quinta-feira, 31 de março de 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
NEGLIGÊNCIA E OCIOSIDADE
NEGLIGÊNCIA E
OCIOSIDADE
A -
NEGLIGÊNCIA
O indivíduo negligente é aquele descuidado das suas obrigações, ou seja, sabe o que deve e precisa fazer, mas deixa para depois, relaxa, faz "corpo mole". Queremos analisar a negligência, relacionando-a com o nosso trabalho de auto aprimoramento moral, com as obrigações relativas aos compromissos já assumidos conosco mesmo na reforma interior. Nesse aspecto, somos todos negligentes, porque já entendemos muito bem nossas atribuições, mas simplesmente não as realizamos com a necessária intensidade e a desejada frequência.
A negligência pode também indicar desinteresse no que nos cabe fazer, no esforço próprio que precisamos desenvolver para nos aperfeiçoar progressivamente. Não tendo o devido interesse no que pretendemos realizar, evidentemente o negligenciamos, o que é mesmo mais comum, ou seja, o comodismo atua com predomínio em nossas ações.
Procuremos examinar como a negligência se manifesta em nós e também de que forma. Assim, poderemos mais facilmente combatê-la:
a) Descuido na observação dos esforços que precisamos desenvolver para conter nossos impulsos grosseiros;
b) Desatenção nos compromissos de orar e vigiar para não cairmos em tentações;
c) Menosprezo às oportunidades de contribuir em benefício do próximo, com uma palavra confortadora, um esclarecimento, um auxílio material;
d) Preguiça em fazer algo desinteressadamente ao próximo, na frequência ao grupo de estudos e aprendizado, na leitura esclarecedora de obras necessárias, na conversa reconciliadora no âmbito familiar, no posicionamento administrativo ponderado nas funções trabalhistas e em tantas outras ocasiões em que os receios nos inibem as ações transformadoras;
e) Irresponsabilidade no que nos foi confiado em atribuições assumidas no grupo cristão, nas tarefas que nos dizem respeito. Ao convite feito pesemos nossas possibilidades de cumpri-lo. Uma vez aceito, a não correspondente parcela de trabalho reflete irresponsabilidade;
f) Desordem na própria arrumação de objetos que se destinam às distribuições caridosas, no trato dos cadernos e registros de contribuições, nos livros que formam as bibliotecas das associações beneficentes, na conservação dos móveis e utensílios do nosso grupo de trabalho cristão, e nos pertences pessoais que nos servem de instrumentos como indumentária, obras de consulta, ferramentas, cadernos de anotações, objetos de uso, todos merecedores de nossos cuidados e zelo;
g) Imprevidência no planejamento e discussão dos programas de atividades que se buscam realizar, nos centros comunitários aos quais integremos nossa colaboração, deixando ao acaso e aos espíritos protetores o desenrolar das tarefas que nos conferem.
Do acima exposto, resta-nos conhecer "quão" negligentes somos para, então, aplicar os meios de diminuir esse defeito em nosso íntimo, o que é uma das importantes metas a serem atingidas.
B - OCIOSIDADE
Ser ocioso é gastar o tempo inutilmente, sem proveito; é desperdiçá-lo inativamente. Trazemos a ociosidade para as nossas cogitações, numa abordagem dirigida ao aproveitamento do tempo nas realizações que impulsionam a nossa evolução espiritual.
Convenhamos que, nesse aspecto decisivo, somos todos ainda ociosos, isto é, gastamos o nosso valoroso tempo em muita coisa inútil ao progresso do nosso espírito.
O trabalho é uma lei imperiosa da Criação, tudo se desenvolve, caminha, evolui, produz-se como consequência dele, e como tal o que a ele se opõe é nocivo, prejudicial. Vejamos, então, nesse enfoque, como localizar esse defeito em nós:
a) Lazer prolongado, além dos limites do repouso salutar ao espírito e ao corpo, em que nos entregamos à inércia contemplativa ou à indiferença de fazer algo, em exclusivo deleite pessoal, é prejuízo brevemente encontrado na atrofia mental ou no enferrujamento dos membros de locomoção;
b) Inanição pelas declaradas recusas a superar o "corpo mole" quando condicionados aos demorados sonos refazedores; não nos dispomos a abraçar encargos de auxílio ao próximo, receosos de comprometer as horas de indolência;
c) Desocupados, com tempo de sobra, quando não dividimos as horas para cultivar leituras edificantes, nem praticar caridade ou, muito menos, para o estudo e conhecimento de nós mesmos, responderemos logo, contidos nas angústias aflitivas ou nas insatisfações profundas, pela perda das oportunidades que as enfermidades mentais, quebrando a rotina vaga, vêm nos exigir urgentes correções;
d) Não deixemos para amanhã o que podemos fazer hoje, quando ainda contamos com horários livres e relativa disposição no bem. Amanhã, no ocaso da vida, poderá ser muito tarde, quando a falta dos movimentos dos braços e pernas, que não exercitamos, nos levarão aos impedimentos definitivos;
e) Improdutivos na seara que nos foi confiada, e que muito bem podemos reconhecê-la entre as múltiplas opções de serviço cristão, quando dela estivermos afastados, alegando dificuldades de tempo ou outras razões, estaremos identificados na figueira estéril que secou.
Ocupamo-nos muito com os afazeres do cotidiano. Envolvemo-nos tremendamente com as preocupações das obrigações assumidas, das prestações contraídas na aquisição de algumas das nossas necessidades e, assim, vai o tempo correndo sem percebermos. Ao olhar em nossa volta, poderemos depois encontrar inúmeros adornos decorativos, móveis modernos, veículos novos, aparelhos de som e de imagem, propriedades diversas, mas, em nosso íntimo, quase sempre um vazio profundo certamente residirá e não raro a ausência dos entes mais caros. Indagaremos então: de que nos valeu tudo isso? Onde está a felicidade supostamente conquistada? O que realmente construímos de bom?
Ponderemos, queridos amigos, ainda hoje, aonde estamos aplicando o nosso tempo tão precioso, e não nos percamos em coisas vãs e supérfluas. A época em que vivemos é de resgate e de acertos de contas. Otimizemos nossos esforços, valorizemos as horas no trabalho que nos proporcione o necessário e renunciemos às ocupações extras que nos permitem obter o que pode ser dispensado.
Dediquemos maior espaço de tempo nas atividades que desenvolvem e enriquecem o nosso espírito, nas obras que poderão ser revestidas em méritos e créditos, recompensando-nos segundo o que tivermos feito de bem ao próximo.
O indivíduo negligente é aquele descuidado das suas obrigações, ou seja, sabe o que deve e precisa fazer, mas deixa para depois, relaxa, faz "corpo mole". Queremos analisar a negligência, relacionando-a com o nosso trabalho de auto aprimoramento moral, com as obrigações relativas aos compromissos já assumidos conosco mesmo na reforma interior. Nesse aspecto, somos todos negligentes, porque já entendemos muito bem nossas atribuições, mas simplesmente não as realizamos com a necessária intensidade e a desejada frequência.
A negligência pode também indicar desinteresse no que nos cabe fazer, no esforço próprio que precisamos desenvolver para nos aperfeiçoar progressivamente. Não tendo o devido interesse no que pretendemos realizar, evidentemente o negligenciamos, o que é mesmo mais comum, ou seja, o comodismo atua com predomínio em nossas ações.
Procuremos examinar como a negligência se manifesta em nós e também de que forma. Assim, poderemos mais facilmente combatê-la:
a) Descuido na observação dos esforços que precisamos desenvolver para conter nossos impulsos grosseiros;
b) Desatenção nos compromissos de orar e vigiar para não cairmos em tentações;
c) Menosprezo às oportunidades de contribuir em benefício do próximo, com uma palavra confortadora, um esclarecimento, um auxílio material;
d) Preguiça em fazer algo desinteressadamente ao próximo, na frequência ao grupo de estudos e aprendizado, na leitura esclarecedora de obras necessárias, na conversa reconciliadora no âmbito familiar, no posicionamento administrativo ponderado nas funções trabalhistas e em tantas outras ocasiões em que os receios nos inibem as ações transformadoras;
e) Irresponsabilidade no que nos foi confiado em atribuições assumidas no grupo cristão, nas tarefas que nos dizem respeito. Ao convite feito pesemos nossas possibilidades de cumpri-lo. Uma vez aceito, a não correspondente parcela de trabalho reflete irresponsabilidade;
f) Desordem na própria arrumação de objetos que se destinam às distribuições caridosas, no trato dos cadernos e registros de contribuições, nos livros que formam as bibliotecas das associações beneficentes, na conservação dos móveis e utensílios do nosso grupo de trabalho cristão, e nos pertences pessoais que nos servem de instrumentos como indumentária, obras de consulta, ferramentas, cadernos de anotações, objetos de uso, todos merecedores de nossos cuidados e zelo;
g) Imprevidência no planejamento e discussão dos programas de atividades que se buscam realizar, nos centros comunitários aos quais integremos nossa colaboração, deixando ao acaso e aos espíritos protetores o desenrolar das tarefas que nos conferem.
