domingo, 18 de setembro de 2016

Os Males do Vampirismo



Os Males do Vampirismo I


 


PERGUNTA: 

- Há fundamento nas práticas de enfeitiçamento, em que se sacrificam galos pretos nas encruzilhadas, cabritos e bodes nos "candomblés", ou ofertam bifes sangrentos nas portas de cemitérios?

RAMATÍS: 

-  Embora  essas  práticas  sangrentas  e  primitivas  só predominem  nos "candomblés" africanos  espalhados  pela  Europa,  América  Latina  e  principalmente  no  Norte  do Brasil, (1) a  influência  da  civilização  e  o  avanço  científico tende  a  diminuí-las  ou  sublimá-las futuramente. Quanto aos sacrifícios de aves e animais em semelhantes trabalhos conservadores das tradições  e  da  magia  africana,  nem  é  preciso  lembrar-vos  da  importância  do  sangue  ali  vertido  e fundamento principal para o intercâmbio com os espíritos subvertidos. 

1 -"A Bahia tem mais de mil terreiros de candomblé, onde os deuses negros, os orixás - trazidos da África pelos escravos -, resolvem problemas de amor, saúde, política e dinheiro". Extraído da reportagem "O Mundo Secreto do Candomblé", da revista Realidade, de julho de 1966. 

O sangue é a linfa da vida e elemento imprescindível no ser vivo, pois, além de sua função propriamente  física,  ainda  capta  e  absorve  as  forças  vitalizantes  do  Sol,  como  o "prana",  o magnetismo lunar e  certos  fluidos do mundo  astral. A  sua circulação rapidíssima é imantada  pela eletricidade  animal  e  nutrida  pelo  éter-físico,  que  emana  pelos  poros  da  Terra  e  flui  através  do duplo  etérico.  É,  enfim,  a  corrente  portadora  da  saúde  ou  da  enfermidade,  pois  percorre  as  zonas mais  nevrálgicas  e  atinge  os  pontos  mais  vitais  do corpo  humano.  Transporta  os  diversos hormônios  endocrínicos  por  todo  o  organismo,  nutre e  refaz  as  células  carreando  os  detritos indesejáveis  para  as  vias  "emunctórias".  O sangue  ainda  intervém   em  todos  os  processos defensivos  do  organismo,  conduzindo  os  elementos  de  combate  aos  germens  e  às  suas  toxinas. Mesmo  depois  de  coagulado  e  sob  o  aspecto  gelatinoso,  dele  exsuda-se  um  líquido  amarelado  e utilíssimo, bastante conhecido por soro sangüíneo e ainda aproveitável nas transfusões salvadoras.
O  homem  atual  possui  de  5  a  6  litros  de  sangue,  cuja  produção  é  incessante  na  intimidade  da medula óssea. 

PERGUNTA:

 - Mas esse derramamento deliberado de sangue através de sacrifícios pagãos e macabros, é realmente necessário para o processo de enfeitiçamento? 

RAMATÍS: 

- Na  realidade,  trata-se  de  um  processo  detestável,  que  se  vincula  a interesses e subversões abomináveis, ativado e controlado pelo mundo oculto pervertido! Afora as preocupações  de  enfeitiçamentos,  despachos  e  demandas,  a  vertência  de  sangue  e  os  ritos  de  sua dinamização  fluídica  atendem  às  mais  ignóbeis  tarefas  dos  "comandos  das  trevas"!  Em  torno  da Crosta  movimenta-se  extensa  multidão  de  espíritos  exauridos  pelas  paixões  e  vícios  da  carne, famintos  de  vitalidade  e  aflitos  para  obterem  o  "tônus  vital"  que  perderam  e  viceja  no  sangue Magia de Redenção  humano. Eles aceitam qualquer tarefa nefanda, trabalho execrável ou humilhante no Além,  'desde que possam  conseguir o  sangue para  a sua nutrição mórbida. Tão desesperados como os viciados pela  cocaína,  morfina,  álcool,  acompanham  os  encarnados  na  esperança  de  vampirizá-los  na  sua fonte de vitalidade, que é o sangue! Ademais,  os  espíritos  astutos,  malévolos  e  veteranos  do  astral  inferior  ainda  costumam vampirizar  os  infelizes  recém-chegados  desprotegidos,  extraindo-lhes  qualquer  resíduo  vital  que porventura  ainda  possam  trazer  na  sua  contextura  perispiritual.    quando  os  falecidos  possuem amigos  ou  parentes  desencarnados,  que  os  protegem  de  um  vampirismo  indesejável,  os  famintos das  sombras  então  permanecem  a  distância  do  sepultamento.  Então,  lhes  resta  o  recurso  de  se contentarem com a precária nutrição de fluido vital obtida na simbiose com as criaturas viciadas e escravas  dos  prazeres  impuros.  Assim  como  as  parasitas  extraem  a  seiva  vital  dos  arbustos benfeitores,  os  vampiros  do  Além-túmulo  exaurem  suas  vítimas  imprudentes  no  processo  de parasitismo de baixa espiritualidade. 

