Lesões Congênitas e Teratológicos na Visão Espírita
Por Américo Domingos Nunes Filho
FETO ANENCÉFALO
O feto arcádico
e o recém-nascido anencéfalo são seres humanos. O que os diferencia é exatamente
a presença do espírito no anencéfalo.
O Livro dos
Espíritos (Q.336) esclarece que se uma criança nasce com vida, está sempre predestinada
a ter uma alma. O anencéfalo não é um natimorto. Ele vive algumas horas.
Ao contrário
do arcádico, o anencéfalo é portador do tronco encefálico, da região talâmica e
até mesmo das porções do córtex cerebral, responsáveis pelo controle automático
das batidas cardíacas e da capacidade de respirar por si próprio, ao nascer.
Qual a razão da existência de fetos natimortos? Segundo ensinamento kardeciano
(Q.356 de "OLE"), o nascimento de fetos sem vida trata-se de prova para
os pais.
CORIOMAS
São tumores
benignos e malignos originários de um processo de degeneração da massa ovular.
A gestante
não forma dentro de si um ser e, sim, um tumor, originário do trofoblasto
(porção do ovo que estabelece intercâmbio com o ambiente).
Certamente espíritos
de suicidas ou assassinos cruéis, trazendo a vestimenta fluídica totalmente desarmonizada,
carreiam dentro de si um remorso doloroso, tentando plasmar um corpo físico
desprovido de orientação.
O espírito,
com o pensamento voltado para o passado culposo, no qual está incluída sua
futura genitora, não consegue organizar a formação de seu corpo somático,
sustentando o caos dentro de si.
A desestruturação
mental é de tanta intensidade que a única coisa que consegue plasmar é um tumor.
O espírito André
Luiz denomina essa entidade de "ovóide".
1- Os
anencéfalos podem ser utilizados para transplantes?
2- Se os pais
souberem antecipadamente dessas malformações ainda no período de gestação, será
licito recorrer ao aborto?
3- Nas
lesões congênitas e nos casos teratológicos, qual a explicação espírita?
Ao contrário
dos acárdicos, os anencéfalos possuem órgãos, os quais podem ser aproveitados para
a doação. De maneira alguma, deve-se praticar o aborto (nesse caso é o eugênico).
Trata-se de
horripilante crime, cuja vítima não tem como se defender.
Quanto aos
anencéfalos, utilizaram o exuberante intelecto para a prática do mal. Nas
lesões congênitas e nos casos teratológicos, a explicação espírita surge quanto
à necessidade da expiação para a obtenção da cura espiritual.
O homem está
subordinado à divina Lei de Causa e Efeito, apontada por Jesus, em vários ensinamentos:
"A cada um segundo as suas obras". "Quem erra ou peca, é escravo
do erro ou pecado". "Quem com ferro fere, com ferro será ferido".
"Quem leva para cativeiro, para cativeiro vai".
Não existe o
acaso. Cada ser é responsável pelos seus próprios passos.
A responsabilidade
é pessoal. O que parece barbaridade revela apenas uma verdade: somos hoje o que
construímos ontem e seremos amanhã o que fizermos agora.
A Doutrina
Espírita, com seus racionais postulados científicos, inicia o trabalho de esclarecimento
da humanidade.
Afinal, o
homem encontra-se no limiar de uma nova era, na qual os enigmas serão
decifrados e as barreiras do desconhecido sofrerão um intenso processo de desmoronamento.
O Mestre
Jesus previu esse grande momento, dizendo que o Consolador seria enviado, não somente
para relembrar o que ele ensinou, como igualmente espargir novas lições.
No episódio
da clonagem da ovelha Dolly, foram utilizados 277 embriões e apenas um vingou.
A questão
344 de OLE ensina que a união da alma ao corpo se realiza na concepção.
A questão
356 de OLE ressalta que o ser que vive após o nascimento tem forçosamente
encarnado em si um espírito.
Teoricamente,
a obtenção de células-tronco embrionárias, através da clonagem terapêutica, contendo
o princípio transcendental, baseando-se nas pesquisas realizadas com a ovelha
Dolly e com outros animais, é de 1%.
Dos embriões
resultantes da fertilização assistida, em tese, somente 10 a 30% contêm espírito.
A literatura
científica já registrou um caso de nascimento de bebês a partir de embriões congelados
que permaneceram congelados por 12 anos.
Muitos
artigos espíritas negam haver peremptoriamente, a presença de espíritos ligados
aos embriões crio preservados (nitrogênio líquido: 196ºC negativos).
A Questão
345 de "OLE" ensina que "não é definitiva a união do espírito
com o corpo", desde o momento da concepção, podendo o ser extra físico
renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado.
Os laços
fluídicos, que o prendem ao embrião, são muito fracos e facilmente podem ser rompidos
por vontade do espírito.
Se a
entidade está ligada a um embrião, fecundado em laboratório e não utilizado,
não desejando participar, por algum motivo, da doação de suas células-tronco,
mediante o seu livre-arbítrio, pode libertar-se, rompendo os frágeis laços,
deixando seu corpo embrionário, aproveitado para o trabalho terapêutico.
Dr. Américo Domingos Nunes Filho - médico pediatra - Presidente
da AME-RIO (Associação Médico-Espírita do Rio de Janeiro).
Trechos da matéria “Células-Tronco e Doutrina Espírita”, do
site: www.ame-rio.org.br
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