Aprendendo com Joanna de Ângeles - Individualismo
A
imaturidade psicológica não oferece sinergia para as lutas com efetivo espírito
de competitividade e de realização. Porque num estado medíocre de evolução, o
homem busca sobressair-se, engendrando mecanismos de individualismo e utilizando-se
de superados métodos de combate aos outros antes que de autolibertação. Para
destacar-se, em tal conjuntura, usa os outros, através de artifícios do ego
para conseguir os seus objetivos que, não o plenificando, prosseguem
conflitivos, ou recorre à velha conduta do dividir para imperar, acumulando
insucessos reais que são tidos como realizações vantajosas. A valorização de si
mesmo conscientiza o ser quanto à necessidade de bom trânsito no grupo social e
da sua importância no mesmo. Célula valiosa do conjunto deve encontrar-se
harmônico, a fim de gerar um órgão sadio que se promoverá ampliando o círculo
através de novos membros, dessa forma alcançando toda a sociedade.
A vida
expressa-se em um todo, num coletivo equilibrado que, mesmo se apresentando
numa estrutura geral, não anula o indivíduo, nem o impede de desenvolver-se,
agigantar-se. Isso porém, não o leva, necessariamente, ao individualismo, que é
conduta imposta pelo ego conflitivo. Quando tal ocorre, as carências afetivas
se apresentam transmudadas em ambições que atormentam enquanto parecem
satisfazer, o indivíduo dá mostras de auto realização que mal disfarça a
solidão e a insatisfação íntima que se lhe encontram pulsantes no íntimo.
O
INDIVIDUALISMO É RECURSO DE FUGA DAS PROPOSTAS DA VIDA, DESVIO DE ROTA PSICOLÓGICA.
É provável
que, nesse contexto, o hemisfério esquerdo do seu cérebro - racional,
analítico, matemático, lógico, casuístico - ignore o poder do direito -
intuição, imaginação, transcendência, pensamento holístico, artístico -
condenando-o a viver sob a injunção de fórmulas, de teorias, de conceitos
preestabelecidos, de julgamentos feitos, de regulamentos rígidos, aparentando
não sentir necessidade do emocional e artístico, do divino e metafísico.
Nesse afã de
ser lógico e individualista, impõe-se, sem dar-se conta, os próprios limites,
e, por temor de aventurar-se no grupo social, integrando-se e explorando
possibilidades que poderão resultar no progresso geral, estiola-se
emocionalmente, tornando-se rude, amargo, ingrato para com a vida, embo
raprojete imagem diferente de si. Perdendo o contato com a intuição, a
simplicidade, o senso comum, isola-se, e passa a ver o mundo e as demais
pessoas por meio de uma óptica distorcida, que lhe tira a claridade do
discernimento e lhe faculta a identificação de conteúdo e contornos, fronteiras
e intimidades. Estabelecendo objetivos que agradam ao ego, mais se lhe aumentam
os conflitos internos, por falta de valor para identificar as próprias falhas e
os medos que não combate. O individualismo é recurso de fuga das propostas da
vida, desvio de rota psicológica, porque avança holística e socialmente para o
todo, para o con junto que não se pode desagregar sob pena de não sobreviver.
Todo individualista impõe-se, usando os demais, e converte-se em títere de si
mesmo e dos outros, ou sucumbe nas sombras espetaculares do transtorno íntimo
que foge para a loucura ou o suicídio.
Os objetivos
não conflitivos da vida, porém, são conseguidos pelo indivíduo que os reparte
com o seu grupo social, no qual sustenta os ideais, haurindo aí sinergias para
prosseguir lutando e vencendo, de forma saudável e equilibrada, sem projeções
nem imagens irreais.
Divaldo Pereira
Franco pelo espírito Joanna de Ângelis. Amor Imbatível Amor
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