PERGUNTA:  

-  Porventura,  existe  alguma  disciplina  ou  coordenação  de  trabalho entre os espíritos vampiros e obsessores, nas suas práticas maléficas contra os encarnados? 

RAMATÍS:  

-  A  disciplina  tanto  pode  existir na  prática  do  bem  como  no  exercício  do mal.  Em  conseqüência,  nas  regiões  do  astral  próximo à  superfície  terrena,  existem  cooperativas, confrarias e instituições disciplinadas na prática do mal, as quais orientam e controlam milhares de espíritos  em  atividade  pervertida  nas  tarefas  de  obsessões  e  vampirismos.  Os  seus  mentores diabólicos  são  hábeis   e  experimentados  psicólogos, conhecedores   de  todas  as  fraquezas   e subversões   humanas!   Eles   pesquisam   na   crosta   terráquea   as   criaturas   mais   propensas   aos desequilíbrios mentais e emotivos, a fim de transformá-las em fontes gratuitas de fornecimento de substância vital tão cobiçada para o êxito das operações maquiavélicas das sombras.
Malgrado  a  vossa  reação  mental,  de  que  transmitimos  histórias  fantásticas  e  mórbidas  da idade média, os espíritos-vampiros, realmente, debruçam-se sobre os cadáveres recém-sepultados, a fim de extrair-lhes os resíduos vitais que ainda possam aderir ao corpo extinto. (2)
 Normalmente, o tônus  vital  dos  falecidos  desfaz-se  nas  vinte  e  quatro  horas  após  a  morte  física,  mas  ele  pode permanecer aderido mais tempo ao perispírito, e por esse motivo a cremação do corpo físico nem sempre é aconselhável nas primeiras vinte e quatro horas. 

2 - Trechos  extraídos  da  obra Obreiros  da  Vida  Eterna,  pelo  espírito  de  André  Luiz,  capítulo "Aprendendo   Sempre",   que   assim   diz:   "Nos   cemitérios  costuma   congregar-se   compacta  fileira   de malfeitores,  atacando  vísceras  cadavéricas  para  subtrair-lhes  resíduos  vitais".  -  "Jerônimo  inclinou-se piedosamente  sobre  o  cadáver,  no  ataúde  momentaneamente  aberto  antes  da  inumação,  e,  através  de passes magnéticos longitudinais, extraiu todos os resíduos de vitalidade, dispersando-os, em seguida, na atmosfera comum, através de processo indescritível na linguagem humana..." 

As organizações diabólicas do Espaço controlam extensa rede de sequazes, que se infiltram pelos lares desorganizados, lupanares e locais viciosos, onde ativam conflitos e desarmonias entre os  vivos,  para  obterem  os  resíduos  vitais  exsudados pelos  desequilíbrios  espirituais.  Os  homens partem da Terra escravos de vícios e paixões degradantes e aportam ao Além necessitados de uma recomposição   vital   urgente,   derivando   para   o   vampirismo   ante   o   desespero   incontrolável.
Inteligências avançadas das sombras justificam o seu vampirismo execrável, alegando que os vivostambém  trucidam  os  animais  e  aves,  mistificando  quanto  à  necessidade  de  conseguir  proteínas  e vitaminas, tão pródigas nos frutos e vegetais! 

