DOENÇAS TERMINAIS E
O SENTIDO ESPIRITUAL DA VIDA
Quando
alguém está sendo mantido vivo à custa de equipamentos - assim como um
respirador artificial --, acredito, mais uma vez, que esteja em curso um plano
divino. Em cada doença ou crise de saúde há crescimento, evolução, algo do qual
os indivíduos e a sociedade podem aprender uma lição. As descobertas médicas e
toda a inovação tecnológica são partes desse crescimento. Cada invenção nos
chega no momento certo. Talvez houvesse mais avanços ainda se a mente humana
não fosse tão subordinada à política e ao ganho material.
Assim
mesmo, a humanidade progrediu na descoberta de recursos para dar uma melhor
qualidade de vida às pessoas. Incontáveis vidas já foram salvas graças à
tecnologia médica moderna, incluindo aí medicamentos poderosos e vacinas
desconhecidos um século atrás. A ciência deve orgulhar-se dessas conquistas,
especialmente de sua capacidade de manter a qualidade de vida das pessoas. A
palavra-chave é justamente essa: qualidade. Os médicos não estão aqui para
desempenhar o papel de Deus -- e sequer seriam capazes, mesmo que o desejassem.
Não
vou entrar no mérito de decidir se é errado ou certo manter a vida de uma
pessoa por meio de uma máquina como essa, mas quero dizer o seguinte: existe um
tempo certo para uma vida iniciar-se e encerrar-se. Acredito que, quando chega
a hora de o espírito do corpo físico, é isso o que deve acontecer. A ciência
não é capaz de deter o relógio universal do tempo -- ao contrário do que --,
mesmo que empregue todos os recursos de que dispõe. Decididamente, acredito que
uma alma deve passar por todas as experiências possíveis. Ao ficar ligada a uma
máquina de tentação de vida, uma alma pode estar ajudando a ciência, de algum
modo, a avançar para outra descoberta ou para alguma grande invenção que sirva
às gerações futuras. E isso não apenas no sentido médico, mas também de outras maneiras.
Devemos sempre encarar uma situação como essa do ponto de vista espiritual.
Talvez aquela alma tenha se comprometido, antes da encarnação, a vivenciar tal
situação. Pode ser que esteja auxiliando sua família a desenvolver amor e
compaixão, através de seu sofrimento. Nunca devemos esquecer de que a alma tem
uma lição a aprender no diz respeito a receber amor e a compreender o caráter
divino vida.
Como
em todo julgamento moral, cada alma deve tomar essa espécie de decisão por sua
própria conta. Mais uma vez, vou repetir que cada alma é única, cada qual tem
diferentes necessidades espirituais e deve aproveitar sua experiência para
obter o melhor no sentido de seu crescimento e evolução. Não existem respostas
certas ou erradas. Não cabe a nós julgar as decisões alheias nessas questões,
mas apenas valorizar a experiência e as lições correspondentes de um ponto de
vista espiritual.
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