domingo, 7 de agosto de 2016

A RAINHA VITÓRIA I - MÉDIUM



A RAINHA VITÓRIA I - MÉDIUM

 


Lê-se em lê Salut public, de Lyon, de 3 de junho de 1866, nas notícias de Paris: "Lord Granville, durante a curta permanência que vem de fazerem Paris, dizia, a alguns amigos, que a rainha Vitória se mostrava mais preocupada do que não a tinha visto jamais em nenhuma época de sua vida, com relação ao conflito austro-prussiano. A rainha, acrescentava o nobre lorde, presidente do conselho privado de S. M. britânica, acreditava obedecer à voz do defunto príncipe Alberto, dela não poupando nada, a fim de prevenir uma guerra que colocaria em fogo a Alemanha inteira. Foi sob essa impressão, que não a deixa, que escreveu várias vezes ao rei da Prússia, assim como ao imperador da Áustria, e que ela teria também dirigido uma carta autografada à imperatriz Eugénie, para suplicar-lhe juntar seus esforços aos seus em favor da paz."

Este fato confirma aquele que publicamos na Revista Espírita, de março de 1864, página 85, sob o título de: Uma Rainha médium. Ali está dito, segundo uma correspondência de Londres reproduzida por vários jornais, que a rainha Vitória conversava com o Espírito do príncipe Alberto e tomava seu conselho em certas circunstâncias, como o fazia durante a vida deste último. Nós remetemos a esse artigo para os detalhes do fato e às reflexões às quais deu lugar. De resto, podemos afirmar que a rainha Vitória não é a única cabeça coroada, ou tocante à coroa, que simpatiza com as idéias espíritas, e todas as vezes que dissemos que a Doutrina tinha adeptos até sobre os mais altos graus da escala social, não exageramos nada. Freqüentemente, pergunta-se por que dos soberanos, convencidos da verdade e das excelência desta Doutrina, não se fazerem um dever apoiá-la abertamente com a autoridade de seu nome. É que os soberanos talvez sejam os homens menos livres; mais do que simples particulares, estão submetidos às exigências do mundo, e contidos, por razões de Estado, a certas reservas. Não teríamos nos permitido nomear a rainha Vitória a propósito do Espiritismo, se outros jornais não tivessem tomado a iniciativa, e uma vez que não houve para esse fato nem desmentido, nem reclamações, acreditamos poder fazê-lo sem inconveniente. Sem dúvida, dia virá em que os soberanos poderão se confessar Espíritas, como se confessam protestantes, católicos gregos ou romanos; à espera disto, sua simpatia não é tão estéril quanto se poderia crê-lo, porque, em certos países, se o Espiritismo não é entravado e perseguido oficialmente, como o foi o Cristianismo em Roma, ele o deve a altas influências. Antes de ser oficialmente protegido, deve-se contentar de ser tolerado, aceitar o que se lhe dá, e não pedir muito, de medo de nada obter. Antes de ser carvalho, não é senão caniço, e, se o caniço não se quebra, é que se dobra sob o vento.

Fonte: Revista Espírita 1864, pag. 85, Allan Kardec



Biografia da Rainha   Vitoria I do Reino Unido.

 
 

Foi rainha de 20 de junho de 1837 ate 22 de janeiro de 1901. Vitoria tinha o nome de Alexandrina Victoria, nasceu em 24/03/1819 no Reino Unido, morreu em 22 de janeiro de 1901, casada com Alberto de Saxe Coburgo- Gota.Oriunda da Casa de Hanôver, foi rainha do Reino Unido de 1837 até a morte, sucedendo ao tio o rei Guilherme IV. A incorporação da Índia no Império Britânico em 1877 conferiu a Vitória o título de Imperatriz da Índia. O reinado de Vitória foi o mais longo, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Este período foi marcado pela revolução Industrial e por grandes mudanças a nível económico, político, cultural e social.

Vitória era filha do príncipe Eduardo, Duque de Kent e da princesa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld, sendo neta do rei Jorge III do Reino Unido por parte do pai. Baptizada com o nome Alexandrina Vitória, a família tratava-a informalmente como Drina. A então princesa Vitória de Kent tornou-se politicamente relevante com a morte em 1830 do tio Jorge IV, sucedido por Guilherme IV também sem filhos. Em 1837 sucedeu a Guilherme IV no Reino Unido, mas não em Hanôver onde vigorava a lei sálica que não permite que mulheres ascendam ao trono.Era descrita como ruiva e com marcantes olhos azuis.

Conta-se que Vitória estava apaixonada pelo primo, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, e assim tomou a iniciativa de pedi-lo em casamento (visto que na época, ninguém poderia fazer tal pedido a uma rainha). Ele aceitou. Foi a primeira vez que se teve notícias de alguém casar por amor. Vitória era ousada e acrescentou ao traje nupcial algo proibido para uma rainha na época - um véu. Nascia aí um costume que atravessaria o tempo e daria a Vitória o reconhecimento de trazer para a nossa época o amor, para unir um homem e uma mulher. Em 10 de Fevereiro de 1840, Vitória casou-se com o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, o primo-irmão. O príncipe consorte morreu de febre tifóide em 14 de dezembro de 1861, devido às precárias condições sanitárias do Castelo de Windsor. Sua morte devastou Vitória, que ainda estava abalada pela morte da sua mãe Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld, em março daquele mesmo ano. Vitória estava profundamente ligada ao seu marido e ela caiu em depressão depois de ele morrer, com apenas 42 anos, pois ela havia perdido um marido dedicado e seu principal conselheiro confiável em assuntos de Estado. Ela guardou luto e usou preto até o fim de sua vida. Ela evitou aparições públicas e raramente pôs os pés em Londres, no ano seguinte. Sua solidão lhe valeu o nome de "Viúva de Windsor". No ano seguinte ela criou a Real Ordem de Vitória e Alberto para reverenciar seu casamento e seu falecido marido, o Príncipe Alberto. Até o final de 1860, ela raramente aparece em público, embora ela nunca negligenciasse sua correspondência oficial, e continuou a dar audiências a seus ministros e os visitantes oficiais, ela estava relutante em retomar uma plena vida pública.

no Mausoléu Frogmore, no Windsor Great Park. Vitória já reinava há 63 anos, sete meses e dois dias, o mais longo reinado de uma monarca britânico até então, tendo ultrapassado o seu avô, Seguindo um costume que manteve ao longo de sua viuvez, Vitória passou o Natal de 1900 na Osborne House, na Ilha de Wight. Morreu lá, devido à degradação da sua saúde, na terça-feira, dia 22 de janeiro de 1901, às seis e meia da noite, com 81 anos de idade. No leito da sua morte, ela estava acompanhada de seu filho, o futuro rei Eduardo VII, e seu neto mais velho, o imperador alemão Guilherme II. Como ela desejava, seus próprios filhos ergueram o caixão. Ela estava vestida com um vestido branco e o véu do casamento. Seu funeral foi realizado no sábado, 2 de fevereiro, e após dois dias, ela foi enterrada ao lado do Príncipe AlbetoJorge III. A morte de Vitória pôs fim ao poder da Casa de Hanôver no Reino Unido. Como o marido dela pertencia à Casa de Saxe-Coburgo-Gota, seu filho e herdeiro Eduardo VII foi o primeiro monarca britânico desta nova casa. Seu reinado foi tão importante para o Reino Unido, que ficou conhecido como Era Vitoriana. O Castelo de Balmoral foi adqirido em seu reinado.
O Palácio de Buckingham tornou-se residencia oficial da monarquia britanica com a ascensão da Rainha Vitória em 1837.




 

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