A ALEGRIA DOS
OUTROS
Um jovem, muito inteligente, certa feita se
aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:
Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao
seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.
Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?
Eu tenho uma profissão que me garante altos
rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na
Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.
O que me
falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de
Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a
"alegria dos outros"! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir
para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder
superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a
"alegria dos outros".
* * *
Será que já paramos para refletir que todas as
grandes almas, que transitam pela Terra, estiveram intimamente ligadas com
algum tipo de doação?
Será que já percebemos que a caridade esteve
presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim, todos os Espíritos elevados trazem como
objetivo a alegria dos outros.
Não se refere o termo, obviamente, à alegria
passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.
Não, essa alegria dos outros,
mencionada por Emmanuel, é
gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que
nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se
amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os
homens e mulheres de bem.
Possivelmente,
em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa alegria dos outros,
quando, de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes
questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma
forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em
palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de
consciência por termos feito o bem,
de alguma maneira.
É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo,
que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de
felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a
consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido: É
este o caminho... Continue...
* * *
Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas
mãos, distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos farão
sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos,
desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada
dos dias de violência atuais.
E lembremos: a alegria dos outros construirá a
nossa felicidade.
Redação do Momento Espírita, com base em relato sobre episódio da vida de Francisco Cândido Xavier, de autor desconhecido, e que circula pela Internet.
Disponível no cd Momento
Espírita, v. 20, ed. Fep.
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