Os Males do Vampirismo I
PERGUNTA:
- Há fundamento nas
práticas de enfeitiçamento, em que se sacrificam galos pretos nas encruzilhadas,
cabritos e bodes nos "candomblés", ou ofertam bifes sangrentos nas
portas de cemitérios?
RAMATÍS:
- Embora
essas práticas sangrentas
e primitivas só predominem
nos "candomblés" africanos
espalhados pela Europa,
América Latina e principalmente
no Norte do Brasil, (1) a influência
da civilização e
o avanço científico tende a
diminuí-las ou sublimá-las futuramente. Quanto aos
sacrifícios de aves e animais em semelhantes trabalhos conservadores das tradições e
da magia africana,
nem é preciso
lembrar-vos da importância
do sangue ali
vertido e fundamento principal
para o intercâmbio com os espíritos subvertidos.
1
-"A Bahia tem mais de mil terreiros de candomblé, onde os deuses negros,
os orixás - trazidos da África pelos escravos -, resolvem problemas de amor,
saúde, política e dinheiro". Extraído da reportagem "O Mundo Secreto
do Candomblé", da revista Realidade, de julho de 1966.
O sangue é a
linfa da vida e elemento imprescindível no ser vivo, pois, além de sua função propriamente física,
ainda capta e
absorve as forças
vitalizantes do Sol,
como o "prana", o magnetismo lunar e certos
fluidos do mundo astral. A sua circulação rapidíssima é imantada pela eletricidade animal
e nutrida pelo
éter-físico, que emana
pelos poros da
Terra e flui
através do duplo etérico.
É, enfim, a
corrente portadora da saúde ou
da enfermidade, pois
percorre as zonas mais
nevrálgicas e atinge
os pontos mais
vitais do corpo humano.
Transporta os diversos hormônios endocrínicos
por todo o
organismo, nutre e refaz
as células carreando
os detritos indesejáveis para
as vias "emunctórias". O sangue
ainda intervém em
todos os processos defensivos do
organismo, conduzindo os
elementos de combate
aos germens e
às suas toxinas. Mesmo depois
de coagulado e
sob o aspecto
gelatinoso, dele exsuda-se
um líquido amarelado
e utilíssimo, bastante conhecido por soro sangüíneo e ainda aproveitável
nas transfusões salvadoras.
O homem
atual possui de 5 a
6 litros de
sangue, cuja produção
é incessante na intimidade
da medula óssea.
PERGUNTA:
- Mas esse derramamento deliberado de sangue
através de sacrifícios pagãos e macabros, é realmente necessário para o processo
de enfeitiçamento?
RAMATÍS:
- Na
realidade, trata-se de
um processo detestável,
que se vincula
a interesses e subversões abomináveis, ativado e controlado pelo mundo
oculto pervertido! Afora as preocupações
de enfeitiçamentos, despachos
e demandas, a
vertência de sangue
e os ritos
de sua dinamização fluídica
atendem às mais
ignóbeis tarefas dos
"comandos das trevas"!
Em torno da Crosta
movimenta-se extensa multidão
de espíritos exauridos
pelas paixões e
vícios da carne, famintos de
vitalidade e aflitos
para obterem o
"tônus vital" que
perderam e viceja
no sangue Magia de Redenção humano. Eles aceitam qualquer tarefa nefanda,
trabalho execrável ou humilhante no Além,
'desde que possam conseguir
o sangue para a sua nutrição mórbida. Tão desesperados como
os viciados pela cocaína, morfina,
álcool, acompanham os
encarnados na esperança
de vampirizá-los na sua
fonte de vitalidade, que é o sangue! Ademais,
os espíritos astutos,
malévolos e veteranos
do astral inferior
ainda costumam vampirizar os
infelizes recém-chegados desprotegidos, extraindo-lhes qualquer
resíduo vital que porventura ainda
possam trazer na
sua contextura perispiritual. Só
quando os falecidos
possuem amigos ou parentes
desencarnados, que os
protegem de um
vampirismo indesejável, os
famintos das sombras então
permanecem a distância
do sepultamento. Então,
lhes resta o
recurso de se contentarem com a precária nutrição de
fluido vital obtida na simbiose com as criaturas viciadas e escravas dos
prazeres impuros. Assim
como as parasitas
extraem a seiva
vital dos arbustos benfeitores, os
vampiros do Além-túmulo
exaurem suas vítimas
imprudentes no processo
de parasitismo de baixa espiritualidade.