PERGUNTA: 

- Que se entende por tônus vital ou resíduos vitais? 

RAMATÍS:

 - Referimo-nos ao prana ou fluido vital, que se exsuda pelo duplo etérico no processo de absorção e exalação, nutrindo as formas físicas e embebendo o perispírito durante a encarnação.  Esse  tônus  vital  é  tão  sutil  ou  grosseiro,  tênue  ou  espesso,  radioativo  ou  obscuro, nutritivo  ou  débil,  conforme  seja  o  temperamento  e a  graduação  espiritual  do  ser  humano.  É  o prana,  o  sopro  vital,  a  respiração  da  própria  vida,  a  energia  que    a  tonalidade  de  resistência, atividade  e  reações  dos  seres  vivos,  o  potencial  vivificante  nos  encarnados,  mas  deixa  residual, assim  como  sobejam  as  cinzas  após  a  ignição.  Durante  a  desencarnação  acumula-se  à  altura  dos chacras  ou  centros  de  forças  do  duplo  etérico,  como  substância  densa,  mas  ainda  tocada  de  vida.
Quando  o  espírito  desencarna,  primeiramente  rompe-se  o  cordão  que  liga  o  perispírito  ao  duplo etérico, e desse fato decorre a bipartição da corrente vital que flui normalmente para o organismo físico.  Então,  o  tônus  vital  reflui  em  parte  para  o  perispírito,  enquanto  a  outra  converge  para  o cadáver e depois desintegra-se no túmulo, ou então é absorvida no processo de vampirismo pelos espíritos subvertidos. Certa percentagem do tônus vital também é absorvida pela própria terra, pois ele é fortemente constituído de éter-físico! 

PERGUNTA: 

- Qual é a natureza do éter-físico? 

RAMATÍS: 

- Não poderia existir a vida na matéria sem o éter-físico, o qual é exsudado da própria Terra, funcionando como o transmissor ou a ponte que carreia o prana emanado do Sol e responsável pela vida na matéria. (3)
 O éter-físico flui pelo duplo etérico do homem manifestando-se  sob  quatro  aspectos  ou  estados  energéticos,  responsáveis  por  diversos  fenômenos  inerentes  à existência  humana.  O  éter-químico  é  o  responsável  pela  assimilação  dos  elementos  nutritivos  do ser  e  dos  vegetais,  inclusive  o  meio  de  excreção  do material  não  usado;  o  éter-vital,  o  meio  de propagação  e  continuidade  da  vida  e  distinção  de  sexo;  o  éter-luminoso,  meio  de  percepção sensorial,  responsável  pela  formação  dos  cinco  sentidos  e  construtor  dos  olhos,  modelador  do cristalino, o qual ainda gera o calor nos animais superiores e no homem, estabiliza a clorofila nos vegetais, proporciona as cores nas flores, coordena a circulação do sangue e a seiva nas plantas; o éter-refletor, que reflete as imagens dos acontecimentos gravados na "Memória da Natureza" onde comumente atuam os psicômetros, radiestesistas e médiuns de vidência comum. 

3 - Conforme a concepção oriental, o Éter Cósmico é a essência virgem que interpenetra e alenta o Universo; é a substância virgem da escolástica hindu. O éter-físico, no entanto, é mais propriamente uma exsudação ou radiação desse Éter Cósmico que flui através dos poros da Terra, a qual funciona à guisa de um gigantesco condensador de Éter. Então, o Éter Cósmico perde a sua característica de essência virgemou "pura", para tornar-se uma substância impregnada das impurezas do planeta, durante a sua exsudação.
Se considerarmos o Éter Cósmico semelhante à água pura, no seu estado natural, o éter-físico então será a água com as impurezas depois de usada pelo homem.

