inferiores bem antes da sua formação
conata e deverá procurar os recursos que a inteligência lhe capacitou e a
evolução lhe garantiu, para que o trabalho não se torne mais difícil. Em todos
os casos, quem não se deu com a bênção da vigilância, procure fazer o melhor ao
seu alcance. Trabalhe, lute na limpeza da mente, arranque o joio e queime pelos
processos alcançados. Mas não fique parado.
Se já
despertastes do sono, esforçai-vos para vos absterdes dos vícios e hábitos
incômodos. É dignidade do espírito, não obstante, a sabedoria nos pede para que
não deixemos seus lugares vazios. A supressão requer algo no lugar do
suprimido. Se estais vos desvencilhando do ódio, colocai em sua área o amor. Se
a vingança já está se desfazendo em vosso coração, não vos esqueçais de
alimentar o perdão. Se a dúvida está desaparecendo dos vossos caminhos, tratai
da fé com todos os seus recursos virtuosos.
Essa é a
verdadeira vigilância do iniciado. O resguardo sem fanatismo ambiente a alma
para grandes voos espirituais, sem acobertar erros, nem exagerar na rota da
perfeição sem preparo.
Sabeis por
que aconselhamos a escolha das sementes, que deveis plantar na lavoura mental?
Achamos que estais conscientes do fato. No entanto, é bom que falemos mais. A
repetição gera firmeza, principalmente no trato com a verdade. O plantio
invigilante de ventos dá nascimento a tempestades, que arruínam o próprio dono.
Meus filhos,
se começais hoje na educação da mente, tereis certeza da reversão da própria
natureza inferior. Tereis que lutar com vós mesmos, muito, mas muito tempo, mas
podeis carregar a convicção de que vencereis. Já dizia Jesus aos seus
discípulos: “Aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Aquele que
não esmorecer nesse empreendimento sagrado de educar a si mesmo, de limpar a
mente, de criar nos campos férteis dos pensamentos áreas compatíveis com a luz,
onde poderão nascer as mais belas diretrizes da alma, ajustando todas as
emoções em uma dialética mental, conseguirá a transmutação dos desejos
inferiores em sementes de luz, para que as plantas, flores e frutos sejam
produtos do amor.
(De “Horizontes da Mente”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)
(texto recebido de Cristiano de Almeida)
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