terça-feira, 21 de junho de 2016

Lesões Congênitas e Teratológicos

Lesões Congênitas e Teratológicos na Visão Espírita

  

Por Américo Domingos Nunes Filho


FETO ANENCÉFALO 

O feto arcádico e o recém-nascido anencéfalo são seres humanos. O que os diferencia é exatamente a presença do espírito no anencéfalo.
O Livro dos Espíritos (Q.336) esclarece que se uma criança nasce com vida, está sempre predestinada a ter uma alma. O anencéfalo não é um natimorto. Ele vive algumas horas.
Ao contrário do arcádico, o anencéfalo é portador do tronco encefálico, da região talâmica e até mesmo das porções do córtex cerebral, responsáveis pelo controle automático das batidas cardíacas e da capacidade de respirar por si próprio, ao nascer. Qual a razão da existência de fetos natimortos? Segundo ensinamento kardeciano (Q.356 de "OLE"), o nascimento de fetos sem vida trata-se de prova para os pais. 

CORIOMAS

São tumores benignos e malignos originários de um processo de degeneração da massa ovular.
A gestante não forma dentro de si um ser e, sim, um tumor, originário do trofoblasto (porção do ovo que estabelece intercâmbio com o ambiente).
Certamente espíritos de suicidas ou assassinos cruéis, trazendo a vestimenta fluídica totalmente desarmonizada, carreiam dentro de si um remorso doloroso, tentando plasmar um corpo físico desprovido de orientação.
O espírito, com o pensamento voltado para o passado culposo, no qual está incluída sua futura genitora, não consegue organizar a formação de seu corpo somático, sustentando o caos dentro de si.
A desestruturação mental é de tanta intensidade que a única coisa que consegue plasmar é um tumor.
O espírito André Luiz denomina essa entidade de "ovóide".
1- Os anencéfalos podem ser utilizados para transplantes?
2- Se os pais souberem antecipadamente dessas malformações ainda no período de gestação, será licito recorrer ao aborto?
3- Nas lesões congênitas e nos casos teratológicos, qual a explicação espírita?
Ao contrário dos acárdicos, os anencéfalos possuem órgãos, os quais podem ser aproveitados para a doação. De maneira alguma, deve-se praticar o aborto (nesse caso é o eugênico).
Trata-se de horripilante crime, cuja vítima não tem como se defender.
Quanto aos anencéfalos, utilizaram o exuberante intelecto para a prática do mal. Nas lesões congênitas e nos casos teratológicos, a explicação espírita surge quanto à necessidade da expiação para a obtenção da cura espiritual.
O homem está subordinado à divina Lei de Causa e Efeito, apontada por Jesus, em vários ensinamentos: "A cada um segundo as suas obras". "Quem erra ou peca, é escravo do erro ou pecado". "Quem com ferro fere, com ferro será ferido". "Quem leva para cativeiro, para cativeiro vai".
Não existe o acaso. Cada ser é responsável pelos seus próprios passos.
A responsabilidade é pessoal. O que parece barbaridade revela apenas uma verdade: somos hoje o que construímos ontem e seremos amanhã o que fizermos agora.
A Doutrina Espírita, com seus racionais postulados científicos, inicia o trabalho de esclarecimento da humanidade.
Afinal, o homem encontra-se no limiar de uma nova era, na qual os enigmas serão decifrados e as barreiras do desconhecido sofrerão um intenso processo de desmoronamento.
O Mestre Jesus previu esse grande momento, dizendo que o Consolador seria enviado, não somente para relembrar o que ele ensinou, como igualmente espargir novas lições.
No episódio da clonagem da ovelha Dolly, foram utilizados 277 embriões e apenas um vingou.
A questão 344 de OLE ensina que a união da alma ao corpo se realiza na concepção.
A questão 356 de OLE ressalta que o ser que vive após o nascimento tem forçosamente encarnado em si um espírito.
Teoricamente, a obtenção de células-tronco embrionárias, através da clonagem terapêutica, contendo o princípio transcendental, baseando-se nas pesquisas realizadas com a ovelha Dolly e com outros animais, é de 1%.
Dos embriões resultantes da fertilização assistida, em tese, somente 10 a 30% contêm espírito.
A literatura científica já registrou um caso de nascimento de bebês a partir de embriões congelados que permaneceram congelados por 12 anos.
Muitos artigos espíritas negam haver peremptoriamente, a presença de espíritos ligados aos embriões crio preservados (nitrogênio líquido: 196ºC negativos).
A Questão 345 de "OLE" ensina que "não é definitiva a união do espírito com o corpo", desde o momento da concepção, podendo o ser extra físico renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado.
Os laços fluídicos, que o prendem ao embrião, são muito fracos e facilmente podem ser rompidos por vontade do espírito.
Se a entidade está ligada a um embrião, fecundado em laboratório e não utilizado, não desejando participar, por algum motivo, da doação de suas células-tronco, mediante o seu livre-arbítrio, pode libertar-se, rompendo os frágeis laços, deixando seu corpo embrionário, aproveitado para o trabalho terapêutico.

Dr. Américo Domingos Nunes Filho - médico pediatra - Presidente da AME-RIO (Associação Médico-Espírita do Rio de Janeiro).
Trechos da matéria “Células-Tronco e Doutrina Espírita”, do site: www.ame-rio.org.br




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