O  éter-físico  volatiliza-se  facilmente  do  perispírito  quando  é  utilizado  para  vitalizar pensamentos e sentimentos sublimes; mas adensa-se mostrando-se num aspecto graxoso fluídico eresidual deprimente, quando provém de atividades mentais e emotivas descontroladas, que causam prejuízos ao próximo. (4)

4 - Nota  do  Médium:  -  Certa  vez,  pude  identificar pela  violência  um  tipo  de  prana  ou  fluido  vital filtrando-se  por  um  éter-físico  muito  grosseiro,  que  se  exsudava  de  certa  criatura  de  péssimas  condições morais,  o  qual  então  se  me  afigurou  semelhante  à  emulsão  das  chapas  fotográficas  virgens,  numa  cor creme-acinzentada  e  oleosa,  que  cheirava  a  leite  azedo.  Nas  pessoas  de  caráter  elevado,  ele  se  me apresentou igual a formosa cortina cor de manteiga bem clara, com cintilações róseo-claras e com um odor gostoso de avelãs. 

PERGUNTA:

 -  Poderíeis  explicar-nos  por  que  os  resíduos  vitais,  que  resultam  da atividade humana, acumulam-se à altura dos chacras do duplo etérico, em conformidade com o gênero de sentimentos e atitudes mentais? 

RAMATÍS:

 - As pessoas que durante o dia desequilibram-se na sua  vivência emotiva e  mental,  quando  repousam,  à  noite,  acumulam  um  residual  de  éter-físico  de  baixa  categoria,  à altura do chacra que corresponda exatamente ao tipo de energia usada na consecução dos vícios e paixões desordenadas. As aventuras menos dignas no campo da sexualidade coagulam um resíduo vital inferior à altura do chacra genésico, na base da espinha dorsal e conhecido por "kundalini"; a glutonice, a pândega e o carnivorismo acumulam carga vital ordinária sobre o chacra esplênico, na região  do  baço,  e  tornam  o  sangue  impuro;  os  sentimentos  odiosos,  ciumentos  e  invejosos  fazem convergir  o  fluido  vital  inferior  para  o  chacra  cardíaco,  afetando  o  funcionamento  normal  do coração; a má palavra, a praga e o mau uso do verbo aglomeram resíduos vitais nocivos em torno do chacra laríngeo, atacando a região tireoidiana e o órgão vocálico!
Mas  é  o  tônus  vital  que  se  forja  à  altura  do  chacra  frontal  e  depois  reflui  para  o  cerebelo, durante  o  sono,  a  substância  preferida  pelos  vampiros  do  Além,  porque  afora  sua  natureza vitalizante  e  quaisquer  propósitos  inferiores,  ela ainda  sustenta  proveitosamente  o  processo  de obsessão. A energia mental degradada pelos maus pensamentos serve para os espíritos malfeitores firmarem  os  seus  empreendimentos  diabólicos  contra os  encarnados  no  processo  ignóbil  de obsessão!
O  ectoplasma  mediúnico,  utilizado  nos  trabalhos  de  fenômenos  físicos,  também  guarda certa  semelhança  com  a  região  do  chacra  etérico  onde  é  produzido.  Quando  é  exsudado  dos médiuns  através  do  umbigo  ou  da  região  epigástrica, serve  unicamente  para  a  produção  de fenômenos de ordem mais rudimentar, como "raps", batidas, levitações, tiptologia, porque também se forja nas zonas dos chacras esplênico, kundalíneo e umbilical. No entanto, o ectoplasma obtido pelas  regiões  cardíaca,  laríngea  e  frontal,  que  flui  pelos  olhos,  narinas  e  ouvidos  dos  médiuns através dos chacras correspondentes, é de dosagem emotiva e mental, permitindo o fenômeno mais raro da voz direta. Quando esse tipo de ectoplasma algo intelectivo ainda recebe o influxo vigoroso do chacra coronário, a flor de mil pétalas dos hindus, situado no topo da cabeça e centro de forças de  ligação  entre  o  mundo  humano  e  o  divino,  então  ocorrem  fenômenos  sublimes  de  alta transcendência,  como  acontecia  a  Jesus  durante  o  batismo,  na  transfiguração  do  Tabor,  ou  tem ocorrido às criaturas santificadas que se vêm diante de cenas e criaturas celestiais!

