A Arte de Raciocinar
Raciocinar
é uma arte que merece uma reflexão
mais detida por parte de todos nós.
Mas, e o
que é raciocinar?
Segundo
os dicionários, raciocinar é fazer uso da razão para conhecer, para julgar da
relação das coisas; ponderar; pensar.
De
maneira geral, nós estamos raciocinando a maior parte do tempo pois pensamos,
fazemos cálculos, tiramos conclusões.
Todavia,
quando se trata de tomar decisões em nossas ações diárias, parece que nossa
capacidade de raciocinar fica prejudicada ou é abafada pelo egoísmo.
Quando
estamos no trânsito, por exemplo, e há um veículo atravessado na rua, cujo
motorista espera que alguém lhe dê a vez para poder seguir, a razão diz que se
o deixarmos passar o tráfego fluirá melhor, beneficiando a todos. Mas,
geralmente, não é essa a nossa decisão.
Quando
passamos por um lugar onde houve um acidente e a aglomeração de pessoas está
grande, ao invés de ouvirmos os apelos da razão para seguir em frente e não
atrapalhar, as mais das vezes nos juntamos à multidão só para satisfazer a
curiosidade e julgar a ocorrência sem conhecimento de causa.
Se vamos
assistir a um espetáculo, um evento qualquer, o bom senso nos adverte que o
melhor é ocupar os lugares mais distantes dos corredores, para facilitar a
entrada dos que chegarão depois.
Mas o que
acontece, geralmente, é que nos sentamos nas primeiras cadeiras e quem chegar
depois que passe nos espaços apertados que deixamos. E, por vezes, ainda
reclamamos pelo fato de ter que encolher as pernas para que os outros passem.
Outra
situação bastante despropositada é a das mães ou pais com crianças pequenas que
ocupam lugares de difícil acesso.
Se for um
evento em que se faz necessário o silêncio, quando os pequenos começam a chorar
ou gritar, esses pais perturbam metade da plateia até chegarem às portas de
saída.
Todas
essas situações poderiam ser evitadas se usássemos a arte de raciocinar,
tomando sempre as decisões mais racionais.
Nas
questões emocionais, o raciocínio sempre é bom conselheiro, mas o que acontece
amiúde, é que não lhe damos ouvidos, preferindo agir como os irracionais.
Se
necessitamos chamar a atenção de um filho ou outro familiar, por exemplo, e
percebemos que esse chega nervoso, irritado, a razão nos aconselha deixar para
outro momento mas, infelizmente, nem sempre a ouvimos e despejamos sobre ele
uma enxurrada de palavras ásperas, agravando a situação.
Se o
namorado ou namorada nos diz que já não somos mais o amor da sua vida, a razão
pede que nos afastemos mas, nem sempre é assim que agimos. E é por esse motivo
que muitos crimes passionais são cometidos.
Vale a
pena prestar mais atenção nessa faculdade bendita que Deus nos deu, chamada
razão.
Se lhe
déssemos ouvidos, aliando-a ao sentimento, por certo evitaríamos muitos males,
tanto para nós quanto para os outros.
*
* *
Quando
suas vistas contemplarem as densas nuvens cinzentas que pairam há apenas alguns
metros de altura, ouça com atenção a voz da razão a lhe dizer, com toda
segurança que logo acima brilha o Sol, soberano, que vencerá as trevas em pouco
tempo.
Pense
nisso!
Redação do Momento Espírita.
Em 27.6.2013.
Em 27.6.2013.
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