USO DA PALAVRA
Instrumento
de alto significado é o verbo que faculta a comunicação e a convivência entre
as criaturas.
Jesus, o
excelso Mestre, abrindo a boca enunciou as mais belas palavras jamais ouvidas
na Terra.
Tomou de
um grão de mostarda, insignificante, e transformou-o num poema de singeleza,
num hino de referência à fé.
Num entardecer
inesquecível, num monte bordado de Sol poente, compôs a mais harmoniosa ode à
bem-aventurança, alterando a estrutura do pensamento sócio psicológico e
comportamental da Humanidade.
Esse
poema clássico modificou os sentimentos humanos e rompeu a cortina de sombras
dos preconceitos do passado, enquanto exaltou os humilhados e perseguidos, os
abandonados e esquecidos, os esfaimados e infelizes em geral, oferecendo-lhes a
herança da paz e a fortuna do reino dos céus.
Não,
porém, a todos, pois que existem aqueles rebeldes e vingativos que se não
dispõem à transformação moral para melhor, ao aproveitarem a nobre provação.
Com o
brilho de cada palavra compôs as novas de alegrias que permanecem como o
roteiro mais seguro para a vivência da plenitude.
Utilizou-se
das paisagens iridescentes e das coisas comuns, corriqueiras, para construir a
sinfonia do Evangelho que ainda comove a sociedade terrestre.
Viveu a paz
em todos os instantes e não aceitou as infelizes discussões dos hábeis
insensatos dominadores de vidas e de consciências.
Cada vez
que enunciava a palavra havia um objetivo nobre antes não conhecido e, sem
censurar, corrigia os equivocados e desculpava a ignorância em predomínio.
Os Seus
silêncios enriqueciam de paz e de reflexão aqueles que O acompanhavam.
Até hoje
o Seu verbo sublime vem merecendo cuidados e análises para se transformar em
terapia valiosa para os enfermos do mundo.
Arrebanhou
multidões com palavras simples aureoladas de amor e todos quantos as ouviram,
se não lograram penetrar-se do seu conteúdo vêm reencarnando sob a musicalidade
Divina dos Seus conceitos, que tornam a sociedade melhor.
Nunca Lhe
puderam imputar a pronúncia de uma palavra perversa ou venenosa, vulgar ou
degradante.
Todas
eram elaboradas com o suave perfume da compaixão e do entendimento.
Toma - O
como exemplo, silenciando quando não possas ajudar ou enunciando-a somente para
socorrer.
Oradores
exaltados e escritores enfermos, dominados pelo pessimismo, têm-se utilizado da
palavra para malsinar, atormentar, promover o ódio e a perseguição, fomentar as
guerras vergonhosas.
Alguns
são responsáveis por crimes hediondos, como consequência da mensagem belicosa e
agressiva. Outros dizimaram vítimas incontáveis com as suas inflamadas dissertações.
Diversos deixaram uma herança maldita de preconceitos e horrores,
exteriorizando os conflitos que os martirizaram, feridos pela inveja da pureza,
da ingenuidade, dos valores éticos.
Celebrizaram-se
no mundo, que detestavam, enquanto se locupletavam com o lucro das suas
assertivas venenosas e amargas...
Arrependidos,
após o despertar no
Além-Túmulo,
rogam em padecimentos quase insuportáveis, o mergulho nos tecidos da miséria orgânica
ou social, econômica, na mudez ou surdez, a fim de resgatarem os crimes,
impossibilitados de pensar, no presídio carnal em que se encontram.
A palavra
é neutra na sua estrutura linguística. O uso que dela se faz, dá-lhe sentido
libertador e feliz ou torna-a ácido destrutivo que arde no íntimo daquele que a
expressa.
Tem
cuidado com a palavra.
Reflexiona
em torno dos conceitos que emitas, evitando que as paixões inferiores ocupem o
espaço verbal, denegrindo ou levando suspeitas em relação aos outros ou a
qualquer tema. Se não conheces o assunto, silencia e ouve. Se tens um conceito
a seu respeito, mantém-te sereno e não o expresses, especialmente se é portador
de conflitos e de acusações, de propósitos infelizes que mais perturbam do que
ajudam.
Aprende a
usá-la para a edificação do Bem e da Verdade.
Os comentários
infelizes e difamadores que fazes, complicam-te o futuro espiritual em razão do
prejuízo que promove.
Altera a
tua óptica verbal, usando as tuas expressões com piedade e respeito pelo outro.
Se não
puderes ajudar, não perturbes, nem cries animosidade contra o teu próximo.
Com uma palavra
levanta o ânimo de alguém alquebrado, ilumina uma consciência obscurecida,
facilita a movimentação de outrem paralisado.
O que
comentas com censura não é com certeza conforme vês e reprochas com acrimônia.
De acordo
com o teu estágio evolutivo depreendes o que se passa a tua volta, o que não
significa seja isso a realidade.
A maledicência
é virose terrível que envilece as vidas.
Seja tua
a palavra de bondade, que intercede a favor, que ampara e ergue o ser infeliz
às culminâncias da sua jornada.
Jesus e
Suas palavras!
Medita
nos Seus ditos e feitos, imunizando-te contra o mal que ainda se demora em ti,
transformando-o em compaixão e solidariedade.
Ninguém
na Terra incorruptível.
Somente
Ele o conseguiu.
Faze tuas
as palavras dele e torna-te bem-aventurado também.
Joanna de
Ângelis.
Psicografia
de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 23 de
dezembro
de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário