Enfoque Espiritual diante de um Doente Terminal
Estar
diante de um doente terminal é uma situação muito difícil para todos. Sendo
membro da família torna-se mais difícil ainda pela grande emoção que cerca a
todos.
O
conhecimento do pós-morte para quem é Espírita e estuda a Doutrina Espírita
certamente é um grande consolo ao explicar em detalhes que toda dor, sofrimento
será benéfico para o Espírito. Obviamente contra a eutanásia, devemos ter a dor
e o sofrimento como expiação e lapidação do espírito, como um verdadeiro salão
de beleza preparatório para a libertação espiritual. No livro “Quem tem medo da
morte” de Richard Simonetti temos um grande resumo de todas essas questões.
Contudo,
como nós Espíritas devemos nos comportar e atuar diante de um doente terminal,
principalmente se a pessoa não tiver conhecimento espiritual?
São
questões que estão me cercando ultimamente por justamente estar vivenciando uma
situação desse tipo. Por mais certeza que temos na fé raciocinada nos
ensinamentos e relatos do plano espiritual a emoção da despedida próxima é
grande.
O
silêncio é profundo e muitas vezes um aperto de mão e um olhar presente pode
significar muito mais que palavras.
É
uma situação que me lembra muito o livro “Nosso Lar” onde o Espírito de André
Luiz acaba de chegar ao plano espiritual após morte prematura. A escuridão
inicial e um ambiente hostil será certamente o início espiritual de muitos! E
diante dessa imagem gosto muito das palavras de Emmanuel em relação a fé na
oração psicografando que “num ambiente escuro basta a chama de uma pequena vela
para afastar a escuridão”.
Assim
em momentos apropriados um incentivo moral de fé acredito ser bastante
acolhedor ao paciente terminal como
“Onde
quer que esteja pense em Deus, ore por Deus e ele virá!”
“Basta
uma chama de uma vela para afastar a escuridão! E essa vela é seu pensamento em
oração e fé em Deus!”
Com
o paciente terminal com a memória e capacidade mental boa certamente ouvi-lo e
estar por perto já pode ser uma grande caridade e ajuda.
E
unida a palavras de incentivo e fé, caso questionados podemos revelar mais
informações das revelações espíritas caso seja o caso, com bastante cautela
para não apresentar outro tipo de interpretação.
Como
aquela criança que irá para o seu primeiro dia de aula sozinha – o paciente
terminal apresenta muitas dúvidas sobre para onde está indo. E toda dúvida é
produtora do medo que certamente atormenta e afeta o psicológico. Depressão é
fácil acontecimento.
Por
isso a pessoa que acompanha o doente terminal deve ser geradora de fé, certeza
e confiança em Deus para irradiar esse sentimento. E todos devemos nos esforçar
para que a todo minuto de despedida em vida – seja baseada em sentimentos de
confiança e fé calcada na certeza da vida após morte independente do
conhecimento que o doente possua.
Irradiemos
nossa certeza na vida futura para ele. Oremos ao espírito protetor e aos
benfeitores espirituais que irão atende-lo com nossa certeza Espírita. Sejamos
sinceros com a fé raciocinada que nossa verdadeira vida está no plano
espiritual. Vibremos fé, amor e carinho não apenas para o paciente, mas também
para aqueles que estão o acompanhando dia e noite em plantão, muitas vezes
apenas pelo verdadeiro amor.
Um
dia todos estaremos lá.
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