PERGUNTA:

 - Há fundamento de que os espíritos conhecidos por "exus" chegam a sorver  o  sangue  de  galos,  cabritos,  bodes,  carneiros  e  aves  sacrificados  nos  "candomblés"  ou terreiros africanistas? Não seria isso uma lenda ou fantasia? 

RAMATÍS:

-  Os  vampiros  que  hoje  atuam  no  mundo  astralino,  em  geral,    foram cidadãos pacíficos, aí na Terra, enquanto os atuais encarnados, é possível que ao retomarem para o
Além  também  se  tornem  outros  vampiros  explorando  os vivos!  O  círculo  vicioso  do  vampirismo só deixará de existir quando o homem libertar-se definitivamente dos vícios e desregramentos, das paixões fanáticas e da alimentação carnívora!
O vampirismo, feitiço e fetichismo religiosos não encontram solução satisfatória, porque os próprios espiritualistas, que deviam esclarecer os encarnados ou espíritos desencarnados, evitam o assunto  nevrálgico  que  acham  primitivo,  repulsivo  e anticientífico.  Sem  dúvida,  as  práticas  de candomblés tendem a enfraquecer-se sob o inevitável progresso cientifico, pois o ritos sangrentos, oriundos  do  folclore  africano,  perdem  o  seu  aspecto  de  magia  e  passam  a  ser  admitidos  como liturgia e devocionamento religioso!
No  entanto,  os  "exus",  espíritos  elementares  ou  "compadres",  quando  incorporam  em cavalos  sonambúlicos,  trincham  com  os  dentes  o  pescoço  de  aves,  sugam-lhes  o  sangue,  numa fração  de  minuto,  deixando-as  completamente  exauridas  do  tônus  vital  ou  "enxutas",  como  um saco  flácido  de  papel!  É  o  processo  prático  e  eficiente  de  tal  tipo  de  entidade  ainda  escrava  do mundo físico, para obter o ambicionado resíduo vital que existe no sangue das aves e dos animais.
Quando  os  médiuns  de  terreiros  são  intuitivos  e  resistem  às  intenções  dos  "exus"  ou  entidades primárias,  estas  então  se  contentam  apenas  com  as  emanações  do  eterismo  vital-físico,  que  se exsuda do duplo vital do animal ou da ave sacrificados, algo potencializadas com o ritmo cadente dos ritos estranhos. 

PERGUNTA:

-  Mas  o  Alto  permite  essas  práticas  tenebrosas,  que  as  entidades subvertidas executam com o elemento sagrado da vida, como é o sangue? 

RAMATÍS:

 -  A  quantidade  de  animais  e  aves  sacrificados  nos sombrios  desvãos  das encruzilhadas ou "candomblés" africanos do mundo oferecem diminuta quota de sangue e alimento vital  para  satisfazer  os  espíritos  vampiros.  No  entanto,  a  própria  humanidade  depois  se  encarrega de  suprir  essa  deficiência  de  sangue  e  tônus  vital para  os  vampiros  do  mundo  oculto,  pois  os homens,   apesar   do   seu   propalado   cientificismo   atual,   ainda   ignorantes   e   sob   o   comando incondicional  dos  obsessores  e  malfeitores  das  sombras,  são  fornecedores  da  substância  vital através  do  horripilante  e  macabro  trucidamento  de  bois,  carneiros,  suínos,  vitelas,  cabritos, coelhos, galinhas e gansos de fígado hipertrofiado, cujo sangue inocente é vertido pelos pisos dos matadouros  e  frigoríficos!  .Os  vampiros  do  Além,  então,  aproveitam-se  dessas  matanças  para sugarem do sangue dos animais e das aves sacrificados as quotas de vitalidade que precisam para a sua nutrição subvertida, independente de quaisquer ritos ou processos de magia satânica! Portanto, os  encarnados  fornecem  a  matéria  sangrenta  para.  sustentar  o  vampirismo,  e,  depois,  funcionam estupidamente   como   médiuns   ou   repastos   vivos   "dopados"   pelo   tônus   vital   vampirizado, satisfazendo a glutonice, perversão sexual, o alcoolismo e outros vícios dos próprios vampiros!
A  Divindade  não  endossa  o  uso  diabólico  de  sangue para  fins  ignóbeis;  mas  é  a  própria humanidade  terrena  que  favorece  tal  acontecimento  condenável,  malgrado  as  advertências  mais severas do Alto! Quantas tragédias, angústias e sofrimentos, que há séculos afligem a humanidade,são  resgates  cármicos  provenientes  da  culpa  espiritual  de  verter  o  sangue  do  irmão  menor,  a serviço do vampirismo da Terra e do Espaço? 