Do acima exposto, resta-nos conhecer "quão" negligentes somos para, então, aplicar os meios de diminuir esse defeito em nosso íntimo, o que é uma das importantes metas a serem atingidas.
B - OCIOSIDADE
Ser ocioso é gastar o tempo inutilmente, sem proveito; é desperdiçá-lo inativamente. Trazemos a ociosidade para as nossas cogitações, numa abordagem dirigida ao aproveitamento do tempo nas realizações que impulsionam a nossa evolução espiritual.
Convenhamos que, nesse aspecto decisivo, somos todos ainda ociosos, isto é, gastamos o nosso valoroso tempo em muita coisa inútil ao progresso do nosso espírito.
O trabalho é uma lei imperiosa da Criação, tudo se desenvolve, caminha, evolui, produz-se como consequência dele, e como tal o que a ele se opõe é nocivo, prejudicial. Vejamos, então, nesse enfoque, como localizar esse defeito em nós:
a) Lazer prolongado, além dos limites do repouso salutar ao espírito e ao corpo, em que nos entregamos à inércia contemplativa ou à indiferença de fazer algo, em exclusivo deleite pessoal, é prejuízo brevemente encontrado na atrofia mental ou no enferrujamento dos membros de locomoção;
b) Inanição pelas declaradas recusas a superar o "corpo mole" quando condicionados aos demorados sonos refazedores; não nos dispomos a abraçar encargos de auxílio ao próximo, receosos de comprometer as horas de indolência;
c) Desocupados, com tempo de sobra, quando não dividimos as horas para cultivar leituras edificantes, nem praticar caridade ou, muito menos, para o estudo e conhecimento de nós mesmos, responderemos logo, contidos nas angústias aflitivas ou nas insatisfações profundas, pela perda das oportunidades que as enfermidades mentais, quebrando a rotina vaga, vêm nos exigir urgentes correções;
d) Não deixemos para amanhã o que podemos fazer hoje, quando ainda contamos com horários livres e relativa disposição no bem. Amanhã, no ocaso da vida, poderá ser muito tarde, quando a falta dos movimentos dos braços e pernas, que não exercitamos, nos levarão aos impedimentos definitivos;
e) Improdutivos na seara que nos foi confiada, e que muito bem podemos reconhecê-la entre as múltiplas opções de serviço cristão, quando dela estivermos afastados, alegando dificuldades de tempo ou outras razões, estaremos identificados na figueira estéril que secou.
Ocupamo-nos muito com os afazeres do cotidiano. Envolvemo-nos tremendamente com as preocupações das obrigações assumidas, das prestações contraídas na aquisição de algumas das nossas necessidades e, assim, vai o tempo correndo sem percebermos. Ao olhar em nossa volta, poderemos depois encontrar inúmeros adornos decorativos, móveis modernos, veículos novos, aparelhos de som e de imagem, propriedades diversas, mas, em nosso íntimo, quase sempre um vazio profundo certamente residirá e não raro a ausência dos entes mais caros. Indagaremos então: de que nos valeu tudo isso? Onde está a felicidade supostamente conquistada? O que realmente construímos de bom?
Ponderemos, queridos amigos, ainda hoje, aonde estamos aplicando o nosso tempo tão precioso, e não nos percamos em coisas vãs e supérfluas. A época em que vivemos é de resgate e de acertos de contas. Otimizemos nossos esforços, valorizemos as horas no trabalho que nos proporcione o necessário e renunciemos às ocupações extras que nos permitem obter o que pode ser dispensado.
Dediquemos maior espaço de tempo nas atividades que desenvolvem e enriquecem o nosso espírito, nas obras que poderão ser revestidas em méritos e créditos, recompensando-nos segundo o que tivermos feito de bem ao próximo.
Lembremo-nos de que, mesmo muito ocupados materialmente poderemos estar
sendo ociosos espiritualmente...
Ney P. Peres
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