Os Males do Vampirismo II
PERGUNTA:
- E
qual é a
ação perversiva que
esses magos negros
praticam para conseguirem o
sangue humano?
RAMATÍS:
- Eles
incentivam todos os
acontecimentos que lhes
proporcionem a vertência de
sangue, seja pelo
morticínio de animais
nos matadouros e
frigoríficos, ou nos conflitos homicidas e bestiais entre os
homens, assim como nos campos de batalha ensangüentados pelas guerras
fratricidas. Examinando-se a
história do vosso mundo,
verificamos que o
sanguevertido em sua
superfície parece competir
com os próprios
rios pejados de
água! Quando não se mata
o animal e
a ave nos
açougues, matadouros ou frigoríficos, os
homens então massacram-se estupidamente nas
guerras imbecis e
impiedosas. Eles tingem de
sangue os campos
floridos pela primavera, as
ruas asfaltadas das
cidades indefesas e tramam
ofensivas tenebrosas às
vésperas de Natal!
A Bíblia é
um livro pródigo de morticínios, trucidamentos, vinganças e tropelias
sangrentas em nome de
Jeová. Davi, o
salmista, apesar das
glórias que lhe
atribuem, é um
dos mais ferozes fratricidas dos
tempos bíblicos. Nas
páginas da história
do vosso mundo,
alinham-se tremendos flagelos como:
Atila, Gêngis Khan,
Tamerlão, Cortez, Alexandre,
Aníbal, Carlos Magno,
Júlio César, Napoleão, Kaiser, Hitler
e outros, que
fizeram jorrar toneladas
de sangue dos
corpos esfrangalhados nos combates cruentos! Eram ativos e
incondicionais fornecedores, "por
atacado", de carne palpitante e sangrenta, proporcionando as cotas de
resíduos vitais para os insaciáveis das
Trevas!
Depois de fartos da substância vital extraída do metabolismo da vida humana, os
espíritos diabólicos zombam despudoradamente da própria humanidade terrena e
imbecil, que desempenha a estúpida função
de "fornecedora" de
sangue para alimentar
a prostituição espiritual
do Além-túmulo!
Quando as
guerras ou revoluções
diminuem por falta de
motivos psicológicos, ambições racistas ou
complicações comerciais, os
magos das sombras
inspiram outros motivos
tolos e imbecis aos
homens, insuflando conflitos
religiosos e matanças de
"infiéis", como no
caso das execráveis cruzadas,
que os ajudaram
a manter a receita de
sangue cobiçado. Comumente,
eles conseguem situar seus comparsas tenebrosos
no comando de
reinados e governos,
lideranças políticas ou religiosas do mundo, os quais funcionam como "antenas
vivas" na Crosta, instigando conflitos, ódios,
vinganças e a
morte trágica para a
maior vertência de
sangue! Catarina de
Médicis, espírito
diabólico sintonizado na
faixa satânica, organiza
a matança da
Noite de São Bartolomeu, oferecendo
lauto banquete de
sangue aos vampiros; Filipe
II, escravo das
sombras, formaliza a Inquisição
preparando os quitutes
sangrentos nos porões
dos conventos religiosos
ou torrando hereges nas fogueiras cruentas;
Ariberto, arcebispo de Milão,
diabolicamente ipspirado, dá
início à carnificina dos albigenses. (7)
Na própria América, os protestantes ali
radicados matam os colegas recém-chegados atendendo aos espíritos subvertidos.
7
- Diz o
historiador César Cantú,
sobre a matança dos
albigenses: "E cada
vitória dos católicos era
uma orgia de
sangue, em que
a ferocidade e
a cobiça da
soldadesca juntavam suas
façanhas aos requintes da crueza do clero inquisidor.
O fogo completava
a destruição da
espada e as
maldições canônicas perseguiam as vítimas além do suplício pavoroso".
PERGUNTA:
- Cremos
que, na Terra,
já se esboçam
movimentos e protestos
que condenam abertamente as guerras,
despertando o homem
para libertar-se do
tradicional senso de glória,
heroísmo e conquistas forjados nos morticínios sangrentos!
RAMATÍS:
- A
pusilanimidade, covardia e
as paixões violentas,
somadas aos vícios humanos, constituem-se em motivos
fundamentais para as confrarias anticrísticas do mundo oculto incentivarem a belicosidade sangrenta entre os homens. Elas
exploram as convenções
transitórias de pátria, família, raça e casta social, conduzindo os homens
ingênuos e sem vontade própria para os
matadouros das guerras.
Os terrícolas são
empurrados para a morte como
robôs de carne, trucidando-se ferozmente
em defesa de
retalhos de panos
coloridos e fronteiras
imaginárias.
Seguem para
o holocausto inglório,
ao som festivo
das fanfarras e
do barulho primitivo
dos tambores de couro de porco!
Os que
sobrevivem às guerras depois realizam
cerimônias altiloqüentes e
melodramáticas, distribuindo condecorações feitas de pedaços de metal e
penduradas em fitas de baeta! Exaltam-se os
guerreiros que mataram
mais homens inimigos,
embora isso tenha
custado as lágrimas pungentes das viúvas e o desespero
indescritível de milhares de filhos órfãos! Outros desses heróis valentes são
aposentados da vida sadia, passando
a mover-se pelas ruas
das cidades, sem
braços, sem pernas, cegos,
neuróticos ou deformados,
enquanto os vampiros
das Trevas riem-se
às gargalhadas, pelas peças funestas que pregam aos vivos. Eles, então,
rodeiam os encarnados ainda envaidecidos
em suas cerimônias
circenses; e no mundo invisível condecoram
com tridentes e outras
bobices ridículas e
fesceninas, fazendo os mais cínicos
salamaleques e saudações
aos "gloriosos fornecedores de sangue"! A humanidade terrena
já devia ter percebido que as "gloriosas batalhas" e
conquistas históricas não
passam de simples
operação fornecedora de
sangue para os insaciáveis comandos diabólicos do mundo
oculto!
Em conseqüência,
a campanha contra
a guerra, no vosso mundo,
ainda deveria ser
mais intensa e severa
do que a que
se faz para
debelar o câncer,
o entorpecente e
a prostituição.
Enquanto
houver sangue pródigo de aves, animais e homens, a correr pelo solo generoso da
Terra, a indústria tenebrosa
do vampirismo e
da obsessão do
Além-túmulo sobre os
encarnados, continuará a distribuir excelentes "dividendos" no
mais franco progresso macabro!
PERGUNTA:
-
Reconhecemos que a evangelização
da humanidade seria
o fim da guerra em nosso planeta, mas quem poderia
convencer que o soldado e o general empenhem-se tolamente numa luta inglória a
favor do vampirismo de sangue no mundo oculto?
RAMATÍS:
- Evidentemente, a guerra não é culpa
exclusiva dos militares, mas resulta de
questões racistas, domínios
ideológicos, interesses comerciais
e econômicos, competições políticas, ambições de conquistas
e espírito de pilhagem animal, os quais ultrapassam os próprios campos de
batalha. Sob a perspectiva de guerra, todas as criaturas alimentam algo de
ganho fácil e interesse pessoal em tal acontecimento
trágico. Enquanto o
soldado sonha com
as divisas de sargento, este aspira ao posto de oficial;
e o oficial, por sua vez, antevê os seus galões de general!
Os
industriais alteram o preço dos produtos alegando o clima belicoso, os
negociantes ocultam os gêneros
alimentícios, aguardando o
ensejo favorável para vendê-los
a preços escorchantes!
Os jornais alcançam edições
vultosas, prenhes de
mentiras, boatos, exaltações
racistas, incentivos e difamações contra os pacifistas. Os
sacerdotes benzem armas, submarinos e tanques de guerra, em nome do
"seu Deus" e contra o
Deus do inimigo;
mulheres, crianças e
velhos, entre vivas
e entusiasmos, rejubilam-se com
as primeiras vitórias sobre o
adversário justo ou
injusto, massacrado
impiedosamente! (8)
Enquanto isso,
os oportunistas lançam
a confusão entre
ódios e desforras, organizando
a pilhagem dos
bens do estrangeiro
radicado em sua
pátria, praticando as mais
ignóbeis e inescrupulosas ações
de pilhagem criminosa!
O espírito de
guerra alimenta a própria
vida civil, incentivando
as mais indignas
ações dos próprios
cidadãos pacíficos e inofensivos! (9)
8
- Uma das mais
convincentes provas do
"choque de
retorno" e da
ação implacável da
Lei do Carma sobre
os povos é
o caso do
propalado "muro da
vergonha", dos russos,
em Berlim. Hoje,
vemos fotografias de velhinhos
e velhinhas chorosos,
acenando dramaticamente para
os parentes e
cidadãos fugitivos da Alemanha Ocidental. No entanto, malgrado os
protestos dos sentimentalistas, essas criaturas, lacrimosas e envelhecidas,
foram as mesmas pessoas que nutriram o histerismo coletivo da guerra, e queentre vivas
e brados de
entusiasmo jogavam flores
em Hitler, após
o massacre cruel
e impiedoso dos poloneses.
9
- Em Curitiba, na última guerra
nazista, também se fez
a "quebradeira" indiscriminada de propriedades e
bens de súditos
alemães e japoneses, inclusive dos
próprios descendentes brasileiros. Basta dizer
que as aves de
rapina quase destruíram totalmente a
"Impressora
Paranaense", de filhos
de alemães, uma das
gráficas mais famosas
do Brasil, onde
mourejavam centenas de
operários brasileiros. Na
pilhagem havia marginais, acadêmicos, religiosos, moços e velhos, e até amigos
dos proprietários, que agiam despudoradamente sob o olhar beneplácito de bons
patriotas!
Mas os
povos inimigos, que
estão do outro
lado da luta, também
pensam assim e
hão de agir da
mesma forma, porque
a guerra é
um produto da
animalidade e ignorância
de toda a humanidade,
cuja herança de
rancor, ódio, cobiça,
inveja, orgulho, egoísmo
e rapinagem, é conseqüência funesta desde os tempos dos
homens das cavernas! A guerra monstruosa só deixará de existir,
na Terra, quando
os homens dominarem
os seus sentimentos perversos,
buscando a vivência da paz e do
amor nos códigos morais deixados por Buda, Crishna, Jesus, Gandhi e outros luminares da
vida espiritual. Cada
homem, e cada
povo, precisa negar-se
a si mesmo
e não combater contra
outro homem ou
povo, preferindo morrer
a matar! Podemos
desconfiar dos homens, jamais do
Cristo-Jesus, que assim prometeu:
"Aquele que perder a vida por mim, ganha-
la-á por toda a eternidade!"
PERGUNTA:
- Mas
o carnivorismo e a
guerra ainda são
condições normais e inerentes ao atual estado evolutivo da
humanidade. Não é assim?
RAMATÍS:
- Se
a guerra fosse
uma condição natural
da graduação espiritual
da humanidade, então os espíritos dos
civilizados não deveriam sofrer
quaisquer perturbações ou restrições após a sua desencarnação, como
é tão comum aqui no Espaço. Os
silvícolas, que ainda vivem o
instinto herdado dos
animais, e por
isso o carnivorismo lhes é
condição natural, quando desencarnam passam a viver de modo
venturoso nas planícies de caça da vivência astralina. A sua ignorância e
incapacidade de raciocinar
quanto às diferenças
entre o certo
e o errado,
o bem e o mal, livra-os
de punições ou restrições espirituais, que no entanto afetam os civilizados pela sua" consciência
do mal"!
Não temos
encontrado silvícolas nos charcos pestilenciais
do astral inferior; mas povoam-nos homens
"civilizados", que passaram
pela Terra em
lutas, conflitos, revoluções
e guerras sangrentas, onde
mataram outras criaturas,
obedecendo a ordens
superiores. Muitos desses infelizes, mergulhados
no lodo purgatorial,
ainda refletem em
seu perispírito denso
o fulgor dos troféus
guerreiros, a marca
das condecorações que receberam na carne, pela
sua eficiência em matar!
Desde os
tempos bíblicos, a
humanidade vem descrevendo
uma espiral avançada
de admiráveis eventos no campo da
técnica, física, química,
astronáutica e medicina,
que lhes aumentou a
responsabilidade de discernimento
e compreensão do
que é danoso,
perverso e desnecessário! No
entanto, sob
a sugestão diabólica do mundo
invisível, ela eletrizou
os matadouros e frigoríficos,
e atomizou a
guerra, centuplicando os
meios de matar! O
troglodita matava o companheiro
com um pedaço
de pau; o
civilizado faz o
mesmo com uma
pistola eletrônica! Os persas, gregos e romanos enfrentavam-se nos
campos de batalha a descoberto, numa luta
feroz, mas digna,
de indivíduo para
indivíduo; hoje, alguém
aperta um botão
e a bomba mortífera pulveriza milhares
de homens, mulheres,
crianças e velhos
alheios às causas
de "tal agressão.
É evidente
que o carnivorismo
e a guerra
não são condições
normais do atual
estado espiritual da humanidade,
mas excrescências degenerativas
que multiplicam a
culpa dos homens, porque sabem como civilizados, mas
vivem como os bárbaros!
PERGUNTA:
- O judeu, considerado o povo eleito de Deus,
também sacrificava aves e animais nos templos religiosos. Isso também seria
oferenda aos espíritos perversos?
RAMATÍS:
- O sacrifício habitual de touros,
cabritos, carneiros e aves, entre
judeus, também mascarava a
sede de sangue
dos espíritos monstruosos
do Além, os
quais incentivavam tais práticas
tenebrosas a fim de compensarem a redução dos massacres humanos dos antigos
ritos pagãos. Eles vampirizavam
as carnes tenras
das crianças sacrificadas aos
ídolos bárbaros, assim como
os civilizados de hoje
exigem, epicuristicamente, a
carne da vitela
para satisfazer o seu carnivorismo insaciável.
Embora os próprios
sacerdotes, às vezes,
percebessem em sua
"visão astralina"
a presença dos
detestáveis vampiros banqueteando-se no sangue dos
sacrifícios, eles também fingiam
ignorar o acontecimento, porque viviam nababescamente da "indústria da
morte", tal qual hoje ainda se vive do massacre, nos matadouros e
frigoríficos!
Os templos
pagãos, com a degola e a queima de crianças e jovens, os templos judeus, com o morticínio
de animais e
aves, eram verdadeiras
filiais de fornecimento
de tônus vital
cobiçado pelos espíritos subvertidos do Além-túmulo, tal qual ainda se
faz hoje nos candomblés africanos e outros ritos primitivos. Mas o sangue
vertido inutilmente volta-se por Lei Cármica contra os seus próprios
responsáveis, marcando-os como futuras vítimas do vampirismo, feitiçarias ou
obsessões.
Aliás, o
homem resgata, quase de imediato, a sua defecção para com os animais, porque
herda as doenças que eles
não podem denunciar
antes do corte,
em face de sua impotência
verbal. Então proliferam hepatites,
tumorações, anemias perniciosas, decomposições sangüíneas,
nefrites, hipertrofias,
artritismos, úlceras, chagas
e principalmente o
parasitismo incontrolável de
amebas, giárdias, estrongilóides, triconocéfalos, helmintos,
oxiúros, tênias, ascárides
ou diversos protozoários
patogênicos. (10)
10
- Recomenda-se ao leitor a extraordinária comunicação de Irmão X, por Chico
Xavier, edição da FEB, intitulada O Enigma
da Obsessão, capítulo
XV, da obra Contos
e Apólogos, da qual
extraímos as seguintes frases:
"Essa é a
luta multissecular entre
encarnados e desencarnados, que
se devotam ao vampirismo. É
desse modo que as
enfermidades do corpo
e da alma
se espalham nos mais diversos climas. Os
homens, que se
julgam distantes da
harmonia orgânica sem
o sacrifício dos
animais, são defrontados por gênios
invisíveis que se acreditam incapazes de viver sem o concurso deles. Quem
devora os animais, incorporando-lhes as propriedades ao patrimônio orgânico, deve
ser apetitosa presa dos seres que se animalizam. Os semelhantes procuram os
semelhantes. Essa é a Lei".
Os homens
ainda poderiam gozar
de alguns conceitos
favoráveis junto à
Administração Sideral, mesmo alimentando-se de
carne, caso o fizessem exclusivamente da
caça de aves e
animais selvagens, cujo psiquismo
primário ainda não
os perturba na morte
súbita, porque estão vinculados a
um Espírito-Grupo. Mas
eles agravam suas
culpas, porque além
de mistificarem os infelizes irmãos menores através de uma
assistência aparentemente fraterna, à base de antibióticos, vacinas, rações especializadas
e cuidados quase maternais, depois os devoram impiedosamente sob as mais
requintadas formas de cozidos e assados!
PERGUNTA:
- Qual
é a consequência mais
grave de comermos
carne, na atualidade de nossa graduação espiritual?
RAMATÍS:
- Algumas
espécies animais, como
o cão, camelo,
elefante, carneiro, macaco, gato
e principalmente o
cavalo, já possuem bem
desenvolvido o corpo
astral, que lhes permite
dar vazão a emoções e
sentimentos a caminho de
humanização. O cavalo,
no entanto, já demonstra
rudimentos de raciocínio,
e começa a revelar essa
qualidade no campo
da aritmética e no
discernimento familiar dos
locais que percorre
freqüentemente, como no
caso dos cavalos
de padeiros, que após
determinados ensinos podem
visitar a freguesia
sem qualquer comando humano. É evidente que, se o cavalo
já apresenta comprovações da "razão humana", os comedores de carne de
cavalo começam a praticar novamente a "antropofagia", isto é, devoram
carne humana!
PERGUNTA:
- Alhures
dissestes que o
enfeitiçamento através de objetos materiais tende a
enfraquecer-se devido ao
progresso da Ciência, a
qual esclarece quanto
às crendices e superstições herdadas dos povos primitivos.
RAMATÍS:
- Realmente,
as práticas de
enfeitiçamento tendem a diminuir
no seu processo tradicional
firmado através de objetos materiais, como bonecos de cera, sapos, cabelos e outros tipos
de condensadores de forças maléficas, em
incessante projeção sobre
as vítimas embruxadas. O
advento atômico, o
domínio de raios, ,ondas, magnetismo,
controle-remoto e a inesgotável fonte de energias descobertas
incessantemente na devassa do mundo oculto, cuja base científica é explicada em
literatura popular ao homem comum, abala a crença e
a fé das criaturas nas coisas
miraculosas e misteriosas.
Ademais, os
"babalaôs" e africanos autênticos, que manejavam facilmente as forças
ocultas e produziam fenômenos incomuns,
surpreendendo os freqüenta
dores de terreiros,
depois de desencarnados foram
substituídos por crioulos,
mulatos e brancos
incipientes, os quais
ainda confundem as práticas
severas da magia
africana com as fantasias
ridículas do animismo mediúnico descontrolado. Assim
como a Astrologia
enxovalha-se nas mãos
dos neófitos pela confecção ridícula de horóscopos em
massa e a domicílio, tão precários como a "buena dicha" das ciganas, a
velha magia africana
avilta-se entre os terreiristas principiantes, que
se mostram incapazes de
dinamizar o duplo
etérico das coisas
eseres, fazendo-os vibrar
potencialmente no mundo astralino.
Comumente, a magia
castiça e autêntica
do africano, hoje
não passa de uma
colcha de retalhos
costurada pelos fragmentos
do folclore "afro-católico-ameríndio", ainda abastardada com
a infiltração intrusa
de práticas do
ocultismo oriental. A
magia africana detinha no
ambiente do mundo
material, mas recrudesce
em sua força
e amplitude no
mundo astralino, ante o
fornecimento indiscriminado de sangue vertido nos morticínios em massa, de
animais e aves nos frigoríficos modernos,
e pelos homens esfrangalhados
pelas superbombas nos
campos de batalha das guerras
sangrentas!
Enquanto existir
sangue à disposição
dos vampiros do Além,
a obsessão, o
feitiço, a tragédia, a
desventura e a
doença ainda serão
patrimônios cármicos da
humanidade terrícola! As plantas daninhas e nefastas só desaparecem
dos jardins bem-cuidados, onde falta o adubo seivoso, que lhes dá a vida no
solo!
PERGUNTA:
- Poderíeis
explicar-nos melhor o que significa
o predomínio do feitiço astral,
em face do enfraquecimento da bruxaria praticada através de objetos materiais?
RAMATÍS:
-
Afora os "candomblés" e
outros gêneros de
trabalhos mediúnicos, que ainda
conservam autenticidade nas
suas práticas de enfeitiçamentos, demandas
ou desmanchos originários da
tradição africana, a
bruxaria através de
objetos e seres tende a
enfraquecer-se, por faltar-lhe a
dinâmica ativada pelos
velhos babalaôs e "pais-de-santo", já desencarnados. Os
seus substitutos não estão
à altura da
responsabilidade assumida,
pois são poucos
os que entendem
de magia africana. Alguns chefes de terreiros, graduados à última hora,
após um breve contato com os pretos-velhos,
bugres e caboclos,
julgam-se capacitados para
exercerem a difícil
tarefa de "babalaô" ou
pai-de-santo. À medida
que a ciência
avança aí no
mundo material, logrando realizações incomuns,
os feiticeiros, no
Espaço, também descobrem
novos recursos e
meios eficientes para prosseguirem na
prática de enfeitiçamento, independentemente de
objetos catalisadores ou projetadores de maus fluidos!
O homem
terreno descobriu o
radar, o controle-remoto, o
avião a jato,
o raio laser,
o foguete planetário e põe-se em
contato positivo com a
Lua! Evidentemente, o
progresso aqui no Espaço
também é incessante e avança
muito além das conquistas terrenas, pois seria incoerente e absurdo
que só a
vida material alcançasse
soluções superiores. E isso
também ocorre com a atividade
de bruxaria, em que os magos desencarnados, pouco a pouco, dispensam o concurso
dos feiticeiros da Terra, porque já dispõem de recursos energéticos e do
domínio no campo astralino da configuração atômica da matéria! Ademais, o
incessante fornecimento de sangue, o desregramento pelo álcool,
fumo, entorpecentes e
carnivorismo, por parte
dos homens,
significa pródiga cooperação
para o maior êxito de enfeitiçamento.
E o desatino
humano assume proporções vultosas, pois a prostituição se alastra em todas as classes e
as criaturas exageram
o culto pessoal,
assim como era
tão comum entre
os pagãos de Sodoma,
Gomorra, Babilônia, Pompéia
e outras civilizações
marcadas pela penalidade
cármica!
Homens e
mulheres de cabelos
já embranquecidos, em vez
de se imporem
ao respeito e à veneração dos
seus descendentes, sacrificam
a dignidade da
velhice, competindo e
aviltando-se com a juventude nas bacanais da carne! Recusam viver a
condição venerável e ascética de "vovô" ou "vovó", cujas
"cãs" significam a
condecoração da existência física
concedida pelo Senhor
no aprendizado do mundo, para se nivelarem com o cinismo próprio dos
seres humanos desabusados e subvertidos!
PERGUNTA:
- Considerando-se que os
animais
e as aves,
quando alcançam a velhice, ficam
desamparados, cegos, exaustos,
enfermos e paralíticos
e até maltratados,
pelos companheiros mais jovens,
porventura não seria
mais lógico serem sacrificados nos matadouros, de modo mais rápido e sob
menor sofrimento? (11)
RAMATÍS:
- O fato de
tais seres chegarem à velhice desnutridos, abandonados, cegos e doentes,
isso é culpa
do próprio homem,
que os cria
deliberadamente para trucidá-los
nos matadouros e devorá-los
nas mesas epicuristas,
em vez de
protegê-los por serem
irracionais e incapacitados para
sobreviverem sadiamente no seio da civilização!
11
- "O massacre organizado e sistemático dos animais, nos matadouros, as
matanças que o amor pelo esporte provoca lançam cada ano, no mundo astral,
milhões de seres cheios de horror, de espanto e Magia de Redenção aversão pelos homens." Trecho extraído
da obra Sabedoria Antiga, capítulo II, o "Plano Astral", de Anne -Besant,
edição Livraria Freitas Bastos.
Porventura,
os donos de escravos ainda seriam magnânimos, só por matá-los ainda moços, após tê-los
explorado, alegando a
excêntrica desculpa de
um homicídio piedoso
para livrá-los da cegueira, doenças e velhice? Depois de o
homem explorar o leite da vaca, os ovos das aves e a lã dos carneiros, o seu dever é protegê-los até à
velhice, assim como é dever dos filhos amparar,
na velhice, os pais que
os serviram desde
a infância!
Aliás, os
homens não se
preocupam em matar macacos e cachorros, que podem adoecer
ou cegar na velhice, porque a carne desses animais, além de desagradável, ainda
é "fora de moda"!
Atualmente, não
se ignora que
o homem procede
da linhagem animal
e herdou-lhe as características instintivas,
que asseguram o
alicerce para a
alma encarnar-se em
sua atividade educativa no mundo
físico. Assim como a muda da laranjeira de boa qualidade precisa do
"cavalo-selvagem", para ali
desenvolver-se sob o
potencial da seiva agreste
e através da
enxertia, o psiquismo do
homem futuro também
necessitou da base
animal, para despertar
e desenvolver o sentimento e a razão.
Em conseqüência,
se o homem
mata prematuramente e devora
o animal, ele
também elimina no mundo
físico a possibilidade
de outras almas
virginais iniciarem a
sua marcha consciencial sob os estímulos
instintivos, mas criadores, do psiquismo inferior. Destrói, portanto, o material
educativo que apura e modela a forma do ser lançado na corrente evolutiva a
caminho da escultura humana! Não
importa se o
boi, cavalo, porco,
carneiro e cabrito
podem ficar velhos, cegos, doentes e maltratados pelos
companheiros mais jovens, mas é obrigação do homem proteger e ajudar o animal
na sua escalonada evolutiva, antes de transformá-lo em matéria-prima para a sua
glutonice insaciável. A
Administração Divina determina
o prazo de vida física
para cada espécie animal, não
cabendo ao homem
o direito de
decidir sobre as
vidas que ele
aproveita, mas não criou!
Há alguns
séculos, na luta feroz pela sobrevivência humana, em que o homem empregava o máximo de
sua astúcia e
força animal, justificava-se a
preferência carnívora por
falta de alimentação mais
adequada. Então o
tigre, o porco-selvagem, o lobo
ou
o búfalo sempre
deviam ser sacrificados para sobreviver o homem, isto é, a peça mais
trabalhada pela natureza, o ser mais importante da linhagem animal! Mas em
virtude de sua atual superioridade racional de distinguir o certo e
o errado, o
bem e o
mal, o sadio
e o enfermo,
o pecado e
a virtude, além
de já produzir alimentação sintética e aproveitar
todos os recursos das frutas e vegetais, para suprir-lhe, de modo favorável, a
carência orgânica de proteínas, vitaminas e minerais, o homem incrimina-se
perante a
Divindade na
sua obstinada preferência carnívora!
Referência: RAMATIS (Espírito). Os males do
vampirismo. [Psicografado por] Hercílio Maes. In: ______. Magia de redenção. 6. ed.
Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1996. cap. 16, p. 215-229.
Imagem: https://www.youtube.com/watch?v=M_dcYyQ4dOc
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