Reencarnação
e Conflitos Familiares
A sucessão das existências
corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às vidas
anteriores, e são justamente essas ligações as causas de simpatia ou de
antipatia entre pessoas aparentemente estranhas.
A Lei da Reencarnação
existe porque Deus, conhecendo a tendência que o homem possui para as más
inclinações, mas, sabendo também da capacidade que ele tem de se superar e de
se aperfeiçoar, oferece-lhe oportunidades para o arrependimento e para a
reparação das faltas cometidas, durante sua jornada evolutiva, em novas
existências corporais.
Ora, para que uma pessoa
possa reparar os prejuízos causados a alguém, é necessário que volte a conviver
com essa mesma pessoa, e é por isso que há tantos reencontros de almas, durante
as experiências encarnatórias. Ocorre que, na maioria das vezes, o período de
uma única encarnação não é suficiente para que ocorra a reconciliação. Às
vezes, é necessário um tempo bem maior para que o estrago moral, causado por
atitudes inconsequentes, seja consertado.
É por isso que as mesmas
personagens de um drama podem se reencontrar em várias vidas sucessivas,
enquanto se busca, com o auxílio dos Espíritos apaziguadores, a dissipação do
ódio cultivado durante a livre semeadura.
Mas, conjuntamente à Lei
da Reencarnação, existem outras que lhe completam para que tais reconciliações
sejam legítimas. Uma delas é a Lei do Esquecimento; uma vez revestido de um
novo corpo, o indivíduo se esquece das razões pelas quais reencarnou. Assim,
todo o bem que ele fizer, ocorrerá por suas próprias conquistas morais e não
pela imposição de uma consciência pesada. É a partir daí que se pode avaliar a
capacidade de amar e perdoar aos inimigos, ação que Jesus apregoou como a maior
prova de evolução moral do homem.
É por causa da Lei do
Esquecimento que muitos sucumbem às fraquezas morais e voltam a repetir os
mesmos erros do passado, deixando aflorar em si, e se submetendo às mesmas
viciações que, adormecidas em sua natureza, esperam apenas o momento propício
para a eclosão. A pessoa não se recorda dos erros que cometeu no passado, não
se lembra dos inimigos que granjeou, nem dos sofrimentos que experimentou, mas
carrega em seu íntimo as impressões deixadas por essas experiências de vida,
como se fossem cicatrizes geradas na própria alma.
Para a colheita
obrigatória da livre semeadura, é necessário que tais inimigos voltem a
partilhar suas convivências. Daí, se explicam os conflitos familiares, as
tumultuadas relações entre pessoas que nasceram no mesmo lar ou que acabaram
juntas por meio de relações profissionais, convivências sociais, matrimônios,
adoções, etc. São pessoas que contraíram dívidas morais, que se odeiam, que
precisam se perdoar e que, muitas vezes, pediram a oportunidade dessa
convivência.
A Lei da Reencarnação não
é um castigo imposto às pessoas que se ofenderam, mas um presente divino
oferecido, para que, por intermédio do perdão e do amor incondicional, o homem
se supere e se eleve às esferas dos Espíritos felizes.
No entanto, devido às
imperfeições do homem, é natural que ocorram recaídas durante os complicados
processos de reconciliação. Esses deslizes atrasam sobremodo a evolução e
estendem os padecimentos do Espírito devedor, que permanece na “prisão” dos endividados
morais.
Mas, em se tratando de
aprendizagem, nada é desperdiçado. Toda experiência de vida é aproveitável. Se
não o for como adiantamento moral, será como fonte de reflexão e do despertar
do arrependimento que sempre antecede a reparação.
Fonte: Centro Espírita Batuíra
Imagem:
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