Compromisso
com a consciência
Você
certamente já leu ou ouviu, algum dia, a notícia de roubo, incêndio, naufrágio
ou explosão de algum bem móvel ou imóvel que pertencia a alguém, não é mesmo?
No entanto, ninguém jamais ouviu ou leu uma
manchete com os dizeres:
Foi roubada a coragem dessa ou daquela
pessoa. Foi extraviada grande porção de otimismo.Quem a encontrar favor
devolver no endereço citado.
Ou então, Incêndio
consumiu toda a fidelidade de Fulano ou Naufragou a honestidade de Beltrano.
Enfim, nunca se ouve falar que as virtudes de
alguém tenham sofrido assaltos ou outro dano qualquer.
Todavia, isso acontece diariamente quando as
negociatas indignas põem por terra a honestidade e a honradez deste ou daquele
cidadão, que sucumbe ante grandes quantias em dinheiro ou favorecimentos de
toda ordem.
No entanto, as virtudes que se deixam
arrastar por interesses próprios, não são virtudes efetivas, são ensaios de
virtudes.
Quem verdadeiramente conquista uma virtude,
jamais a perde.
Contou-nos um amigo, jovem advogado que
labora num órgão público que, em certa ocasião, estava com uma pilha de
processos sobre a mesa, quando seu superior entrou na sala, tomou dois daqueles
processos e pôs de lado, dizendo-lhe:
Quero que você arquive estes
processos.
O advogado perguntou por que razão deveria
arquivá-los e o diretor respondeu simplesmente: Porque os acusados são meus amigos e me pediram esse
favor.
O moço, que tinha compromisso sério com a
própria consciência, fez com que os processos seguissem seu curso, sem
interferir.
Tempos depois, os acusados tiveram que arcar
com as custas do processo e indenizar vários cidadãos, aos quais haviam
prejudicado de alguma forma.
Quando questionado por seu superior sobre o
ocorrido, o advogado argumentou que o fato de os acusados serem seus amigos não
era suficiente para isentá-los da responsabilidade de seus atos.
Se o jovem advogado não tivesse firmeza de
caráter poderia ter dado ocasião a que fosse registrada em sua ficha espiritual
a seguinte anotação:
Este Espírito sofreu, em tal data, um
assalto da corrupção e da prepotência e teve seus bens mais preciosos, que são
a fidelidade e a honestidade, roubados.
Felizmente isso não aconteceu.
* * *
Toda vez que permitimos que nosso patrimônio
ético-moral seja comprado ou roubado, ficamos mais pobres espiritualmente.
Quando aplaudimos a corrupção e a ganância
dos outros, somos coniventes com essas misérias morais, e empobrecemos.
Pense nisso, e considere que vale a pena
preservar esse bem tão valioso que é o seu patrimônio moral.
Redação
do Momento Espírita, com base em fato.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 11, ed. Fep.
Em 31.01.2010.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 11, ed. Fep.
Em 31.01.2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário