Objeto de
interesse e atenção de grupos espiritualistas desde há muito, a aura humana tem
merecido recentemente novas referências em textos, livros e ensinamentos.
A aura
é o envoltório energético, emanação sutil que circunda todos os seres, formando
uma camada de energias ao seu redor.
Muitas
pinturas de santos e figuras de arte sacra mostram suas auréolas. O halo em
suas cabeças era uma representação artística da aura de luz que os seres
retratados possuíam.
O ser
humano encarnado, além do corpo físico, possui diversos outros corpos ou “camadas”
vibratórias que se interpenetram, cada uma correspondente a certo plano de
manifestação do ser. Há o corpo etérico, contraparte sutil do corpo físico, o
corpo astral ou emocional, que expressa sentimentos e emoções, o corpo mental,
que reflete os pensamentos, e assim por diante, até o sétimo nível, que é o
mais sutil e imaterial.
A
Doutrina Espírita, desde seu início, usa o termo perispírito como
tentativa de síntese para definir o envoltório semimaterial do Espírito,
intermediário entre este e o corpo físico. O termo se refere ao conjunto dos
corpos sutis ou somente ao corpo astral, dependendo das obras consultadas. Com
o desenvolvimento das revelações, desde André Luiz (Espírito) e outros, até
seminários do médium Divaldo Franco, bem como em recentes obras psicografadas,
há cada vez mais referências específicas aos corpos sutis, tão conhecidos e
estudados pelas escolas esotéricas.
A aura é
resultante das emanações de todos os corpos sutis e reflete a complexidade do
ser e o padrão vibratório em que vive. Tudo o que se pensa, sente, fala e faz
gera energias próprias que compõem o campo áurico, o qual tem densidade,
coloração e aspecto específicos em cada ser. Também varia constantemente, pois
é vivo e dinâmico - ao expressar uma emoção intensa, por exemplo, muda
imediatamente de configuração.
Há seres
mais sensíveis que percebem o campo áurico das pessoas e, estando ao lado
delas, experimentam sensações, agradáveis ou não, o que reflete a qualidade das
emanações recebidas e a sintonia vibratória entre as auras.
O campo
áurico tem a propriedade de interagir com os campos de outras pessoas, seja por
simpatia ou antagonismo. A aversão a determinados seres gera sintonia com a
faixa vibratória que emana dos mesmos. Quando existem emoções negativas entre
duas pessoas, sem que o saibam, unem-se em laços de desafeto que conectam suas
auras. A ligação permanece até que, pelo amor, compreensão e perdão, decidam se
libertar.
Inúmeros
fatores influenciam a aura humana e podem fortalecê-la: exercícios físicos e
respiratórios harmoniosos, contato com a natureza, exposição ao sol,
alimentação pura, meditação, trabalho no bem, oração, pensamentos positivos,
entre outros.
Qualquer
vício, seja de que natureza for, contamina o campo áurico com energias de baixo
teor vibratório, as quais se agregam ao campo energético. Somente após
abandonar o vício, e depois de intenso processo de purificação é que a aura se
torna limpa.
Muitas
doenças físicas são mecanismos curativos da alma, o que se dá através da
purificação da aura. Quando esta se encontra contaminada e saturada de energias
desarmônicas a doença física funciona como mecanismo de drenagem das cargas
inferiores, as quais são transferidas dos níveis sutis até o físico. Isso
obviamente não invalida a busca por qualquer recurso terapêutico que possa
facilitar ou amenizar o processo.
Uma das
formas de se proteger de energias negativas é, antes de tudo, não as
produzindo. Quem primeiro carrega a aura de energias densas e deletérias é o
próprio homem, ao cultivar hábitos e atitudes inferiores e desequilibrados. A
higiene moral e mental é imprescindível para a limpeza e manutenção de uma aura
saudável. O amor, como expressão divina, inunda o ser humano de energias
superiores e luminosas. As ações no bem geram e dinamizam energias protetoras e
fortalecedoras do campo de energia humano.
Quando se
está próximo de um ser espiritualizado e se tem sensibilidade e pureza para
percebê-lo, sente-se grande bem-estar e enlevo, graças às emanações poderosas
da aura dessa alma elevada.
A nossa aura
revela quem somos, ou pelo menos como estamos em determinado momento. Os
Espíritos desencarnados suficientemente lúcidos, ao se aproximarem de nós, pela
leitura de nosso campo áurico, facilmente reconhecem nossos hábitos,
preferências, vícios e tendências.
Há
médiuns com faculdade específica de vidência capazes de ver a aura de
encarnados e/ou desencarnados. Como a mediunidade representa percepção
subjetiva e individualizada, diferentes videntes podem enxergar coisas diversas
observando a mesma pessoa. Isso porque cada médium tem faixa de percepção
própria, que também é variável. Pode captar informações de diversas camadas ou
níveis da aura observada, dependendo da profundidade que sua percepção
mediúnica alcance. O mesmo médium, em momentos e circunstâncias diferentes,
pode mudar sua capacidade de captar informações acerca do campo energético de
alguém.
Quando
alguém se dedica sinceramente ao caminho espiritual, independente das
faculdades parapsíquicas que possua, fará uso das mesmas sempre com objetivos
nobres e libertadores. Caso possa ver ou sentir a aura dos seus irmãos e
identificar nas mesmas sinais de inferioridade ou desequilíbrio, evita comentar
tais percepções, apenas as usando quando necessárias e úteis ao trabalho de
auxílio e cura.
Inúmeros
espiritualistas contemporâneos acreditam que a aura humana será, em futuro
breve, objeto de maiores estudos para fins diagnósticos e terapêuticos,
abrangendo dimensões e profundidade ainda inacessíveis à ciência convencional.
Em alguns grupos multidisciplinares e transdisciplinares - embora ainda raros -
já existe cooperação entre médicos e terapeutas energéticos no sentido de usar
o estudo da aura humana como um dos parâmetros de diagnóstico, tratamento e
cura.
Ao lado
de outras abordagens e terapias espiritualistas, igualmente válidas na busca do
equilíbrio e da cura integral do ser humano, as propostas terapêuticas da
Doutrina Espírita - oração, passes, água fluidificada, desobsessão e sobretudo
a autotransformação - por atuarem na estrutura íntima do ser, favorecem o
(re)equilíbrio dos sistemas energéticos que compõem o campo áurico, tornando-o
reflexo de um ser humano mais saudável.
Fonte: http://www.uniaoespiritadepiracicaba.com.br/artigos/andre-de-paiva-salum/482-a-aura-humana
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