VIDA APÓS MORTE: O PARAÍSO ESPÍRITA
Diz a
doutrina espírita que, depois da morte, há uma nova vida: esta é uma jornada
certa e cheia de revelações para os espíritos desencarnados. Agora, descubra
mais sobre o lado de lá.
A VIAGEM
CONTINUA
Há quem diga
que a morte é a única certeza que temos na vida. Para os adeptos do
espiritismo, no entanto, há uma certeza ainda mais significativa: o fato de
que, depois da morte do corpo físico, o espírito se liberta, tornando-se
consciente e verdadeiramente vivo.
Mas, afinal,
como é essa tal de vida espiritual? Para onde vamos, o que fazemos, com o que
nos preocupamos quando chegamos ao lado de lá? Segundo os kardecistas, há
várias respostas possíveis. Após a morte, os caminhos de cada um se abrem
conforme diferentes circunstâncias, desde a forma como morremos até a maneira
como agimos na Terra. Uma coisa é certa: cada ser une-se a outros que possuem o
mesmo padrão vibratório de pensamento. Assim, todos têm possibilidade de
desenvolver-se ao lado de seus semelhantes, como em uma escola, até que estejam
aptos a alcançar níveis superiores da espiritualidade.
RECÉM-CHEGADOS
Como o
espírito é totalmente ligado ao pensamento, a consciência da vida após a morte
não é a mesma para todos. Seja por desconhecimento do mundo espiritual ou,
simplesmente, porque sofreram morte repentina, muitos recém-chegados nem sequer
têm noção de que desencarnaram. Em casos assim, é muito comum manter o
indivíduo dormindo enquanto ele é preparado, por espíritos socorristas, para
receber e entender a notícia da morte sem grandes choques. Segundo os
ensinamentos de Allan Kardec, há também os casos de pessoas que morrem por
problemas de saúde ou acidentes violentos e, ao chegar do outro lado, acabam
indo para verdadeiros hospitais, a fim de que se recuperem completamente da
doença. “Quem desencarna doente continua o tratamento no mundo espiritual até
estar curado”, explica Regina Helena Tuma Carlini, uma das diretoras da
Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Os
socorristas, segundo Regina, podem ser espíritos próximos, como parentes
desencarnados há mais tempo, grandes amigos e, também, aqueles que já
trabalhavam no auxílio ao próximo na vida terrena, como médicos e enfermeiros
que já passaram pela aprendizagem do outro lado da vida, evoluíram e, agora,
podem auxiliar os que chegam.
NECESSIDADES
TERRENAS
Quando o
espírito finalmente entende que a morte não é o fim de tudo, começa a descobrir
como tocar sua vida do lado de lá. Nessa fase, é comum perceber que muitas de
suas necessidades terrenas ainda continuam bastante presentes. “O alcoólatra
tenderá a unir-se com outros alcoólatras e buscar lugares onde possam absorver
essa energia, principalmente, em bares que frequentavam quando encarnados”,
exemplifica Regina.
Isso
acontece porque as impressões da vida terrena ainda estão marcadas no
perispírito, o laço que une o espírito à matéria do corpo e que continua
conosco no próximo plano. Assim, existem espíritos com sede, com fome e com
necessidade de sexo, por exemplo. Em casos extremos, eles se ligam a pessoas
vivas, como um obsessor, para poder receber as energias que lhe interessam.
Quando são
bem orientados, aos poucos os espíritos vão se conscientizando de que não
precisam mais de alimentos e bebidas para conseguir energia, por exemplo.
“Quando finalmente conseguem libertar-se das necessidades terrenas, os
espíritos passam a se satisfazer com alimento fluídico, que é bem mais sutil e
o sustenta plenamente”, esclarece Regina, lembrando que Gandhi, detentor de um
grau superior de evolução espiritual, conseguia fazer greve de fome, tirando
energia da própria respiração, pois sua mente já estava preparada para
sustentá-lo.
O GRANDE
DESPERTAR
Com o tempo,
os espíritos se libertam das necessidades materiais e se curam das mazelas
terrenas, cada um em seu ritmo de evolução. Quando entendem plenamente sua nova
condição de vida, já estão prontos para começar a trabalhar – no mundo
espiritual há muito trabalho a ser feito, desde cuidar de crianças e amparar
doentes até construir casas e vigiar as entradas das colônias espirituais.
Depois de
algum tempo, o próprio espírito deve se dedicar ao estudo de suas próprias
ações, para descobrir e determinar como deve voltar à Terra, ou seja, que
provas terá de enfrentar para reparar seus erros. Ana Gaspar, fundadora do
centro espírita Nosso Lar, em São Paulo, esclarece que, antes da reencarnação,
somos nós próprios quem escolhemos as provas pelas quais iremos passar, seja
cuidar de um filho doente, passar por um casamento difícil ou, até mesmo nascer
em uma família rica e ter de lidar com os perigos e consequências de nosso
livre arbítrio.
UM LAR PARA
TODOS NÓS
Entre as
colônias espirituais, a Nosso Lar é uma das que se tornou mais conhecidas,
tendo sido descrita em detalhes pelo espírito André Luis, que teve 19 livros
psicografados por Chico Xavier. Em um de seus mais impressionantes relatos, o
espírito descreve a paisagem da colônia, destacando seu formato de estrela de
seis pontas e as fontes luminosas multicoloridas e flores delicadas e graciosas
que enfeitam suas praças. No geral, Nosso Lar se parece com as cidades que
conhecemos no plano material, com a diferença ser muito limpa, organizada,
harmoniosa e cheia de energia positiva.
COLÔNIAS DO
BEM
Enquanto
desencarnados, muitos espíritos vivem nas chamadas colônias espirituais.
Estruturalmente parecidas com as cidades do plano físico, as colônias são
espécies de comunidades que se reúnem em prol de uma causa em comum.
Muitas
vezes, essas colônias estão ligadas a cidades específicas da Terra – por
exemplo, existe uma colônia conectada à cidade de São Paulo, uma relacionada a
Recife, outra ligada a Nova York etc. O mais importante sobre as colônias
espirituais, no entanto, é que elas geralmente reúnem moradores com semelhança
de pensamento. Assim, existem colônias para amantes da poesia, defensores da
ecologia, profissionais da música, pesquisadores de novas tecnologias,
estudiosos do kardecistmo etc. Isso para citar só alguns exemplos.
As colônias
também são uma forma de evitar um choque ainda maior com mudanças, pois, se
alguém só fala em português, não pode cair em uma colônia de americanos ou
chineses, por exemplo, pois, por um bom tempo, ainda precisará se comunicar da
forma com a qual estava acostumado.
NAS SOMBRAS
DO UMBRAL
Os espíritos
que ainda não estão suficientemente evoluídos para se juntar a uma colônia, tem
grandes chances de ir parar em mundos inferiores do plano espiritual, em uma
região conhecida como Umbral.
Apesar de
escuro e cheio de energias negativas, o Umbral não é, como geralmente descrito
o inferno do catolicismo, um castigo eterno. Segundo os ensinamentos de Allan
Kardec, lá os espíritos tem chance de evoluírem e, passo a passo, alcançarem as
esferas superiores.
Nessa
região, assim como na Terra, nas colônias ou em qualquer lugar do plano
material ou espiritual, os espíritos têm a chance de aprender através do
estudo, da prece e da evocação de bons pensamentos.
O importante
de verdade, em qualquer etapa do caminho, é lembrar que a viagem está apenas
começando.
SUICÍDIO:
VOLUNTÁRIO OU NÃO
Ana Gaspar
afirma que, em certa altura do livro Nosso Lar, André Luis ouve vozes que o
chamam de suicida. Ele fica indignado, pois, como pode ser um suicida se ele
ficou hospitalizado até morrer? Então, os mentores explicam que ele foi um
suicida “indiretamente”, porque sua morte foi acelerada pelo estilo de vida
abusivo que teve, com excessos de álcool e sexo, levando-o a ter um câncer que
abreviou sua vida. Se cuidasse melhor de si, não morreria tão cedo. “São muitos
os chamados de suicidas indiretos. É preciso cuidar bem de sua morada na Terra,
para que não desencarne antes da hora”, avisa Ana Gaspar.
Já aquele
que conscientemente decide acabar com a própria vida, geralmente está tão
atormentado que chega ao plano espiritual e se une a outros seres com o mesmo
padrão vibracional, sofrendo muito ao relembrar o momento da própria morte. Até
que conseguem ser ajudados por espíritos socorristas. Uma dessas colônias de
vibração muito pesada, o vale dos suicidas, é mostrado no livro Memórias de um
suicida, de Ivone Pereira. Mas, avisamos, é uma obra muito densa e não é uma
leitura recomendável para quem está começando a receber informações sobre
espiritismo. O ideal é começar com Nosso Lar ou o O livro dos espíritos, para
que os bons pensamentos o acompanhem.
TÍTULO.:
VIDA APÓS A MORTE: O PARAÍSO ESPÍRITA
TEXTO: VÂNIA SILVA
FONTE.: SITE TRIADA – EVOLUA EM TODOS OS SENTIDOS
IMAGEM.: DO PRÓPRIO ARTIGO
TEXTO: VÂNIA SILVA
FONTE.: SITE TRIADA – EVOLUA EM TODOS OS SENTIDOS
IMAGEM.: DO PRÓPRIO ARTIGO
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