O Imensurável
Poder da Oração
abril/2014 - Por Antônio Moris Cury
A oração, a
prece, tem um poder que não é passível de medição, uma vez que ela é a chave
que abre as portas do Infinito.
Registre-se,
desde logo, que a prece pode ser feita de vários modos, articulado ou em
silêncio, por exemplo, e em qualquer lugar: no quarto de dormir, no transporte
coletivo, no trabalho, na rua, seja onde for, enfim, que o resultado será
exatamente o mesmo. E, muito importante destacar, independe de forma porquanto
os Espíritos hão dito sempre: A forma nada vale, o pensamento é tudo. Ore,
pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque. Um bom
pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o
coração.(O Evangelho segundo o Espiritismo, 131ª edição FEB, 1ª impressão da
Edição Histórica, 2013, página 325), de tal modo que cada um de nós pode orar
utilizando o vocabulário do seu dia a dia, sem qualquer ritual, sem qualquer
formulário, em verdadeira conversa informal com Deus, nosso Pai Celestial, ou
com Jesus, o Cristo, filho de Deus, nosso Mestre, irmão, amigo e companheiro de
todas as horas, o ser mais perfeito que até agora habitou o planeta Terra,
Modelo e Guia da Humanidade, ou, ainda, com nosso Espírito Protetor, nosso Anjo
da Guarda [e todos temos o nosso Espírito Protetor, sem qualquer exceção], que
pertence a uma ordem elevada e cuja missão é a de um pai com relação aos
filhos: a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus
conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da
vida (questões 490 e 491 de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental do
Espiritismo).
Claro que
quem preferir poderá, por exemplo, se utilizar da prece, da oração dominical
[da oração do Senhor] que se encontra escrita, pronta e explicada nas páginas
327 a 332 da edição antes apontada de O Evangelho segundo o Espiritismo, cujo
conteúdo é de irrepreensível verdade e de enorme beleza.
O mais importante
é que a prece brote da alma, da mais profunda intimidade de quem ora e com o
pensamento voltado exclusivamente para o ato de orar; que não haja repetição
pura e simples de oração decorada, mas, sim, e bem ao contrário, seja feita com
concentração, com confiança, com sensibilidade, com amor na mente e no coração
e com muita fé.
A propósito,
vale a pena reproduzir a insuperável definição: Fé inabalável só o é a que pode
encarar face a face a razão, em todas as épocas da Humanidade (encontrável na página
de abertura de O Evangelho segundo o Espiritismo – edição anteriormente
citada).
Ainda em O
Evangelho segundo o Espiritismo, essa magnífica e extraordinária obra, que está
completando 150 anos de veiculação em 2014 [e que é de todo conveniente que a
adotemos como livro de cabeceira em nosso próprio favor], há, entre inúmeras
outras, esta importantíssima informação com a seguinte orientação: Pela prece,
obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas
boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força
moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste
se afastou (página 315 da edição aqui indicada).
E, nesta
mesma linha, convém destacar o que afirmou o Espírito Joanes, através da
psicografia do ilustrado médium Raul Teixeira: A vibração da mente que ora tem
o poder de iluminar consciências, de clarear discernimentos, trazendo solução
para diversos problemas de difíceis aparências (Para uso diário, 2ª edição
Fráter, 2000, página 35).
Por esta
brevíssima exposição, é fácil concluir que a prece é de enorme importância e de
valor simplesmente inestimável.
Não se pode
perder de vista, entretanto, que a prece, a oração, para alcançar o seu melhor
resultado, deverá ser seguida de ação, de atitude, da vontade de mudar
positivamente o nosso comportamento, nossa postura e compostura, do desejo
sincero de proceder melhor a cada dia, mesmo que a pouco e pouco, mas de modo
continuado e permanente, tornando-nos pessoas de mais fácil convivência e,
sobretudo, pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, sem um
átimo de hesitação, seja qual for a circunstância, seja qual for a situação.
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