MORTES VIOLENTAS – O QUE ACONTECE COM OS ESPÍRITOS?
Ontem e
hoje, conversando e/ou teclando com muitas pessoas via internet, algumas delas
me questionaram o que acontece com as pessoas que desencarnam com os seus
corpos destroçados, como foi o caso do presidenciável Eduardo Campos e das
demais pessoas que estavam no avião com ele? Como chegam ao mundo espiritual?
Sentem, no outro lado da vida, as dores dos ferimentos e das rupturas do corpo
físico? Sentem também destroçados?
Aprendemos com os Benfeitores
Espirituais, que a morte do corpo físico, quase sempre, nem é notada pelo
espírito, tamanha é a naturalidade da passagem de um plano para o outro.
Isso
significa que muitos espíritos desencarnam e levam muito tempo para descobrir,
perceberem que já deixaram o corpo material.
Aprendemos, também, com a doutrina
espírita, que quando reencarnado, o espírito dispõe de dois corpos de
manifestação: o corpo físico e o períspirito (corpo espiritual), sendo o
segundo, o elo de ligação da alma e do corpo físico.
Isso significa que quando estamos em vigília,
o espírito se vale do corpo físico e quando está desdobrado pelo sono ou quando
desencarna, se vale do corpo espiritual para as suas manifestações e
atividades.
Quando acontece da pessoa ir, aos poucos,
perdendo a vitalidade para a vida física, ou seja, vai envelhecendo o corpo
material, o espírito vai também desprendendo naturalmente desse corpo, até a
sua total ruptura com ele. Assim sendo, muitas vezes, a morte poderá significar
para o espírito a libertação de suas aflições da vida material.
Já quando o ser humano está em plena
força física e desencarna, entra em um estado de perturbação, não entendendo o
que está lhe acontecendo, vindo a ser ajudado pelos amigos espirituais e
familiares que utilizam-se de hospitais ou casas transitórias para atender em
suas primeiras necessidades. Geralmente os Benfeitores mantém o espírito em
sono profundo pelo tempo que esse precisar, até que ele possa saber ou perceber
a sua nova condição.
Em casos de morte violenta, onde o corpo
físico se destroça por completo, como foi o caso dos ocupantes do avião
acidentado em Santos, na questão de número 162 de O Livro dos Espíritos, os
Benfeitores afirmam que, pelo fato, do homem, não raro, conservar a consciência
de si mesmo durante alguns minutos até que a vida orgânica se extingui
completamente, quase sempre, a apreensão da morte lhe faz perder a consciência
antes do momento do suplício. Ou seja, essa apreensão pode durar alguns
minutos, segundos, e nada mais ser observado pelo espírito. Casos existem que,
por merecimento, a pessoa entra em sono profundo antes mesmo da sua morte
física e nada vê ou percebe dela. Só no Mundo Espiritual irá saber do ocorrido
e observar que, apesar de ter sido da forma que foi, seu corpo espiritual está
intacto, sem nenhum arranhão sequer.
Lembro-me de uma noite de psicografia na
Casa da Prece em Uberaba, quando Chico Xavier começou a ler as mensagens que
chegaram por seu intermédio, uma me tocou profundamente. Tratava-se de um jovem
ciclista de Santa Catarina, estudante de medicina, que numa manhã de sol, como
de costume, saiu para pedalar e foi bruscamente atropelado por um caminhão. Sua
mãe imaginava que pelos destroços de seu corpo físico, ele sofria muito no
Mundo Espiritual. Em sua carta ele afirmava e acalmava sua mãe dizendo apenas
lembrar-se de sua apreensão quando observou a aproximação do caminhão e nada
viu e sentiu do acidente. Dizia:
- Mãe acredite em mim, cheguei aqui sem
nenhum arranhão sequer. Foi tudo muito rápido. Fui carinhosamente envolvido pela
vovó que me levou para um abrigo confortador. Não sofra minha mãe querida, pois
não sofri nada como a senhora imagina.
Os Benfeitores afirmam que a única morte
que lesa o períspirito e faz o espírito sentir a dor daquilo que exterminou a
vida do corpo físico, é a morte pelo suicídio. Não é castigo, trata-se apenas
do início do processo reeducativo que o espírito suicida precisará
experimentar, para valorizar as suas existências corpóreas futuras, como
instrumento de sua evolução.
Seja qual for o tipo de morte que uma
pessoa tiver, a única coisa que o seu espírito precisará, é do conforto das
preces e da aceitação daqueles que aqui ficaram. A morte só existe para o corpo
físico porque o espírito é imortal. Deus não tem nenhum dos seus filhos morto.
Confiemos mais na nossa imortalidade, pois com ela tudo mudará em nós.
Ismael Batista - Guaxupé/ MG
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