PERGUNTA:

-  Malgrado  as  vossas  explicações  convincentes,  espanta-nos  esse vampirismo  de  espíritos  desencarnados  sorverem  as  emanações  vitais  do  sangue  dos  animais abatidos  nos  matadouros  e  candomblés.  Porventura,  isso  não  evoca  as  lendas  macabras  dos vampiros da Idade Média? 

RAMATÍS:

- Comumente, os homens só se perturbam ante as cousas que lhes trazem prejuízos  ou  incômodos  imediatos!  As  mesmas  criaturas  que  se  horripilam  ante  a  bruxaria  feita através do sapo impressionam-se com um bife sangrento à porta do cemitério, ou apavoram-se pelo vampirismo  dos  espíritos  desencarnados;  no  entanto, jamais  se  chocam  ante  o  trucidamento  dos animais  nos  matadouros  e  nas  charqueadas,  porque  a carne  deles  ainda  lhes  serve  de  excelente repasto físico. (5)


5 - Trechos  extraídos  do  capitulo  "Intercessão",  da  obra Missionários  da  Luz,  ditada  pelo  espírito de  André  Luiz  a  Chico  Xavier,  edição  da  FEB:  "Diante  do  local  em  que  se  processava  a  matança  dos bovinos,  percebi  um  quadro  estarrecedor.  Grande  número  de  desencarnados,  em  lastimáveis  condições, atiravam-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora..."



- "Estes   infelizes   irmãos   que   não   nos   podem   ver,   pela deplorável   situação   de   embrutecimento   e inferioridade,  estão  sugando  as  forças  do  plasma  sangüíneo  dos  animais.  São  famintos  que  causam piedade".
O feitiço e o vampirismo são degradantes, mas ninguém condena os homens, que fatigados do  seu  labor  semanal  escolhem  os  domingos  mais  alegres  e  ensolarados  para  matar  os  pássaros canoros  e  espairecer  o  espírito  atribulado  nessa  destruição  venal.  Alguns  glorificam-se  no  tiro  ao pombo,   conquistando   troféus   e   diplomas   honrosos,   em troca   de   um   montão   de   aves ensangüentadas!  Quando  o  homem  organiza  festiva  caravana  e  custoso  "safari"  sob  eficiente material bélico para trucidar o tigre, o leão ou o elefante, ele chama a isso de "caçada"; mas, se porinfelicidade,  o  animal  acuado  e  desesperado  consegue  desforrar-se  liquidando  o  seu  perseguidor, então o acontecimento se inverte e o pobre caçador é vítima de uma "fera"! 

PERGUNTA:

-  Mas   deve   existir   uma   grande   diferença   entre   a   alimentação carnívora  dos  encarnados  e  o  propósito  deliberado  de  espíritos  sorverem  o  sangue  do  animal. Não é assim? 