PERGUNTA:
- Porventura,
existe alguma disciplina
ou coordenação de
trabalho entre os espíritos vampiros e obsessores, nas suas práticas
maléficas contra os encarnados?
RAMATÍS:
- A
disciplina tanto pode
existir na prática do
bem como no
exercício do mal. Em
conseqüência, nas regiões
do astral próximo à
superfície terrena, existem
cooperativas, confrarias e instituições disciplinadas na prática do mal,
as quais orientam e controlam milhares de espíritos em
atividade pervertida nas
tarefas de obsessões
e vampirismos. Os
seus mentores diabólicos são
hábeis e experimentados psicólogos, conhecedores de
todas as fraquezas
e subversões humanas! Eles
pesquisam na crosta
terráquea as criaturas
mais propensas aos desequilíbrios mentais e emotivos, a fim
de transformá-las em fontes gratuitas de fornecimento de substância vital tão
cobiçada para o êxito das operações maquiavélicas das sombras.
Malgrado a
vossa reação mental,
de que transmitimos
histórias fantásticas e
mórbidas da idade média, os
espíritos-vampiros, realmente, debruçam-se sobre os cadáveres recém-sepultados,
a fim de extrair-lhes os resíduos vitais que ainda possam aderir ao corpo
extinto. (2)
Normalmente, o tônus vital
dos falecidos desfaz-se
nas vinte e
quatro horas após
a morte física,
mas ele pode permanecer aderido mais tempo ao
perispírito, e por esse motivo a cremação do corpo físico nem sempre é
aconselhável nas primeiras vinte e quatro horas.
2
- Trechos extraídos da
obra Obreiros da Vida
Eterna, pelo espírito
de André Luiz,
capítulo "Aprendendo
Sempre", que assim
diz: "Nos cemitérios
costuma congregar-se compacta
fileira de malfeitores, atacando
vísceras cadavéricas para
subtrair-lhes resíduos vitais".
- "Jerônimo inclinou-se piedosamente sobre
o cadáver, no
ataúde momentaneamente aberto
antes da inumação,
e, através de passes magnéticos longitudinais, extraiu
todos os resíduos de vitalidade, dispersando-os, em seguida, na atmosfera
comum, através de processo indescritível na linguagem humana..."
As
organizações diabólicas do Espaço controlam extensa rede de sequazes, que se
infiltram pelos lares desorganizados, lupanares e locais viciosos, onde ativam
conflitos e desarmonias entre os
vivos, para obterem
os resíduos vitais
exsudados pelos
desequilíbrios espirituais. Os
homens partem da Terra escravos de vícios e paixões degradantes e
aportam ao Além necessitados de uma recomposição vital
urgente, derivando para
o vampirismo ante
o desespero incontrolável.
Inteligências
avançadas das sombras justificam o seu vampirismo execrável, alegando que os
vivostambém trucidam os
animais e aves,
mistificando quanto à
necessidade de conseguir
proteínas e vitaminas, tão
pródigas nos frutos e vegetais!
PERGUNTA:
- Que se entende por
tônus vital ou resíduos vitais?
RAMATÍS:
- Referimo-nos ao prana ou fluido vital, que
se exsuda pelo duplo etérico no processo de absorção e exalação, nutrindo as
formas físicas e embebendo o perispírito durante a encarnação. Esse
tônus vital é
tão sutil ou
grosseiro, tênue ou
espesso, radioativo ou
obscuro, nutritivo ou débil,
conforme seja o
temperamento e a graduação
espiritual do ser
humano. É o prana,
o sopro vital,
a respiração da
própria vida, a
energia que dá
a tonalidade de
resistência, atividade e reações
dos seres vivos,
o potencial vivificante
nos encarnados, mas
deixa residual, assim como
sobejam as cinzas
após a ignição.
Durante a desencarnação
acumula-se à altura
dos chacras ou centros
de forças do
duplo etérico, como
substância densa, mas
ainda tocada de
vida.
Quando o
espírito desencarna, primeiramente
rompe-se o cordão
que liga o
perispírito ao duplo etérico, e desse fato decorre a
bipartição da corrente vital que flui normalmente para o organismo físico. Então,
o tônus vital
reflui em parte
para o perispírito,
enquanto a outra
converge para o cadáver e depois desintegra-se no túmulo,
ou então é absorvida no processo de vampirismo pelos espíritos subvertidos.
Certa percentagem do tônus vital também é absorvida pela própria terra, pois
ele é fortemente constituído de éter-físico!
PERGUNTA:
- Qual é a natureza do
éter-físico?
RAMATÍS:
- Não
poderia existir a vida na matéria sem o éter-físico, o qual é exsudado da
própria Terra, funcionando como o transmissor ou a ponte que carreia o prana
emanado do Sol e responsável pela vida na matéria. (3)
O éter-físico flui pelo duplo etérico do homem
manifestando-se sob quatro
aspectos ou estados
energéticos, responsáveis por
diversos fenômenos inerentes
à existência humana. O
éter-químico é o
responsável pela assimilação
dos elementos nutritivos
do ser e dos
vegetais, inclusive o meio de
excreção do material não
usado; o éter-vital,
o meio de propagação
e continuidade da
vida e distinção
de sexo; o
éter-luminoso, meio de
percepção sensorial,
responsável pela formação
dos cinco sentidos
e construtor dos
olhos, modelador do cristalino, o qual ainda gera o calor nos
animais superiores e no homem, estabiliza a clorofila nos vegetais, proporciona
as cores nas flores, coordena a circulação do sangue e a seiva nas plantas; o
éter-refletor, que reflete as imagens dos acontecimentos gravados na
"Memória da Natureza" onde comumente atuam os psicômetros,
radiestesistas e médiuns de vidência comum.
3
- Conforme a concepção oriental, o Éter Cósmico é a essência virgem que
interpenetra e alenta o Universo; é a substância virgem da escolástica hindu. O
éter-físico, no entanto, é mais propriamente uma exsudação ou radiação desse
Éter Cósmico que flui através dos poros da Terra, a qual funciona à guisa de um
gigantesco condensador de Éter. Então, o Éter Cósmico perde a sua
característica de essência virgemou "pura", para tornar-se uma
substância impregnada das impurezas do planeta, durante a sua exsudação.
Se
considerarmos o Éter Cósmico semelhante à água pura, no seu estado natural, o
éter-físico então será a água com as impurezas depois de usada pelo homem.
O éter-físico
volatiliza-se facilmente do perispírito quando é
utilizado para vitalizar pensamentos e sentimentos sublimes;
mas adensa-se mostrando-se num aspecto graxoso fluídico eresidual deprimente,
quando provém de atividades mentais e emotivas descontroladas, que causam
prejuízos ao próximo. (4)
4
- Nota do Médium:
- Certa vez,
pude identificar pela violência
um tipo de
prana ou fluido
vital filtrando-se por um
éter-físico muito grosseiro,
que se exsudava
de certa criatura
de péssimas condições morais, o qual
então
se me afigurou
semelhante à emulsão
das chapas fotográficas
virgens, numa cor creme-acinzentada e
oleosa, que cheirava
a leite azedo.
Nas pessoas de
caráter elevado, ele
se me apresentou igual a formosa
cortina cor de manteiga bem clara, com cintilações róseo-claras e com um odor
gostoso de avelãs.
PERGUNTA:
-
Poderíeis explicar-nos por
que os resíduos
vitais, que resultam
da atividade humana, acumulam-se à altura dos chacras do duplo etérico,
em conformidade com o gênero de sentimentos e atitudes mentais?
RAMATÍS:
- As pessoas que durante o dia
desequilibram-se na sua vivência emotiva
e mental, quando
repousam, à noite,
acumulam um residual
de éter-físico de
baixa categoria, à altura do chacra que corresponda exatamente
ao tipo de energia usada na consecução dos vícios e paixões desordenadas. As
aventuras menos dignas no campo da sexualidade coagulam um resíduo vital
inferior à altura do chacra genésico, na base da espinha dorsal e conhecido por
"kundalini"; a glutonice, a pândega e o carnivorismo acumulam carga
vital ordinária sobre o chacra esplênico, na região do
baço, e tornam
o sangue impuro;
os sentimentos odiosos,
ciumentos e invejosos
fazem convergir o fluido
vital inferior para
o chacra cardíaco,
afetando o funcionamento
normal do coração; a má palavra,
a praga e o mau uso do verbo aglomeram resíduos vitais nocivos em torno do
chacra laríngeo, atacando a região tireoidiana e o órgão vocálico!
