terça-feira, 16 de agosto de 2016

Doenças Psíquicas Sob a Ótica do Espírito Imortal



Doenças Psíquicas Sob a Ótica do Espírito Imortal

 


Agnaldo Paviani.

- O homem moderno está doente?
Não temos a pretensão de apresentar uma resposta conclusiva, mesmo porque o objetivo desta modesta obra literária é, essencialmente, fazer o leitor pensar. Não obstante, vale considerar algumas informações.
Se consultarmos o livro: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais  (DSM),  em  sua  primeira  edição,  veremos  que    106  tipos  de  transtornos catalogados, isso em 1952. Na edição   mais   atual   (5º   edição),      51   transtornos   a   mais,   como   por   exemplo,   Transtorno   Disfórico   Pré-menstrual,   Transtorno   de   Escoriação   (Skin-Pickin),   Transtorno de Acumulação, entre outros.
 E  de  transtorno  novo  em  transtorno  novo,  muitos defendem o slogan: “Todo problema na vida requer uma pílula”. Segundo dados do IMS Health, a venda de anticonvulsivantes,   antidepressivos   e   estabilizadores   do   humor,   no   Brasil,   aumentaram, entre 2010 e 2014, cerca de 25 a 58%.
Caso  consideremos  os  dados  estatísticos,  notaremos com facilidade o quanto o ser humano está triste.
Naturalmente, não somos contra o consumo de medicamentos, tampouco menosprezamos  os  esforços  da  Ciência  para  proporcionar  ao  homem  mais saúde e menos enfermidades, especialmente quando se trata dos chamados  transtornos  psíquicos. 
Todavia,  algumas  indagações  são  oportunas...
- Uma drágea de remédio pode ajudar e muito, mas até quando?
Em alguns casos  veja bem, alguns casos! - o uso contínuo da medicação não significaria substituir o problema pela ilusão de se estar bem? Ou seja, nos casos em que a pessoa só permanece bem se ingerir a medicação, não    propriamente  a  cura  da  enfermidade,  mas  apenas  o  efeito  paliativo,   salvo   casos   específicos,   quando   o   uso   continuado   da   medicação é fundamental para o tratamento.
A  não  disposição  do  homem  para  vasculhar  os  escaninhos  da  própria  alma, num processo de autoconhecimento, não seria a causa de muitos males que afligem a Humanidade?
Posturas   perante   a   vida,   como   pessimismo,   revolta   e   orgulho,   alimentadas  por  muito  tempo,  não  poderiam  desenvolver  doenças  em  nosso corpo físico?
E as questões - para aqueles que acreditam - cármicas? Não seriam elas - erros do passado - responsáveis por muitas das nossas dores atuais?
Por que temos à nossa disposição terapias comprovadamente   eficazes   como   as  junguianas, lacanianas, cognitivas e, ainda assim,   temos   na   atualidade,   tantos   transtornos psíquicos?
Vale  fazer  parênteses  para  dizer:  segundo  algumas  estatísticas  mais  de  3  bilhões  de  pessoas,   cedo   ou   tarde,   desenvolverão   algum transtorno psiquiátrico...
E  quanto  às  religiões,  como  elas  podem  ajudar o ser humano na conquista da saúde integral?  Se  é  que  elas  podem...  Nessa  questão, esbarramos na fé de cada um. O psiquiatra  e  psicanalista  Jacques  Lacan  disse certa vez:
“Se a religião triunfar, será sinal de que a Psicanálise fracassou”. Particularmente  não  concordamos,  acreditamos  -  salvo  exceções  do  fanatismo religioso - que a religião (praticada e vivenciada) pode colaborar e muito. As  terapias  alternativas  aliadas  aos  tratamentos  tradicionais  também  seriam um dos caminhos?
Caro leitor, as perguntas são muitas...
O  primeiro  passo  para  a  cura  é  entrar  em  contato  com  sua  realidade  interior. 
A intenção  é  que,  induzindo-o  a  pensar,  você  possa  descobrir,  principalmente aquilo que reside “dentro de você” e que pode fazê-lo, sim, adoecer e, consequentemente, sofrer.


 

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