RAMATÍS: 

-  Os  vampiros  que  sorvem  o  sangue  da  carne  palpitante  dos  animais  são mais  honestos  e  inocentes  do  que  os  homens,  cujo  carnivorismo  é  requintado,  pois  sacrificam  o irmão   menor   para   comê-lo  assado,   cozido,  no  espeto ou  à  "milanesa"!  Os   desencarnados contentam-se com a cota de sangue que lhes proporciona alguns momentos de satisfação nutritiva e vital; mas os vampiros encarnados devoram os retalhos de carne ao som de orquestras famosas e sob  as  luzes  ofuscantes  dos  restaurantes  de  luxo!  Uns  contentam-se  em  sugar  o  sangue  rútilo  ao natural; outros, preferem a carne "mal passada" ou o bife à "moda da casa"!
Até  o  cavalo,  o  mais  laborioso  servidor  do  homem, se  fica  cego,  doente  ou  envelhecido, matam-no, e o seu cadáver, depois de demorada fervura e os cuidados profiláticos para não causar prejuízos  ao  homem,  então,  é  transformado  em  quitutes,  mortadelas,  presuntos  e  salsichas!  O homem  alega  a  necessidade  de  proteínas  extraídas  das  vísceras  dos  animais,  mas  atraiçoa-se  pelo requinte do vinagre, da cebola ou pimenta, que adiciona à carne como ingredientes estimulantes do prazer epicurista.
Os vampiros das lendas medievais saíam à meia-noite, dos sepulcros, em busca de vítimas para sugar-lhes um  pouco de sangue  e  reviverem algumas horas no  contato com o  mundo carnal.
Mas  os  vampiros  "civilizados"  vão  a  extremos  excêntricos,  pois  eles  batem  o  sangue  do  animal para  o  "chouriço  da  moda",  preparam  retalhos  do  estômago  de  boi  na  "dobradinha  à  espanhola", selecionam a carne mais tenra para o bife"mignon", ou fervem as orelhas, pés e costelas de porco no charco nauseante da feijoada  completa! Homens considerados por atos meritórios, diplomados após  severos  cursos  acadêmicos,  integrantes  do  magistério  público  ou  da  alta  magistratura; sacerdotes   católicos,   pastores   protestantes,   adeptos   espíritas,   filhos   de   Umbanda   e   "livres-pensadores",  roem  pés-de-porco  com  salada  de  repolho,  lambuzam  os  dedos  com  a  gordura  das costelas  de  boi  ou  condimentam  a  lingüiça  no  espeto,  espantando  os  próprios  vampiros  que  se contentam com o sangue puro! 

PERGUNTA:

-  Existe  outra  fonte  de  nutrição  tão  repulsiva  para  os  vampiros  do Além-túmulo, além do sangue do animal e das aves? 

RAMATÍS: 

- O sangue dos animais e das aves, cujo resíduo vital é de baixa vibração, só pode ser absorvido pelos espíritos primitivos, de vitalidade inferior. Mas os veteranos do Além ou magos-negros de experiência milenária nesse setor mórbido preferem o sangue humano, que é revestido de melhor tônus vital. Trata-se de espíritos remanescentes das falanges diabólicas, que no passado  exigiam  os  mais  cruentos  sacrifícios  pagãos dos  devotos  estúpidos  e  fanáticos,  que satisfaziam  a  exigência  dos  sacerdotes  maquiavélicos,  levando  o  filho  primogênito  ou  a  jovem virgem para o sacrifício da degola no  santuário ou a morte no ventre incandescente  dos ídolos  de bronze!  Enquanto  a   cerimônia   macabra   se   processava na  Terra,  os  vampiros   monstruosos saciavam-se no sangue vertido pelas práticas sangrentas! (6) 

6 - Os  habitantes  de  Canaã  e  outros  povos  vizinhos,  como  os  amonitas,  moabitas,  fenícios  e cartagineses,  veneravam  Moloc,  a  divindade  pagã,  cujo  culto  consistia  geralmente  no  sacrifício  do primogênito, que era lançado vivo no braseiro que ardia nas entranhas da estátua de bronze. Havia outros sacrifícios de degola  de virgens  e crianças,  à  beira  dos rios sagrados, numa espécie  de culto  doméstico, acicatado pelos sacerdotes de Moloc cumprindo outro rito bárbaro. 



Referência:


RAMATIS (Espírito). Os males do vampirismo. [Psicografado por] Hercílio Maes. In: ______. Magia de redenção. 6. ed.  Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1996. cap. 16, p. 207-215.





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