Mas é
o tônus vital
que se forja
à altura do
chacra frontal e
depois reflui para
o cerebelo, durante o
sono, a substância
preferida pelos vampiros
do Além, porque
afora sua natureza vitalizante e
quaisquer propósitos inferiores,
ela ainda sustenta proveitosamente o
processo de obsessão. A energia mental
degradada pelos maus pensamentos serve para os espíritos malfeitores
firmarem os seus
empreendimentos diabólicos contra os
encarnados no processo
ignóbil de obsessão!
O ectoplasma
mediúnico, utilizado nos
trabalhos de fenômenos
físicos, também guarda certa
semelhança com a
região do chacra
etérico onde é
produzido. Quando é
exsudado dos médiuns através
do umbigo ou
da região epigástrica, serve unicamente
para a produção
de fenômenos de ordem mais rudimentar, como "raps", batidas, levitações,
tiptologia, porque também se forja nas zonas dos chacras esplênico, kundalíneo
e umbilical. No entanto, o ectoplasma obtido pelas regiões
cardíaca, laríngea e
frontal, que flui
pelos olhos, narinas
e ouvidos dos
médiuns através dos chacras correspondentes, é de dosagem emotiva e
mental, permitindo o fenômeno mais raro da voz direta. Quando esse tipo de
ectoplasma algo intelectivo ainda recebe o influxo vigoroso do chacra
coronário, a flor de mil pétalas dos hindus, situado no topo da cabeça e centro
de forças de ligação entre o mundo
humano e o
divino, então ocorrem
fenômenos sublimes de
alta transcendência, como acontecia
a Jesus durante
o batismo, na
transfiguração do Tabor,
ou tem ocorrido às criaturas
santificadas que se vêm diante de cenas e criaturas celestiais!
PERGUNTA:
- Há fundamento de que os espíritos conhecidos
por "exus" chegam a sorver
o sangue de galos, cabritos,
bodes, carneiros e aves sacrificados
nos "candomblés" ou terreiros africanistas? Não seria isso uma
lenda ou fantasia?
RAMATÍS:
- Os
vampiros que hoje
atuam no mundo
astralino, em geral,
já foram cidadãos pacíficos, aí
na Terra, enquanto os atuais encarnados, é possível que ao retomarem para o
Além também
se tornem outros
vampiros explorando os vivos!
O círculo vicioso
do vampirismo só deixará de
existir quando o homem libertar-se definitivamente dos vícios e desregramentos,
das paixões fanáticas e da alimentação carnívora!
O
vampirismo, feitiço e fetichismo religiosos não encontram solução satisfatória,
porque os próprios espiritualistas, que deviam esclarecer os encarnados ou
espíritos desencarnados, evitam o assunto
nevrálgico que acham
primitivo, repulsivo e anticientífico. Sem
dúvida, as práticas
de candomblés tendem a enfraquecer-se sob o inevitável progresso
cientifico, pois o ritos sangrentos, oriundos
do folclore africano,
perdem o seu
aspecto de magia
e passam a
ser admitidos como liturgia e devocionamento religioso!
No entanto,
os "exus", espíritos
elementares ou "compadres", quando
incorporam em cavalos sonambúlicos,
trincham com os
dentes o pescoço
de aves, sugam-lhes
o sangue, numa fração
de minuto, deixando-as
completamente exauridas do
tônus vital ou
"enxutas", como um saco
flácido de papel!
É o processo
prático e eficiente
de tal tipo
de entidade ainda
escrava do mundo físico, para
obter o ambicionado resíduo vital que existe no sangue das aves e dos animais.
Quando os
médiuns de terreiros
são intuitivos e
resistem às intenções
dos "exus" ou
entidades primárias, estas então
se contentam apenas
com as emanações
do eterismo vital-físico,
que se exsuda do duplo vital do
animal ou da ave sacrificados, algo potencializadas com o ritmo cadente dos
ritos estranhos.
PERGUNTA:
- Mas
o Alto permite
essas práticas tenebrosas,
que as entidades subvertidas executam com o elemento
sagrado da vida, como é o sangue?
RAMATÍS:
-
A quantidade de
animais e aves
sacrificados nos sombrios desvãos
das encruzilhadas ou "candomblés" africanos do mundo oferecem
diminuta quota de sangue e alimento vital
para satisfazer os
espíritos vampiros. No
entanto, a própria
humanidade depois se
encarrega de suprir essa
deficiência de sangue
e tônus vital para
os vampiros do
mundo oculto, pois
os homens, apesar do
seu propalado cientificismo atual,
ainda ignorantes e
sob o comando incondicional dos
obsessores e malfeitores
das sombras, são
fornecedores da substância
vital através do horripilante
e macabro trucidamento
de bois, carneiros, suínos,
vitelas, cabritos, coelhos,
galinhas e gansos de fígado hipertrofiado, cujo sangue inocente é vertido pelos
pisos dos matadouros e frigoríficos!
.Os vampiros do
Além, então, aproveitam-se
dessas matanças para sugarem do sangue dos animais e das aves
sacrificados as quotas de vitalidade que precisam para a sua nutrição
subvertida, independente de quaisquer ritos ou processos de magia satânica!
Portanto, os encarnados fornecem
a matéria sangrenta
para. sustentar o
vampirismo, e, depois,
funcionam estupidamente
como médiuns ou
repastos vivos "dopados" pelo
tônus vital vampirizado, satisfazendo a glutonice,
perversão sexual, o alcoolismo e outros vícios dos próprios vampiros!
A Divindade
não endossa o uso diabólico
de sangue para fins
ignóbeis; mas é
a própria humanidade terrena
que favorece tal
acontecimento condenável, malgrado
as advertências mais severas do Alto! Quantas tragédias,
angústias e sofrimentos, que há séculos afligem a humanidade,são resgates
cármicos provenientes da
culpa espiritual de
verter o sangue
do irmão menor,
a serviço do vampirismo da Terra e do Espaço?
PERGUNTA:
- Malgrado
as vossas explicações
convincentes, espanta-nos esse vampirismo de
espíritos desencarnados sorverem
as emanações vitais
do sangue dos
animais abatidos nos matadouros
e candomblés. Porventura,
isso não evoca
as lendas macabras
dos vampiros da Idade Média?
RAMATÍS:
- Comumente,
os homens só se perturbam ante as cousas que lhes trazem prejuízos ou
incômodos imediatos! As
mesmas criaturas que
se horripilam ante
a bruxaria feita através do sapo impressionam-se com um
bife sangrento à porta do cemitério, ou apavoram-se pelo vampirismo dos
espíritos desencarnados; no
entanto, jamais se
chocam ante o
trucidamento dos animais nos
matadouros e nas
charqueadas, porque a carne
deles ainda lhes serve de
excelente repasto físico. (5)
5
- Trechos extraídos do
capitulo
"Intercessão", da obra Missionários da
Luz, ditada pelo
espírito de André Luiz
a Chico Xavier,
edição da FEB:
"Diante do local
em que se processava a matança dos bovinos,
percebi um quadro
estarrecedor. Grande número
de desencarnados, em
lastimáveis condições,
atiravam-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido
em sede devoradora..."
- "Estes infelizes
irmãos que não
nos podem ver,
pela deplorável situação de
embrutecimento e
inferioridade, estão sugando
as forças do
plasma sangüíneo dos
animais. São famintos
que causam piedade".
O feitiço e
o vampirismo são degradantes, mas ninguém condena os homens, que fatigados
do seu
labor semanal escolhem
os domingos mais
alegres e ensolarados
para matar os
pássaros canoros e espairecer
o espírito atribulado
nessa destruição venal.
Alguns glorificam-se no
tiro ao pombo, conquistando troféus
e diplomas honrosos,
em troca de um
montão de aves ensangüentadas! Quando
o homem organiza
festiva caravana e
custoso "safari" sob
eficiente material bélico para trucidar o tigre, o leão ou o elefante,
ele chama a isso de "caçada"; mas, se porinfelicidade, o
animal acuado e
desesperado consegue desforrar-se
liquidando o seu
perseguidor, então o acontecimento se inverte e o pobre caçador é vítima
de uma "fera"!
