sábado, 30 de abril de 2016

O Poder da Palavra



O Poder da Palavra
  


A palavra articulada representa a expressão máxima do pensamento contínuo, o maior instrumento já concedido ao homem terreno pela divindade. No entanto, depois de milênios de evolução infinita, o homem ainda não sabe utilizar com disciplina esse instrumento de elevação, maculando-o com um direcionamento desequilibrado, provocando avalanches e implosões dentro de seu cosmo psíquico, angariando antipatias, ódio e até rancor, estabelecendo às vezes um “carma” doloroso, dentro da lei de ação e reação, de difícil resgate, que só o tempo pode apagar.
O poder das palavras é realidade ainda desconhecida do homem, e falar mal de alguém é um dos maiores curto-circuito espirituais que existe, acrescendo que depois que a palavra sai da boca, não volta mais, dificultando o ressarcimento dos prejuízos acarretados pela maledicência. É como se alguém levasse um travesseiro de penas para o alto de um edifício de muitos andares, e de lá o abrisse, deixando que o vento levasse as penas de pássaros, tornando praticamente impossível junta-las novamente para recompor o travesseiro.
A única maneira de evitarmos que falem mal de nós é não falarmos mal de ninguém, mesmo sem perceber, o homem é sempre punido quando pronuncia uma má palavra, ou quando tem oportunidade de pronunciar boas palavras, a fim de ajudar os outros, e não o faz.
A palavra é instrumento de contato entre os seres humanos.
Para que a palavra seja sempre boa, é necessário manter o lado emocional equilibrado, falando sempre a verdade, mas sem medo de falar, também, sobre coisas que ainda nos aborrecem, mesmo porque estas são obstáculos que precisam ser ultrapassados.
Saiba escolher a hora certa para falar e procure agir com paciência, a fim de controlar ao seu dia a dia, expressando-se apenas quando houver necessidade do seu concurso, e só fale se for para ajudar, esclarecer ou aconselhar no sentido do bem comum.
Fale sempre baixo e pausadamente, mostrando-se tolerante diante dos outros, moderando seus impulsos, procurando sempre ouvir mais, com muita atenção, o que chega até os seus ouvidos, esquivando-se de julgar os outros, sendo afetuoso e compreensivo por meio da palavra, e descobrira um mundo maravilhoso dentro de si mesmo, até então invisível para você e principalmente para os outros, mas que existe, construído por você mesmo com as boas palavras que proferiu durante a sua caminhada.


Fonte: Extraído do livro Janelas da Almas, capitulo 2 – Djalma Santos – Editora Vozes.



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