Decepções
Você
já teve alguma decepção na vida?
Dificilmente
alguém passa pela existência sem sofrer uma desilusão, ou ter alguma surpresa
desagradável em algum momento da caminhada.
Podemos
dizer que o sabor de uma decepção é amargo e traz consigo um punhal invisível
que dilacera as fibras mais sutis da alma.
Isso
acontece porque nós só nos decepcionamos com as pessoas em quem investimos
nossos mais puros sentimentos de confiança e amor.
Pode ser um
amigo, a quem entregamos o coração e que, de um momento para outro, passa a ter
um comportamento diferente, duvidando da nossa sinceridade, do nosso afeto, da
nossa dedicação, da nossa lealdade...
Também pode
ser a alma que elegemos para compartilhar conosco a vida, e que um dia chega e
nos diz que o amor acabou, que já não fazemos mais parte da sua história... que
outra pessoa agora ocupa o nosso lugar.
Ou alguém
que escolhemos como modelo digno de ser seguido e que vemos escorregando nas
valas da mentira ou da traição, desdita que nos infelicita e nos arranca
lágrimas quentes e doloridas, como chama que queima sem consumir.
Enfim, só os
nossos amores são capazes de nos ferir com a espada da decepção, pois os
estranhos não têm esse trágico poder, já que seus atos não nos causam nenhuma
impressão.
Assim, vale
a pena algumas reflexões a esse respeito para que não nos deixemos atingir pela
cruel espada da desilusão.
Para tanto,
podemos começar levando em conta que, assim como nós, nossos amores também não
são perfeitos.
E que,
geralmente, não nos prometem santidade ou eterna fidelidade. Nunca nos disseram
que seriam eternamente a mesma pessoa e que jamais nos causariam decepções.
Nós é que
queremos que sejam como os idealizamos.
Assim nos
iludimos. Mas só se desilude quem está iludido.
Importante
que pensemos bem a esse respeito, imunizando a nossa alma com o antídoto eficaz
do entendimento.
Importante
que usemos sempre o escudo do perdão para impedir que os atos infelizes dos
outros nos causem tanto sofrimento.
Importante,
ainda, que façamos uso dos óculos da lucidez, que nos permitem ver os fatos em
sua real dimensão e importância, evitando dores exageradas.
A ilusão é
como uma névoa que nos embaraça a visão, distorcendo as imagens e os fatos que
estão à nossa frente.
E a decepção
nada mais é do que perceber que se estava iludido, enganado sobre algo ou
alguém.
Assim, se
você está amargando a dor de uma desilusão, agradeça a Deus por ter retirado
dos seus olhos os empecilhos que lhe toldavam a visão.
Passe a
gostar das pessoas como elas são e não como você gostaria que elas fossem.
Considere
que você também já deve ter ferido alguém com o punhal da decepção, mesmo não
tendo a intenção, e talvez sem se dar conta disso.
Por todas
essas razões, pense um pouco mais e espante essa tristeza do olhar... Enxugue
as lágrimas e siga em frente... sem ilusões.
* * *
Aprenda a
valorizar nas pessoas suas marcas positivas.
Lembre-se de
que cada um dá o que tem, o que pode oferecer.
Uns oferecem
o ácido da traição, o engodo da hipocrisia, o fel da ingratidão, pois é o que
alimentam na alma.
Mas, seja
você a cultivar em seu jardim interior as flores da lealdade, do afeto, da
compreensão, da honestidade, para ofertar a todos aqueles que cruzarem o seu
caminho.
Seja você
alguém incapaz de ferir ou provocar sofrimentos nos seres que caminham ao seu
lado.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8/9 e no livro Momento Espírita,
v. 3 ed. Fep.
Em 13.06.2011.
Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8/9 e no livro Momento Espírita,
v. 3 ed. Fep.
Em 13.06.2011.
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