PERGUNTA:
- Mas
deve existir uma
grande diferença entre
a alimentação carnívora dos
encarnados e o
propósito deliberado de
espíritos sorverem o
sangue do animal. Não é assim?
RAMATÍS:
- Os
vampiros que sorvem
o sangue da
carne palpitante dos animais são mais
honestos e inocentes
do que os
homens, cujo carnivorismo
é requintado, pois
sacrificam o irmão menor
para comê-lo assado,
cozido, no espeto ou
à "milanesa"! Os
desencarnados contentam-se com a cota de sangue que lhes proporciona
alguns momentos de satisfação nutritiva e vital; mas os vampiros encarnados
devoram os retalhos de carne ao som de orquestras famosas e sob as
luzes ofuscantes dos
restaurantes de luxo!
Uns contentam-se em
sugar o sangue
rútilo ao natural; outros,
preferem a carne "mal passada" ou o bife à "moda da casa"!
Até o
cavalo, o mais
laborioso servidor do
homem, se fica cego,
doente ou envelhecido, matam-no, e o seu cadáver,
depois de demorada fervura e os cuidados profiláticos para não causar
prejuízos ao homem,
então, é transformado
em quitutes, mortadelas,
presuntos e salsichas!
O homem alega a
necessidade de proteínas
extraídas das vísceras
dos animais, mas
atraiçoa-se pelo requinte do vinagre,
da cebola ou pimenta, que adiciona à carne como ingredientes estimulantes do
prazer epicurista.
Os vampiros
das lendas medievais saíam à meia-noite, dos sepulcros, em busca de vítimas
para sugar-lhes um pouco de sangue e
reviverem algumas horas no
contato com o mundo carnal.
Mas os
vampiros
"civilizados" vão a
extremos excêntricos, pois
eles batem o
sangue do animal para
o "chouriço da
moda", preparam retalhos
do estômago de
boi na "dobradinha à
espanhola", selecionam a carne mais tenra para o
bife"mignon", ou fervem as orelhas, pés e costelas de porco no charco
nauseante da feijoada completa! Homens
considerados por atos meritórios, diplomados após severos
cursos acadêmicos, integrantes
do magistério público ou
da alta magistratura; sacerdotes católicos,
pastores protestantes, adeptos
espíritas, filhos de
Umbanda e "livres-pensadores", roem
pés-de-porco com salada
de repolho, lambuzam
os dedos com
a gordura das costelas
de boi ou
condimentam a lingüiça
no espeto, espantando
os próprios vampiros
que se contentam com o sangue
puro!
PERGUNTA:
- Existe
outra fonte de
nutrição tão repulsiva
para os vampiros
do Além-túmulo, além do sangue do animal e das aves?
RAMATÍS:
- O sangue
dos animais e das aves, cujo resíduo vital é de baixa vibração, só pode ser
absorvido pelos espíritos primitivos, de vitalidade inferior. Mas os veteranos
do Além ou magos-negros de experiência milenária nesse setor mórbido preferem o
sangue humano, que é revestido de melhor tônus vital. Trata-se de espíritos
remanescentes das falanges diabólicas, que no passado exigiam
os mais cruentos
sacrifícios pagãos dos devotos
estúpidos e fanáticos,
que satisfaziam a exigência
dos sacerdotes maquiavélicos, levando
o filho primogênito
ou a jovem virgem para o sacrifício da degola
no santuário ou a morte no ventre
incandescente dos ídolos de bronze!
Enquanto a cerimônia
macabra se processava na Terra,
os vampiros monstruosos saciavam-se no sangue vertido
pelas práticas sangrentas! (6)
6
- Os habitantes de
Canaã e outros
povos vizinhos, como
os amonitas, moabitas,
fenícios e cartagineses, veneravam
Moloc, a divindade
pagã, cujo culto
consistia geralmente no
sacrifício do primogênito, que
era lançado vivo no braseiro que ardia nas entranhas da estátua de bronze.
Havia outros sacrifícios de degola de
virgens e crianças, à
beira dos rios sagrados, numa
espécie de culto doméstico, acicatado pelos sacerdotes de
Moloc cumprindo outro rito bárbaro.
Referência:
RAMATIS
(Espírito). Os males do vampirismo. [Psicografado por] Hercílio Maes. In: ______.
Magia de redenção. 6. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1996. cap. 16,
p. 207-215.
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